O que motorista da Porsche disse em depoimento sobre morte de motociclista em SP

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O motorista da Porsche que atropelou e matou o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, na madrugada desta segunda-feira, 29, na Avenida Interlagos, zona sul da capital paulista, negou, em depoimento à Polícia Civil, que tenha tido intenção de matar o jovem.

Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, empresário, teve prisão preventiva decretada nesta terça-feira, 30, por homicídio doloso, quando há intenção ou assume-se o risco de matar. Na segunda-feira, 29, o advogado de defesa, Carlos Bobadilla, disse que a defesa não concordava com a qualificação de homicídio doloso.

A polícia afirma que o depoimento do empresário não condiz com imagens de câmeras de segurança anexadas ao inquérito. Nos dois depoimentos dados à polícia, aos quais o Estadão teve acesso, o empresário diz que voltava do trabalho por volta das 1h30 da madrugada junto com a namorada, quando foi "surpreendido por um motociclista, o qual dirigia em alta velocidade, todo apagado, e colidiu na sua lateral esquerda, quebrando o retrovisor".

Em seguida, Pedro Kaique teria fugido e, por isso, Sauceda decidiu por persegui-lo. A namorada do empresário, Marielle Aparecida de Oliveira Campos, corrobora com o depoimento. No entanto, imagens das câmeras mostram a motocicleta com os faróis e lanternas acesos. O momento da suposta batida lateral entre a motocicleta e a Porsche não foi filmado, até onde se sabe.

O empresário afirmou à polícia que seguiu pela Avenida Interlagos, no sentido bairro, atrás do motocicleta, a cerca de 70km/h, velocidade que a polícia considerou inferior à mostrada pelas imagens. Ele diz que buzinou uma vez, pedindo para que Pedro Kaique parasse, mas ele "olhava para trás sem sinalizar que iria parar".

Após o motociclista ter seguido pelo meio fio e feito um movimento de curva para a esquerda, Sauceda diz que se assustou com o gesto e perdeu o controle do carro, atingindo a motocicleta e, em seguida, um poste. Ele diz que tentou virar o volante para a direita, para evitar a colisão, mas não obteve sucesso.

Polícia afirma que depoimento não corresponde com as imagens analisadas

Em coletiva de imprensa dada na tarde da segunda-feira, 30, o delegado Edilson Correia de Lima afirmou que os depoimentos prestados pelo empresário não correspondem com as imagens das câmeras de segurança que registraram a perseguição e a batida.

"As posições do carro não batem", afirmou o delegado, para além da velocidade e da falta de luzes da motocicleta relatadas pelo suspeito. Ainda estão sendo realizados laudos periciais para tentar comprovar a velocidade exata dos veículos no momento da colisão.

De acordo com Lima, a conclusão da Polícia Civil, até o momento, é de que o empresário teria tido um "ataque de fúria" durante a briga de trânsito, o levando a atingir o motocicleta. Por isso, Sauceda foi indiciado por homicídio de dolo eventual, quando há intenção ou assume-se o risco de matar, mas o motivo é fútil, ou seja, não foi premeditado.

Quando perguntado durante o interrogatório se teve um acesso de fúria, Sauceda negou. Disse que "em nenhum momento teve fúria", "em nenhum momento teve a intenção de matar o motociclista" e "pelo contrário, tentou evitar o acidente".

Após a decisão do TJ-SP em converter a prisão do empresário em preventiva, o advogado de defesa, Carlos Bobadilla, não quis se manifestar. Na segunda-feira, 29, Bobadilla disse que a defesa não concordava com a qualificação de homicídio doloso.

"Infelizmente, nós tivemos uma fatalidade no dia de hoje. O Igor estava voltando do seu trabalho com a namorada. O Igor não havia ingerido qualquer bebida alcoólica, qualquer entorpecente, e infelizmente aconteceu esta fatalidade." A defesa não quis comentar os detalhes da ocorrência.

A família de Pedro Kaique acompanhou do lado de fora da delegacia o depoimento do empresário pedindo por justiça. Em um momento em que o suspeito foi transferido de um andar para outro no DP, o pai do motociclista, Alex Lucio Figueiredo, tentou agredi-lo. Figueiredo deslocou o ombro na ocasião, tendo passado por atendimento médico posteriormente.

"Acabou com a nossa família. Era um menino cheio de sonhos", lamentou o pai. "Quantas pessoas inocentes vão continuar morrendo por causa desse pessoal que fica por aí, correndo que nem maluco?"

O velório e enterro de Pedro Kaique aconteceram nesta terça, no Cemitério Parque dos Girassóis, em Parelheiros, na zona sul.

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Celso Freitas reapareceu na tela da Globo nesta terça-feira, 22, em um vídeo enviado ao Encontro com Patrícia Poeta. A participação fez parte da homenagem à Fátima Bernardes, que relembrava sua trajetória na emissora. O jornalista e a apresentadora dividiram a bancada do Fantástico na década de 1990.

"Durante anos nós transmitimos muitas alegrias e também momentos marcantes que ficam registrados na memória do público brasileiro", disse Celso em sua mensagem. Ele também parabenizou Fátima pelo trabalho: "Quero aqui cumprimentar e dar parabéns pela sua trajetória profissional e por fazer parte desses 60 anos da Globo".

A breve aparição chamou a atenção por ser a primeira vez que o jornalista voltou à programação da Globo desde sua saída da Record, em março deste ano. Após 21 anos na emissora, ele deixou a bancada do Jornal da Record, onde dividia a apresentação com Christina Lemos. O desligamento foi confirmado em comunicado oficial.

Desde então, Freitas não anunciou novos projetos e tampouco foi confirmado oficialmente como parte do time de jornalistas da Globo. Portanto, sua presença no programa de Patrícia Poeta não indica um retorno definitivo, apenas uma participação pontual na comemoração do aniversário da emissora carioca.

Na época em que deixou a Record, ele publicou um vídeo nas redes sociais agradecendo pela trajetória e se dizendo aberto a novos desafios. "Acompanhei e noticiei os principais fatos do Brasil e do mundo. A partir de agora, sigo para novos desafios. Experiente, ligado à tecnologia e sempre disposto para aprender cada vez mais", disse.

Regina Duarte, atriz que interpretou Raquel na primeira versão de Vale Tudo, relembrou o conselho que deu a Taís Araújo para o remake da novela.

Ela explicou que a atriz, que dá vida à mesma personagem que Regina interpretou, lhe mandou uma mensagem. A revelação foi feita durante o Conversa Com Bial desta segunda-feira, 21.

A atriz elogiou a colega de profissão, afirmando que a nova versão de Raquel está muito boa.

"Que novelão, coisa linda, impressionante. Taís me mandou uma mensagem linda e respondi também lindamente como ela merecia e merece [...] Falei para ela: 'Relaxa e se solta, se joga nessa mulher. O que a gente faz é um parque de diversões, vai brincar'. A brincadeira é falar e fazer o que você não faria nunca. A liberdade de ser outro ser, com outras convicções. Sempre tive sorte de fazer personagem muito parecido com a pessoa que meus pais criaram", disse.

No início do mês, após a estreia da novela de Manuela Dias, Regina Duarte já havia declarado não gostar muito de remakes.

"Preciso confessar que não sou simpatizante de remakes, especialmente aqueles que se baseiam em grandes sucessos", disse em entrevista à Marie Claire. Uma das alterações que mais a incomodam envolve a relação da protagonista com outro personagem.

Na versão original, Raquel criava laços afetivos com um menino chamado Gildo. Agora, no remake, a relação é com Gilda, uma mulher. "Fico toda arrepiada de pânico com tal subversão. Aí penso, indignada: 'não mexe, cara! Faz outra!'", declarou, em tom de brincadeira.

Aviso: Este artigo contém spoilers da série 'The Last of Us' e do jogo 'The Last of Us Part 2'.

Pedro Pascal, que interpreta Joel Miller em The Last of Us, revelou sua reação ao segundo episódio da série que foi ao ar neste domingo, 20, durante uma entrevista ao Entertainment Weekly.

Com o começo da temporada, poucos esperavam que a jornada de Joel Miller, personagem que protagonizou a primeira temporada ao lado de Ellie (Bella Ramsey), chegasse ao final. Com a morte do personagem, Pedro Pascal reagiu: "Estou em negação".

"Eu percebo que, quanto mais velho fico, mais eu me vejo em negação sobre o final das coisas. Eu sei que estarei para sempre ligado aos membros da experiência e que tenho que vê-los em diferentes circunstâncias, mas nunca estarei [novamente] sob as circunstâncias de interpretar Joel em The Last of Us".

"Eu não passo muito tempo pensando nisso porque me deixa triste", completou.

Entretanto, o ator revelou que já sabia sobre o destino de Joel. A trama, que é uma adaptação do jogo de homônimo, trazia o mesmo fim para um dos personagens mais emblemáticos do enredo. Com relação a isso, ele emendou: "Era só uma questão de como e quando".

A cena da morte de Joel foi gravada por ele, entretanto, com um sentimento de "relaxamento".

"Eu estava sempre colocando de lado como eu realmente me sentia sobre o meu fim na série [...] Acho que o mais estranho de passar por isso foi o laço que criei com todos da série após os desafios da primeira temporada, não só com a Bella mas com toda a equipe e o elenco".

"Então ter esse 'adeus' foi muito triste para mim, e eu tive uma manifestação física, um espelho violento do quão triste estava pela morte do Joel. Para ser honesto, [atuar na cena] foi como um sonho", finalizou, sobre sua morte.

Pascal afirmou ao portal americano que a maquiagem e os efeitos fizeram grande parte do trabalho, o que causou outro choque: "Eu matei a 'vibe' completamente depois que entrei no set [com a maquiagem]. Eu podia sentir esse luto tomar conta do olhar das pessoas".

The Last of Us estreou sua segunda temporada na Max em 13 de abril. Os sete episódios serão lançados semanalmente aos domingos, 22h, simultaneamente na HBO e na Max.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais.