Miss São Paulo: polícia abre inquérito para investigar ataques racistas

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A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito para apurar supostos comentários de conteúdo racista contra a modelo e atriz Milla Vieira, vencedora do concurso de Miss Universe São Paulo. Ao anunciar a conquista do título no Instagram, Milla recebeu mensagens agressivas, que questionavam sua beleza e insinuavam que a sua coroação teria sido estabelecida por meio de cotas raciais. A Meta, empresa que detém o domínio do Instagram, diz que não comenta casos específicos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), a polícia "está ciente dos fatos divulgados" e o inquérito instaurado vai checar os crimes de injúria racial e racismo. A investigação será conduzida pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI) do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Em reação às agressões sofridas, Milla Vieira afirmou que os autores dos comentários não ficariam impunes. "Por que tanto incômodo? Por que tanto ódio? Internet não é terra sem leis, e os responsáveis serão sim penalizados. Aqui a 'cultura do hate' não se perpetuará", disse a modelo.

Muitos usuários saíram em defesa de Milla e apoiaram a sua coroação. A organização do Miss Universe São Paulo também se manifestou a favor da vencedora e defendeu a legitimidade do concurso e dos critérios de avaliação que premiou a modelo, representante da cidade de São Bernardo do Campo.

Em comunicado oficial, os organizadores classificaram os ataques como "atrocidades". "Estamos profundamente chocados e entristecidos com os ataques racistas direcionados à nossa Miss. Milla foi eleita por mérito, seguindo os padrões rigorosos do concurso, e sua vitória é inquestionável", se manifestaram na nota.

O CEO e presidente da Organização do Miss Brasil, Gerson Antonelli, afirmou que se sentiu indignado com as "pessoas que usam as redes sociais para cometer crimes", como o racismo.

"Na organização do Miss Universe Brasil e Miss Universe Organization não existe espaço para esse tipo de pessoa. Não admitimos qualquer forma de preconceito. Portanto, aos 'criminosos', podem ter certeza que estamos anotando tudo e vocês serão punidos", escreveu Antonelli em nota.

Quem é Milla Vieira?

A ganhadora do concurso Miss Universe 2024 tem 33 anos e é a caçula de quatro irmãos: Ângela, Angélica e Adriano. Milla ganhou seu primeiro título em 2014, no Miss Supranational, representando a Bahia. O Miss Supranational é um concurso de nível nacional.

Desde o título no concurso de 2014, Milla Vieira também trabalha como modelo, atriz e apresentadora, em carreira nacional e internacional.

Sobre sua missão como modelo, Milla comentou em suas redes sociais durante sua apresentação para o concurso que espera que sua história "possa inspirar o máximo de pessoas possível".

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O ex-Beatle Ringo Starr afirmou que só seguirá fazendo música sob uma condição: estar em uma banda. Em entrevista ao jornal The Times, publicada no último domingo, 12, o baterista explicou sua decisão.

"Eu só quero estar em uma banda. Não quero estar sozinho. Não tem como subir no palco e tocar 'Yesterday' apenas com a bateria", declarou.

Starr, que fez história ao lado de Paul McCartney, John Lennon e George Harrison nos anos 60, lançou em 10 de janeiro seu novo álbum, Look Up, que traz influências do country. É seu primeiro trabalho desde 2019.

Beatles e reencontro com McCartney

Sobre seu papel nos Beatles, Starr reconheceu suas limitações vocais, mas destacou o apoio de seus colegas. "Eu sempre quis ser outra pessoa, como Jerry Lee. Quero dizer, consigo segurar uma melodia, desde que seja no meu tom. Deu certo com os Beatles porque John e Paul eram grandes compositores", afirmou.

Ele também relembrou algumas das canções que marcaram sua trajetória, como With a Little Help from My Friends e Yellow Submarine. "Essas músicas ainda são gigantescas, e eu continuo tocando-as nas turnês. Eles escreveram muitas canções incríveis para mim."

Em dezembro, Starr reencontrou Paul McCartney no palco, durante uma apresentação no O2 Arena, em Londres. Os dois tocaram clássicos como Helter Skelter e Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Esse foi o primeiro show em que se reuniram desde julho de 2019.

Ainda Estou Aqui entrou em cartaz em mais de 200 salas de cinema na França com o título Je Suis Toujours Là nesta semana. Com a exibição, o longa passou a receber resenhas de veículos franceses. E um dos mais tradicionais jornais do país, o Le Monde, fez uma crítica negativa do filme.

O crítico Jacques Mandelbaum dedicou uma página da edição do tradicional jornal francês para sua crítica. Para ele, a atuação de Fernanda Torres é "um tanto monocórdica."

Mandelbaum não gostou da "concentração melodramática" em Eunice Paiva, que fez o filme "passar com um traço leve demais pela compreensão do mecanismo totalitário".

O autor da crítica ainda comparou o trabalho de Fernanda Torres com o de Sônia Braga em Aquarius, alegando que as duas personagens beiram uma representação religiosa demais do sofrimento. O jornal avaliou o filme com uma estrela, em uma escala que vai até quatro.

Outros veículos franceses, porém, foram mais elogiosos a Ainda Estou Aqui. O jornal Liberátion disse que "Walter Salles narra com força e emoção o luto impossível que atingiu os Paiva". O Le Figaro classificou o filme como "uma cativante e poderosa narrativa histórica".

A revista especializada em cinema Première, por sua vez, o definiu como "uma obra dilacerante". Outra publicação tradicional, a Cahiers du Cinemà, o chamou de "um filme realizado com sutileza, que reafirma a necessidade da transmissão".

Emilia Pérez, representante francês ao Oscar 2025, é o principal rival de Ainda Estou Aqui na premiação. Os indicados ao Oscar serão revelados no próximo dia 23.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

Neil Gaiman negou as acusações de abuso sexual das quais é alvo. O autor de Sandman usou seu blog pessoal para rebater os relatos apresentados pela New York Magazine na última segunda-feira, 13. A reportagem da revista apresenta denúncias de oito mulheres.

"(São) descrições de coisas que aconteceram ao lado de coisas que definitivamente não aconteceram. Estou longe de ser uma pessoa perfeita, mas nunca me envolvi em atividade sexual não consensual com ninguém. Nunca", começou.

O britânico ainda justificou seu silêncio e ressaltou que sempre tentou ser uma pessoa reservada. "Fiquei quieto até agora, tanto por respeito às pessoas que estavam compartilhando suas histórias quanto por um desejo de não chamar ainda mais atenção para muita desinformação [...] Sentia que as mídias sociais eram o lugar errado para falar sobre assuntos importantes."

Gaiman afirmou que já foi uma pessoa "descuidada" com os sentimentos das outras, mas que nunca abusou de ninguém sexualmente e que todas as relações que teve foram consensuais.

"Algumas das histórias horríveis que estão sendo contadas agora simplesmente nunca aconteceram, enquanto outras foram tão distorcidas do que realmente aconteceu que não têm relação com a realidade. Estou preparado para assumir a responsabilidade por quaisquer erros que cometi. Não estou disposto a virar as costas para a verdade, e não posso aceitar ser descrito como alguém que não sou, e não posso e não vou admitir ter feito coisas que não fiz", finalizou.

O autor já havia negado as acusações de abuso sexual quando o podcast Master: as alegações contra Neil Gaiman, da Tortoise, abordou o assunto.