Caso Porsche no Tatuapé: motorista vai prestar depoimento na sexta-feira, 2

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Na última segunda-feira, 29, um empresário de 27 anos que dirigia uma Porsche pela Avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo, atingiu e matou um motociclista de 21 anos. Quase quatro meses antes, outro acidente também envolveu um empresário pilotando um carro da mesma marca. Na madrugada de 31 de março, Domingo de Páscoa, Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, dirigia uma Porsche azul modelo 911 Carrera GTS, ano 2023, de seu pai pela avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé (zona leste), quando atingiu a traseira do Renault Sandero que era dirigido pelo motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos.

Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, em maio, Fernando Sastre disse ainda que não tinha noção da velocidade que trafegava na rua e pediu desculpas à família de Ornaldo da Silva Viana, morto no acidente. Simulação da Polícia Civil indica que o Porsche estava a 134,6 km/h. A velocidade máxima permitida nesse trecho da avenida é de 50 km/h.

Fernando Sastre conseguiu sair do local do acidente sem fazer exame de alcoolemia - a mãe dele pediu autorização a uma policial militar para levá-lo ao hospital; foi autorizada, mas não levou o filho a nenhuma unidade de saúde. O motorista só se apresentou à Polícia Civil 38 horas após o acidente e, ao prestar depoimento, negou que houvesse consumido bebida alcoólica.

Em 3 de maio ele teve a prisão decretada, mas só se entregou três dias depois. Inicialmente detido no Centro de Detenção Provisória 2 de Guarulhos, desde 11 de maio ele está preso preventivamente na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior paulista, onde também estão detidos famosos como o ex-jogador Robinho.

A Polícia Civil concluiu inquérito em que acusou o motorista de homicídio doloso (intencional) qualificado e lesão corporal gravíssima. Um amigo de Fernando Sastre, que estava com ele no carro, sofreu ferimentos graves e chegou a ficar internado na UTI, mas está recuperado.

O motorista foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e o processo tramita na 1ª Vara do Júri, no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, sob o comando do juiz Roberto Zanichelli Cintra. A primeira audiência relativa ao caso ocorreu na tarde de 28 de junho, quando 17 testemunhas prestaram depoimento - 10 de acusação e 7 de defesa.

Os depoimentos mais importantes foram das três pessoas que estiveram com o réu nos momentos que antecederam o acidente: a namorada dele, Giovana Pinheiro Silva, de 23 anos, o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que estava no carro no momento do acidente, e Juliana de Toledo Simões, de 22 anos, namorada de Rocha. Os dois casais (Fernando Sastre e Giovana e Rocha e Juliana) haviam passado a noite de sábado juntos em dois locais - primeiro um restaurante e depois uma casa de pôquer.

Na audiência, Giovana afirmou que o namorado havia consumido apenas água naquela noite. Rocha disse não saber quanto o amigo havia bebido nem poder julgar se estava embriagado no momento do acidente. Juliana, por sua vez, afirmou que Andrade Filho ingeriu bebida alcoólica naquela noite.

Fernando Sastre assistiu aos depoimentos por videoconferência, a partir da penitenciária de Tremembé. Na próxima sexta-feira, 2, será a vez dele prestar depoimento, na segunda audiência de instrução e julgamento, a partir das 16h, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo.

A fase atual é de produção de provas, e ainda não há certeza de que o réu será mesmo submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri - isso depende de o juiz, ao final dessa etapa, considerar que existem provas suficientes para levá-lo a julgamento.

A reportagem procurou dois dos advogados de defesa de Fernando Sastre Andrade Filho - Elizeu Soares de Camargo Neto e Jonas Marzagão -, na terça-feira, 30, e na quarta-feira, 31, mas não conseguiu contato com eles.

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O ator Ney Latorraca morreu nesta quinta-feira, 26, às 6h23, no Rio de Janeiro. A assessoria do ator confirmou a morte ao Estadão. Ney estava internado desde o dia 20 de dezembro na Clínica São Vicente, da Gávea, zona sul do Rio, em decorrência de uma sepse pulmonar. O artista já lutava contra um câncer de próstata.

A doença foi diagnosticada em 2019. Na época, Ney foi operado, retirou a próstata e permaneceu curado. A doença voltou em agosto deste ano, já com metástase. Houve o tratamento inicial, porém sem sucesso.

Ney Latorraca foi um dos maiores atores da história da teledramaturgia brasileira, com papéis icônicos em Vamp e TV Pirata, entre outros.

Ney Latorraca deixa o marido, o ator Edi Botelho, com quem foi casado por 30 anos. O local, horário do velório e cremação do corpo ainda não estão definidos.

Relembre trajetória de Ney Latorraca

Antonio Ney Latorraca era natural de Santos, São Paulo. Aos seis anos de idade, fez uma participação em uma radionovela da Record. Durante a década de 1970, atuou em vários espetáculos, entre elas: Hair (1970), Jesus Cristo Superstar (1972), Bodas de Sangue (1973) e A Mandrágora (1975).

Fama e sucesso vieram com a novela Escalada, na TV Globo, em 1975. Na novela de Lauro César Muniz, a primeira de Latorraca, ele interpretou Felipe, que era mudo. "Ele só balançava a cabeça. E o que aconteceu? Um mês depois que a novela estreou, o personagem fazia tanto sucesso que todo mundo queria saber quem era aquela pessoa jogada pelos cantos, muda. Eu nunca apresentei aquele padrão imposto de galã, que precisava ter uma virilidade explícita. Pelo contrário. Mas Felipe fez sucesso, principalmente com o público feminino. Na época, havia um concurso em nível nacional para eleger o rei da televisão. Em seis semanas, eu já estava concorrendo com Tarcísio Meira e Roberto Carlos", relembrou o ator ao projeto Memória Globo.

Aquele contrato de três meses virou mais de 50 anos de casa.

Estabeleceu parceria importante com o diretor Walter Avancini, com quem realizou projetos de literatura adaptada como Anarquistas, Graças a Deus, Memórias de um Gigolô, Rabo de Saia, Grande Sertão: Veredas.

Vamp, TV Pirata e O Mistério de Irma Vap

Após diversas novelas, como Vamp, na qual interpretou o inesquecível Vlad, minisséries e também filmes no cinema, experimentou um exercício diferente com TV Pirata, em que encarnava Barbosa. Sobre o personagem, Ney Latorraca chegou a dizer: "Era um velho tarado, de cabeça branca, com um pouco de bico. Mas eu comecei a aumentar o bico, tanto que, meses depois, só dava Barbosa e todo mundo imitava. Foi um baita sucesso. Até hoje me pedem na rua para fazer o Barbosa".

Em 1986 estreou, com o ator Marco Nanini o maior sucesso do teatro brasileiro, O Mistério de Irma Vap, que permaneceu em cartaz por mais de 11 anos. Foi o seu maior sucesso e lhe trouxe a almejada estabilidade financeira. "Comprei minha cobertura, passei a viajar de primeira classe e pude dar todo o conforto para a minha mãe, que se foi em 1994, até o fim da vida dela", contou ele, em entrevista ao Estadão em julho passado.

Na Globo, Ney Latorraca fez 17 novelas e seis minisséries, além de seriados e especiais.

"Ator já nasce ator. Aprendi desde pequeno que precisava representar para sobreviver. Sempre fui uma criança diferente das outras: às vezes, eu tinha que dormir cedo porque não havia o que comer em casa. Então, até hoje, para mim, estou no lucro", disse o ator em depoimento ao Memória Globo.

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O câncer foi diagnosticado em 2019, na época Ney foi operado, retirou a próstata e permaneceu curado. A doença voltou em agosto deste ano, já com metástase. Houve o tratamento inicial, porém sem sucesso.

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Na véspera do Natal, Anitta mobilizou as suas redes sociais em busca de Charlie, seu cachorro que sumiu. A boa notícia é que ele foi encontrado.

"Achamos o Charlie, gente", disse a cantora nas redes sociais. Anitta contou que estava com ele na cama antes de tomar um banho. Quando voltou, o cão não estava mais lá, o que deixou todos preocupados.

A cantora disse que dormiu muito pouco naquela noite e acordou às 7h da manhã desta quarta-feira para procurar pelo cão, mobilizando parte dos seus vizinhos, incluindo Tatá Werneck, que mora no mesmo condomínio que a cantora.

Ela chegou a mobilizar uma "junta espiritual", incluindo a amiga Larissa Rios, que se comunica com os animais para ajudar na busca. Depois disso tudo, um primo a avisou que estava ouvindo latidos próximos, que suspeitava serem de Charlie.

"Meu cachorro cavou um buraco e se enfiou debaixo da casa, provavelmente com medo dos fogos, e não conseguiu sair", disse a cantora em um story postado na tarde desta quarta-feira, 25.

Após ser resgatado pelos bombeiros, o cachorro foi levado para uma consulta veterinária para garantir que estava bem.