Avião cai e mata 62 em Vinhedo, no interior de SP: veja o que se sabe e o que falta saber

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Um avião da companhia Voespass Linhas Aéreas caiu por volta das 13 horas nesta sexta-feira, 9, em um bairro residencial de Vinhedo, interior de São Paulo. Ele carregava 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes, em um voo com origem em Cascavel, no Paraná, e destino a Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Segundo a prefeitura de Cascavel e a Polícia Militar paulista, não houve sobreviventes.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), é o acidente com o maior número de vítimas desde a queda da aeronave da TAM, em São Paulo, em 17 de junho de 2007, que vitimou 199 pessoas.

Onde, exatamente, o avião caiu?

De acordo com o Corpo de Bombeiros de São Paulo, a aeronave caiu na região da Rua Edueta, número 2.500, no bairro Capela, em Vinhedo, próximo à rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324).

O avião caiu em região residencial, conforme relatos e vídeos divulgados por moradores da região nas redes sociais.

Vinhedo fica a aproximadamente 95 quilômetros do Aeroporto de Cumbica, onde o avião pousaria, e 927 quilômetros de Cascavel, de onde saiu.

Quantas vítimas o acidente causou?

O comandante geral da Polícia Militar, Coronel Cassio, diz que "a informação preliminar é que não há sobreviventes" do avião, ou seja 62 pessoas morreram.

Sete equipes de bombeiros estão empenhadas na ocorrência. Não há informações se moradores do bairro Capela foram atingidos, ou apenas os passageiros do avião.

O que causou a queda?

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foi acionada para atuar na investigação da queda do avião. Até o momento, não há informações sobre a causa do acidente.

"Investigadores do Cenipa e do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro, localizados em São Paulo, já estão a caminho para realizar a Ação Inicial da ocorrência", disse o Cenipa, em nota à imprensa.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que "acompanha os desdobramentos das investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)".

A Anac também afirmou que "está monitorando a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa, bem como adotando as providências necessárias para averiguação da situação da aeronave e dos tripulantes".

Qual o modelo do avião e qual o código de identificação do voo?

A aeronave é um ART 72-500, um avião de médio porte, com capacidade para 68 passageiros. A matrícula do voo é PTB 2283, da Voepass Linhas Aéreas (antiga Passaredo).

De acordo com o site Flight Radar, que rastreia voos, ele levantou voo às 11h58 desta sexta-feira em Cascavel e tinha pouso previsto para as 13h50, em Guarulhos. Ele caiu por volta das 13h20 em Vinhedo.

Quantas pessoas estavam a bordo e quantas casas foram atingidas?

A Voepass informou que o avião carregava 58 passageiros e quatro tripulantes. Não há informações, até o momento, de quantos imóveis foram atingidos pela queda.

O que diz a companhia aérea?

A companhia aérea Voespass diz que "acionou todos os meios para apoiar os envolvidos" e que "não há ainda confirmação de como ocorreu o acidente e nem da situação atual das pessoas que estavam a bordo".

A empresa diz que está prestando pelo telefone 0800 9419712, disponível 24h, informações a todos os seus passageiros, familiares e colaboradores.

Relembre outros acidentes aéreos desta proporção:

Conforme o Cenipa, os acidentes aéreos com mais de 10 mortes no Brasil desde 2000, foram:

30 de agosto de 2002 - Rico Linhas Aéreas - Rio Branco (AC) - 23 vítimas;

14 de maio de 2004 - Rico Linhas Aéreas - Floresta Amazônica - 33 vítimas;

31 de março de 2006 - TEAM - Rio Bonito (RJ) - 19 vítimas;

29 de setembro de 2006 - Gol - Serra do Cachimbo (PA) - 154 vítimas;

17 de julho de 2007 - TAM - São Paulo (SP) - 199 vítimas;

7 de fevereiro de 2009 - Embraer - Manacapuru (AM) - 24 vítimas;

13 de julho de 2011 - Noar - Recife (PE) - 16 vítimas;

16 de setembro de 2023 - Embraer - Barcelos (AM) - 14 vítimas;

29 de outubro de 2023 - Cessna - Rio Branco (AC) - 12 vítimas.

Em outra categoria

Uma vaquinha online foi aberta para ajudar a atriz Maidê Mahl, de 32 anos, que segue em recuperação após ter sido encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel de São Paulo, em setembro do ano passado. A informação foi divulgada na noite de domingo, 20, no Instagram dela.

De acordo com a publicação, Maidê saiu da UTI, mas ainda requer cuidados especiais. Ela está sendo acompanhada por uma mulher chamada Mariá, que deixou o trabalho para se dedicar integralmente à recuperação da atriz.

"Os gastos com medicamentos, alimentação e cuidados básicos são altos, e elas precisam da nossa ajuda. Qualquer valor faz diferença. Se puder, contribua e compartilhe. Juntos, podemos garantir que a Maidê siga vencendo essa batalha!", dizia a publicação.

A atriz ficou conhecida por interpretar Elke Maravilha na série O Rei da TV (2022) e por atuar em Vale dos Esquecidos. Em setembro de 2024, ela desapareceu após ser vista com uma mochila nas costas no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo.

Três dias depois, em 5 de setembro, a atriz foi localizada em um hotel na região central da cidade, com ferimentos graves e inconsciente. Ela ficou internada na UTI por um mês, em coma, e recebeu alta hospitalar apenas no fim de janeiro deste ano.

No último dia 18, Maidê fez sua primeira publicação nas redes sociais desde o ocorrido. "Meu coração é pura saudade quando vejo esse vídeo. Quando eu falava, cantava, eu andava e dançava. Agora esse sonho está perto de se realizar", escreveu ela, sem dar detalhes sobre o tratamento. A atriz disse estar em reabilitação no maior centro especializado da América Latina e demonstrou otimismo com a recuperação.

O texto abaixo contém spoilers do segundo episódio da nova temporada de 'The Last of Us'.

A HBO e a Max exibiram no domingo, 20, o segundo episódio da nova temporada de The Last of Us. A produção trouxe um dos momentos mais aguardados e polêmicos do videogame: a morte de Joel, interpretado por Pedro Pascal. A cena, marcada por violência, foi debatida pelos criadores Craig Mazin e Neil Druckmann em entrevista à revista Variety.

Na trama, Joel é atacado por Abby (Kaitlyn Dever) durante uma patrulha, após ajudá-la a escapar de infectados. Ela o atrai até uma cabana, onde o personagem é ferido e espancado diante de Ellie (Bella Ramsey), que tenta intervir. A motivação da personagem está ligada aos acontecimentos do final da primeira temporada. Enquanto isso, a cidade de Jackson lida com uma invasão de infectados, ampliando a tensão.

Druckmann explicou que o momento precisava ocorrer ainda no começo da temporada para dar início ao novo arco narrativo da série - no jogo, a morte de Joel também acontece no início. Para ele, atrasar essa virada poderia enfraquecer o impacto da história.

Mazin completou dizendo que o desafio era equilibrar a surpresa para quem ainda não conhecia o jogo e a expectativa de quem já sabia o que viria.

"Existe o risco de atormentar o público, e não é isso que queremos fazer. Se as pessoas souberem que isso vai acontecer, vão começar a se sentir atormentadas. E quem não sabe, vai acabar descobrindo, porque todo mundo comentaria sobre a ausência da cena", explicou o criador. "Nosso instinto foi garantir que, quando acontecesse, parecesse natural dentro da história - e não como uma escolha pensada apenas para abalar o público."

A versão televisiva da história também expande elementos que, no jogo, aparecem apenas como menções. A crise em Jackson, por exemplo, foi mostrada de forma mais direta, o que ajuda a consolidar o local como um personagem dentro da narrativa. "Queríamos que o público levasse Jackson em consideração daqui para frente", disse Druckmann.

O episódio também aprofunda a relação entre Joel e Dina (Isabela Merced), que não chega a ser mostrada no jogo. A adaptação sugere que, ao longo dos anos em Jackson, Joel e Dina desenvolveram uma conexão próxima, o que reforça o impacto emocional do ataque. Já a dinâmica entre Ellie e Dina ainda está em construção, com diferenças importantes em relação ao material original.

O autor britânico Neil Gaiman, conhecido por obras como Sandman, Coraline e Deuses Americanos, abriu um processo contra Caroline Wallner, ceramista que o acusou de abuso sexual.

Ele cobra mais de US$ 500 mil (cerca de R$ 2,6 milhões), alegando que ela quebrou o acordo de confidencialidade firmado entre os dois há três anos. As informações são da revista Vulture.

Wallner se mudou para a casa de Gaiman em Woodstock, nos Estados Unidos, onde trabalhou e morou, junto com o ex-marido. Segundo ela, os abusos teriam ocorrido entre 2018 e 2020, após o fim do casamento. Nesse período, o autor teria proposto relações sexuais em troca de moradia. Ele nega a acusação e diz que foi ela quem iniciou os encontros íntimos.

Em 2021, Gaiman e Wallner assinaram um acordo que incluía cláusulas de sigilo e não difamação. Como parte do acerto, o escritor pagou US$ 275 mil à ceramista, que ficou impedida de processá-lo ou relatar publicamente o que viveu. Agora, ele afirma que Wallner descumpriu os termos ao dar entrevistas a veículos de imprensa.

No novo pedido, o autor exige o reembolso total do valor pago, o pagamento de honorários advocatícios e uma compensação de US$ 50 mil para cada entrevista concedida. O ex-marido de Wallner, que também assinou o acordo à época, foi citado no processo.

Vincent White, advogado da ceramista, e especialista em casos de assédio, afirmou que raramente homens acusados recorrem à Justiça nesses casos, por conta da repercussão pública negativa. "Quando alguém tenta silenciar esse tipo de denúncia, muita gente acaba acreditando que ela é verdadeira", afirmou.