Calor faz ar de São Paulo ficar mais seco; Defesa Civil decreta alerta

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A onda de calor que tem provocado aumento das temperaturas em vários Estados do Centro-Sul do País fez a Defesa Civil de São Paulo decretar, na tarde desta segunda-feira, 19, estado de alerta para a capital paulista por conta do tempo seco. Segundo o órgão, a menor a umidade relativa do ar registrada entre todas as estações da cidade, ao longo do dia, foi de 13,5%, captada na estação da Sé, no centro, por volta das 17h.

Conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo, regiões como Perus (zona norte) e Itaquera (zona leste), registraram umidade relativa do ar de 19% e 17%, respectivamente. Com a elevação gradual dos índices, o estado de alerta da Defesa Civil passou para o status de "observação" no fim da tarde, por volta das 18h.

Este já é o terceiro dia marcado pelo tempo muito seco na cidade. No último sábado, 17, São Paulo teve o menor índice médio de umidade relativa do ar dos últimos três anos, com 20,5%. No domingo, a capital paulista teve a menor umidade relativa do ar absoluta de 2024: 13,2%, registrados na estação meteorológica automática da Sé, de acordo com o CGE.

Ainda conforme os dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura, a cidade já acumulou volume de chuva no mês de 33,4mm, 12,1% acima do esperado para agosto (29,8mm). O total foi alcançado com as precipitações que aconteceram nos últimos dias 9 e 10.

A tendência para os próximo dias é de permanência do calor, altas amplitudes térmicas e baixa umidade do ar. O cenário é resultado de um bloqueio atmosférico que tem provocado essa grande massa de ar seco. "Essa condição meteorológica facilita a propagação de queimadas e incêndios, e aumenta a concentração dos poluentes nos grandes centros urbanos", alerta o CGE.

Com isso, os próximos dias na capital poderão ser de temperaturas máximas igual ou superior a 30°C, e umidade do ar próxima a abaixo dos 30%.

Na terça-feira, 20, o predomínio de sol manterá a temperatura elevada. Entre o fim da tarde e a noite, a entrada de uma brisa marítima alivia o calor e eleva os porcentuais de umidade. A noite terá céu nublado, mas com baixa probabilidade de chuva. A previsão é de mínima de 16°C e máxima de 30°C.

Na quarta-feira, 21, o cenário atmosférico não deve mudar, segundo a Prefeitura. A manhã será marcada por formação de névoa úmida e termômetros em torno dos 16°C. Já a tarde será mais quente e menos úmida, com formação de névoa seca e máxima de 30°C.

O calor deve persistir até o fim da semana, quando as temperaturas poderão cair com a aproximação de uma nova frente fria (veja mais abaixo).

Governo de SP emite alerta para risco de incêndio

O calor e o tempo seco fizeram o governo estadual emitir alerta emergência para o risco de incêndios para 16 regiões do Estado: Capital, Região Metropolitana de SP, Araçatuba, Araraquara, Barretos, Bauru, Campinas, Franca, Itapeva, Marília, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, São Jose dos Campos, São Jose do Rio Preto e Sorocaba.

"A Operação SP Sem Fogo, do governo de São Paulo, está desde junho na fase vermelha, em que as ações de prevenção e combate a focos de incêndio é intensificada. O reforço nas ações ocorre durante o período mais seco do ano, que vai até outubro", disse o Estado, em nota.

Para a prevenção contra queimadas, é recomendado não soltar balões; evitar acender fogueiras, especialmente próximo às matas. não utilizar o fogo para limpeza de terrenos; não queimar lixo; fazer queima controlada somente quando permitido e com autorização da Cetesb.

Para receber alertas da Defesa Civil no celular sobre o risco de incêndios ou tempo seco, é necessário enviar um SMS com o CEP para o número 40199.

Frio deve voltar no fim da semana

O forte calor poderá ser substituído por uma nova massa de ar frio, que deve avançar a partir da Argentina e do Uruguai, atingir o Sul do País e derrubar as temperaturas a partir do próximo fim de semana, de acordo com a agência de meteorologia MetSul.

"O ar frio, então, vai se mover para Norte na sequência rumo ao Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil com queda maior da temperatura no próximo fim de semana nestas regiões, encerrando o período muito quente", projeta a empresa de meteorologia. (Colaborou Renata Okumura)

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Uma vaquinha online foi aberta para ajudar a atriz Maidê Mahl, de 32 anos, que segue em recuperação após ter sido encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel de São Paulo, em setembro do ano passado. A informação foi divulgada na noite de domingo, 20, no Instagram dela.

De acordo com a publicação, Maidê saiu da UTI, mas ainda requer cuidados especiais. Ela está sendo acompanhada por uma mulher chamada Mariá, que deixou o trabalho para se dedicar integralmente à recuperação da atriz.

"Os gastos com medicamentos, alimentação e cuidados básicos são altos, e elas precisam da nossa ajuda. Qualquer valor faz diferença. Se puder, contribua e compartilhe. Juntos, podemos garantir que a Maidê siga vencendo essa batalha!", dizia a publicação.

A atriz ficou conhecida por interpretar Elke Maravilha na série O Rei da TV (2022) e por atuar em Vale dos Esquecidos. Em setembro de 2024, ela desapareceu após ser vista com uma mochila nas costas no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo.

Três dias depois, em 5 de setembro, a atriz foi localizada em um hotel na região central da cidade, com ferimentos graves e inconsciente. Ela ficou internada na UTI por um mês, em coma, e recebeu alta hospitalar apenas no fim de janeiro deste ano.

No último dia 18, Maidê fez sua primeira publicação nas redes sociais desde o ocorrido. "Meu coração é pura saudade quando vejo esse vídeo. Quando eu falava, cantava, eu andava e dançava. Agora esse sonho está perto de se realizar", escreveu ela, sem dar detalhes sobre o tratamento. A atriz disse estar em reabilitação no maior centro especializado da América Latina e demonstrou otimismo com a recuperação.

O texto abaixo contém spoilers do segundo episódio da nova temporada de 'The Last of Us'.

A HBO e a Max exibiram no domingo, 20, o segundo episódio da nova temporada de The Last of Us. A produção trouxe um dos momentos mais aguardados e polêmicos do videogame: a morte de Joel, interpretado por Pedro Pascal. A cena, marcada por violência, foi debatida pelos criadores Craig Mazin e Neil Druckmann em entrevista à revista Variety.

Na trama, Joel é atacado por Abby (Kaitlyn Dever) durante uma patrulha, após ajudá-la a escapar de infectados. Ela o atrai até uma cabana, onde o personagem é ferido e espancado diante de Ellie (Bella Ramsey), que tenta intervir. A motivação da personagem está ligada aos acontecimentos do final da primeira temporada. Enquanto isso, a cidade de Jackson lida com uma invasão de infectados, ampliando a tensão.

Druckmann explicou que o momento precisava ocorrer ainda no começo da temporada para dar início ao novo arco narrativo da série - no jogo, a morte de Joel também acontece no início. Para ele, atrasar essa virada poderia enfraquecer o impacto da história.

Mazin completou dizendo que o desafio era equilibrar a surpresa para quem ainda não conhecia o jogo e a expectativa de quem já sabia o que viria.

"Existe o risco de atormentar o público, e não é isso que queremos fazer. Se as pessoas souberem que isso vai acontecer, vão começar a se sentir atormentadas. E quem não sabe, vai acabar descobrindo, porque todo mundo comentaria sobre a ausência da cena", explicou o criador. "Nosso instinto foi garantir que, quando acontecesse, parecesse natural dentro da história - e não como uma escolha pensada apenas para abalar o público."

A versão televisiva da história também expande elementos que, no jogo, aparecem apenas como menções. A crise em Jackson, por exemplo, foi mostrada de forma mais direta, o que ajuda a consolidar o local como um personagem dentro da narrativa. "Queríamos que o público levasse Jackson em consideração daqui para frente", disse Druckmann.

O episódio também aprofunda a relação entre Joel e Dina (Isabela Merced), que não chega a ser mostrada no jogo. A adaptação sugere que, ao longo dos anos em Jackson, Joel e Dina desenvolveram uma conexão próxima, o que reforça o impacto emocional do ataque. Já a dinâmica entre Ellie e Dina ainda está em construção, com diferenças importantes em relação ao material original.

O autor britânico Neil Gaiman, conhecido por obras como Sandman, Coraline e Deuses Americanos, abriu um processo contra Caroline Wallner, ceramista que o acusou de abuso sexual.

Ele cobra mais de US$ 500 mil (cerca de R$ 2,6 milhões), alegando que ela quebrou o acordo de confidencialidade firmado entre os dois há três anos. As informações são da revista Vulture.

Wallner se mudou para a casa de Gaiman em Woodstock, nos Estados Unidos, onde trabalhou e morou, junto com o ex-marido. Segundo ela, os abusos teriam ocorrido entre 2018 e 2020, após o fim do casamento. Nesse período, o autor teria proposto relações sexuais em troca de moradia. Ele nega a acusação e diz que foi ela quem iniciou os encontros íntimos.

Em 2021, Gaiman e Wallner assinaram um acordo que incluía cláusulas de sigilo e não difamação. Como parte do acerto, o escritor pagou US$ 275 mil à ceramista, que ficou impedida de processá-lo ou relatar publicamente o que viveu. Agora, ele afirma que Wallner descumpriu os termos ao dar entrevistas a veículos de imprensa.

No novo pedido, o autor exige o reembolso total do valor pago, o pagamento de honorários advocatícios e uma compensação de US$ 50 mil para cada entrevista concedida. O ex-marido de Wallner, que também assinou o acordo à época, foi citado no processo.

Vincent White, advogado da ceramista, e especialista em casos de assédio, afirmou que raramente homens acusados recorrem à Justiça nesses casos, por conta da repercussão pública negativa. "Quando alguém tenta silenciar esse tipo de denúncia, muita gente acaba acreditando que ela é verdadeira", afirmou.