Fogo destrói áreas protegidas na Chapada dos Veadeiros, em Goiás

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Incêndios em áreas de vegetação se espalharam por todas as regiões de Goiás. Desde o início do mês de setembro, o Estado já registrou 1.468 focos de incêndio, segundo o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O fogo atinge parte da Chapada dos Veadeiros, incluindo o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e a Área de Proteção Ambiental Pouso Alto. Segundo o Corpo de Bombeiros de Goiás, apenas na sexta-feira, 6, foram registrados 44 incêndios na área.

Iniciado na quinta-feira, 5, o fogo no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros devastou uma área estimada em 10 mil hectares. Em nota divulgada no sábado, 7, a chefia do parque declarou ainda não saber o quê ou quem provocou o incêndio.

Áreas de preservação particulares, como a Reserva Privada do Patrimônio Natural (RPPN) Campo Úmido Voshysias e a RPPN Murundu também foram afetadas.

Os bombeiros informaram que o combate está sendo realizado e o incêndio já está controlado, mas equipes seguem monitorando a região.

Na região do Paralelo 14, próximo à rodovia GO-118, os bombeiros combateram um primeiro foco, extinto com uso de sopradores. O segundo se tratava de fogo subterrâneo, que surge espontaneamente devido à queima de subsolo.

Nessas áreas, foi feito o encharcamento do solo e foram criadas trincheiras ao redor dos focos para impedir a propagação do calor pela terra. Oito militares participaram da ocorrência.

Segundo a chefia do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, efetivos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do PrevFogo, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), também têm atuado no combate às chamas. Contatados, os órgãos federais não responderam até o fechamento da reportagem.

Participam ainda do combate brigadas voluntárias. Nas redes sociais, Ivan Anjo Diniz, coordenador da Rede Contra Fogo, brigada que atua na região, relatou que o incêndio atingiu o lixão de Alto Paraíso de Goiás, município localizado na Chapada.

"É uma vergonha o que acontece em Alto Paraíso. Todos os anos, incêndio no lixão no auge da seca, ninguém vigia, ninguém cuida desse lugar", afirmou.

Em boletim divulgado na sexta-feira, 6, a prefeitura de Alto Paraíso de Goiás afirmou que as labaredas foram controladas e que o combate estava sendo feito para evitar o espalhamento do fogo pelas montanhas de materiais.

Segundo a administração municipal, as autoridades estão tomando medidas legais para identificar e punir os responsáveis.

Três suspeitos foram presos em Portelândia

No sudoeste do Estado, em Portelândia, um grande incêndio tomou as margens da BR-364 neste sábado, 7. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou em uma área de palhada de milho próximo ao posto Tabocão por volta das 13h.

A fumaça dificultou a visibilidade na rodovia e levou um motorista a perder o controle da direção e sair da pista, caindo dentro de uma cacimba.

Uma passageira foi atingida pelas chamas ao tentar sair do carro e sofreu queimaduras graves. Ela foi encaminhada para a UPA de Mineiros (GO) para atendimento médico. Outros dois homens que estavam no veículo sofreram queimaduras de menor gravidade.

Três suspeitos de provocarem os incêndios foram presos. Um deles confessou ser o autor do fogo que atingiu a área urbana de Caldas Novas.

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O ex-Beatle Ringo Starr afirmou que só seguirá fazendo música sob uma condição: estar em uma banda. Em entrevista ao jornal The Times, publicada no último domingo, 12, o baterista explicou sua decisão.

"Eu só quero estar em uma banda. Não quero estar sozinho. Não tem como subir no palco e tocar 'Yesterday' apenas com a bateria", declarou.

Starr, que fez história ao lado de Paul McCartney, John Lennon e George Harrison nos anos 60, lançou em 10 de janeiro seu novo álbum, Look Up, que traz influências do country. É seu primeiro trabalho desde 2019.

Beatles e reencontro com McCartney

Sobre seu papel nos Beatles, Starr reconheceu suas limitações vocais, mas destacou o apoio de seus colegas. "Eu sempre quis ser outra pessoa, como Jerry Lee. Quero dizer, consigo segurar uma melodia, desde que seja no meu tom. Deu certo com os Beatles porque John e Paul eram grandes compositores", afirmou.

Ele também relembrou algumas das canções que marcaram sua trajetória, como With a Little Help from My Friends e Yellow Submarine. "Essas músicas ainda são gigantescas, e eu continuo tocando-as nas turnês. Eles escreveram muitas canções incríveis para mim."

Em dezembro, Starr reencontrou Paul McCartney no palco, durante uma apresentação no O2 Arena, em Londres. Os dois tocaram clássicos como Helter Skelter e Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Esse foi o primeiro show em que se reuniram desde julho de 2019.

Ainda Estou Aqui entrou em cartaz em mais de 200 salas de cinema na França com o título Je Suis Toujours Là nesta semana. Com a exibição, o longa passou a receber resenhas de veículos franceses. E um dos mais tradicionais jornais do país, o Le Monde, fez uma crítica negativa do filme.

O crítico Jacques Mandelbaum dedicou uma página da edição do tradicional jornal francês para sua crítica. Para ele, a atuação de Fernanda Torres é "um tanto monocórdica."

Mandelbaum não gostou da "concentração melodramática" em Eunice Paiva, que fez o filme "passar com um traço leve demais pela compreensão do mecanismo totalitário".

O autor da crítica ainda comparou o trabalho de Fernanda Torres com o de Sônia Braga em Aquarius, alegando que as duas personagens beiram uma representação religiosa demais do sofrimento. O jornal avaliou o filme com uma estrela, em uma escala que vai até quatro.

Outros veículos franceses, porém, foram mais elogiosos a Ainda Estou Aqui. O jornal Liberátion disse que "Walter Salles narra com força e emoção o luto impossível que atingiu os Paiva". O Le Figaro classificou o filme como "uma cativante e poderosa narrativa histórica".

A revista especializada em cinema Première, por sua vez, o definiu como "uma obra dilacerante". Outra publicação tradicional, a Cahiers du Cinemà, o chamou de "um filme realizado com sutileza, que reafirma a necessidade da transmissão".

Emilia Pérez, representante francês ao Oscar 2025, é o principal rival de Ainda Estou Aqui na premiação. Os indicados ao Oscar serão revelados no próximo dia 23.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

Neil Gaiman negou as acusações de abuso sexual das quais é alvo. O autor de Sandman usou seu blog pessoal para rebater os relatos apresentados pela New York Magazine na última segunda-feira, 13. A reportagem da revista apresenta denúncias de oito mulheres.

"(São) descrições de coisas que aconteceram ao lado de coisas que definitivamente não aconteceram. Estou longe de ser uma pessoa perfeita, mas nunca me envolvi em atividade sexual não consensual com ninguém. Nunca", começou.

O britânico ainda justificou seu silêncio e ressaltou que sempre tentou ser uma pessoa reservada. "Fiquei quieto até agora, tanto por respeito às pessoas que estavam compartilhando suas histórias quanto por um desejo de não chamar ainda mais atenção para muita desinformação [...] Sentia que as mídias sociais eram o lugar errado para falar sobre assuntos importantes."

Gaiman afirmou que já foi uma pessoa "descuidada" com os sentimentos das outras, mas que nunca abusou de ninguém sexualmente e que todas as relações que teve foram consensuais.

"Algumas das histórias horríveis que estão sendo contadas agora simplesmente nunca aconteceram, enquanto outras foram tão distorcidas do que realmente aconteceu que não têm relação com a realidade. Estou preparado para assumir a responsabilidade por quaisquer erros que cometi. Não estou disposto a virar as costas para a verdade, e não posso aceitar ser descrito como alguém que não sou, e não posso e não vou admitir ter feito coisas que não fiz", finalizou.

O autor já havia negado as acusações de abuso sexual quando o podcast Master: as alegações contra Neil Gaiman, da Tortoise, abordou o assunto.