Beforeigners: os visitantes exibe hoje o último episódio da 1ª temporada

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Na calma e rica Oslo, pessoas começam a surgir da água, vindas de outras épocas. Em pouco tempo, a cidade está cheia de gente da pré-história, vikings e cavalheiros e damas do século 19. Acertou quem viu um paralelo com a crise de refugiados em toda a Europa na premissa de Beforeigners: Os Visitantes, primeira série norueguesa da HBO, que exibe o último episódio de sua primeira temporada neste domingo, às 22h. "É uma alegoria, um jeito de tratar do assunto sem ser explícito demais", disse Eilif Skodvin, criador da série com Anne Bjørnstad, em entrevista ao Estadão, por videoconferência.

O trabalho mais famoso da dupla, Lilyhammer, disponível na Netflix, era sobre um gângster nova-iorquino na Noruega e também tocava no assunto dos refugiados, mas os roteiristas estavam interessados em um outro tipo de história, que incorporasse elementos de ficção científica. "A gente pensou muito em séries como True Blood e filmes como Distrito 9, que lidam com o mesmo tema, só que com vampiros e alienígenas", disse Skodvin. "No fim, são todas sobre integração", afirmou Bjørnstad.

A viagem no tempo foi ideal para abordar o tema de forma diferente. Os imigrantes, aqui, são do mesmo país, só que é como se fossem de outro mundo. Era importante que tivessem origens diferentes, porque normalmente imigrantes não são grupos homogêneos. "É meio engraçado porque os moradores que não veem com bons olhos essa chegada de novos habitantes não podem dizer: 'Voltem para o lugar de onde vieram!', algo que muitos imigrantes ouvem, já que eles são dali. Isso é interessante e engraçado ao mesmo tempo", disse Anne Bjørnstad.

Beforeigners é como esses novos indivíduos são chamados. A série está mais interessada em sua assimilação do que nas razões pelas quais eles vieram parar no século 21. Tanto que logo no primeiro episódio, após a chegada dos primeiros "beforeigners", sempre na água, a série pula no tempo, mostrando sua integração - ou não - à sociedade muitos anos depois.

O choque cultural é evidente, mas também sua influência no século 21. Em pouco tempo, não faltam cafés moderninhos que vendem mingau de aveia à maneira tradicional. "Nós queríamos falar de como essas pessoas veem a gente", explicou Bjørnstad. "O que alguém do século 19 acharia do mundo de hoje? O que os vikings pensariam?", questionou ela. Para Skodvin, os vikings perguntariam o que aconteceu com a macheza. "Era um mundo rico a ser explorado", afirmou ele.

Mas os criadores acharam que precisavam de algo mais sólido para sustentar essa ideia tão maluca e acabaram criando uma trama policial, em que o veterano detetive Lars Haaland (Nicolai Cleve Broch) precisa investigar a morte de uma mulher coberta de tatuagens da Idade da Pedra e com dentes podres. Sua parceira é Alfhildr Enginnsdóttir (Krista Kosonen), a primeira policial "beforeigner", originalmente uma mulher de lavrador viking que está em seu primeiro dia no trabalho. "Como tinha muita coisa estranha na série, achamos que ter uma estrutura reconhecível faria o espectador apreciar mais as ideias sobre esse universo", disse Anne Bjørnstad. Para Skodvin, a força do romance policial escandinavo está justamente em usar o crime para explorar as questões da sociedade, até porque a taxa de assassinatos em Oslo é baixíssima.

A primeira temporada não explica muito por que essas pessoas vieram parar no nosso tempo, nem como. "Nosso foco é mais político e cômico", disse Skodvin. Há algumas regras implícitas. Por exemplo, as pessoas sempre surgem no lugar onde originalmente nasceram, só que em outras épocas. Mas a segunda temporada pode explorar mais os detalhes dessas aparições e, quem sabe, falar até de como elas se deram em outras partes do mundo - logo no início fica evidente que é um fenômeno global.

Se fosse no Brasil ou na Itália, por exemplo, as pessoas que surgiram são brasileiras e italianas, respectivamente. Mas seriam das mesmas épocas de que vieram os "beforeigners" noruegueses, ou seja, Idade da Pedra, Idade Média e século 19? "Ainda não fechamos essa questão", explicou Skodvin. "Pode ser que no Brasil, por causa das condições locais de água, eletricidade, as pessoas teriam vindo de outras eras. Mas seria muito divertido saber como esse fenômeno se deu no Brasil", completou o roteirista. Provavelmente por aqui, os "beforeigners" já teriam virado enredo e fantasia de carnaval. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

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Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

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Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

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Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.