Família que perdeu bebê por inalação de mecônio e falta de leito é indenizada

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou a condenação, proferida em primeira instância, da União e do Estado do Paraná em caso de óbito de recém-nascido em Ponta Grossa, cidade localizada a 96,92 km de Curitiba. Ocorre que a criança inalou mecônio - uma substância que corresponde às primeiras fezes eliminadas pelo bebê, ainda dentro da barriga da mãe - e não recebeu atendimento a tempo de assegurar a sua sobrevivência. O colegiado do TRF4 entendeu que houve falha na fiscalização da União e omissão do Estado, fixando pena de R$100 mil por danos morais, a cada um dos réus, e reembolso por dano material em R$2.180,80.

O mecônio normalmente é expelido pela mãe após o nascimento do bebê, quando ele começa a se alimentar. Mas há casos, como o representado no processo, em que essa substância é eliminada no momento do parto, fazendo com que ela se misture ao líquido amniótico. A sua inalação pela criança causa a Síndrome da Aspiração Meconial, que pode provocar inflamação nas vias respiratórias.

Consta no processo que era necessária a internação do bebê em UTI neonatal para realização de tratamento. No entanto, não havia vagas em Ponta Grossa e ele deveria ser transferido para Irati, também no Paraná. O transporte da criança, porém, se mostrou inviável porque também não havia veículos disponíveis para a realização do procedimento. O bebê, então, permaneceu incubado por nove horas até que veio a óbito. O incidente ocorreu em junho de 2015 e os pais acionaram a Justiça em 2016.

Na primeira instância, a 2ª Vara Federal de Ponta Grossa acolheu o argumento da família da criança de que houve omissão por parte do Poder Público na condução do caso. Os réus recorreram da decisão: o Estado do Paraná alegou que não tinha responsabilidade sobre o ocorrido, porque não respondia pelo hospital em que os fatos se deram. Além disso, argumentou que não há comprovação do 'nexo de causalidade' entre a demora na transferência do bebê e seu falecimento. A União, por sua vez, sustentou que o município de Ponta Grossa também deveria ser responsabilizado e alegou que não havia relação entre a morte e o atendimento dispensado à família.

A desembargadora federal Vivian Josete Pantaleão Caminha, relatora do caso, rejeitou as argumentações e reiterou que cabia à União fiscalizar a manutenção de serviço adequado de saúde para atendimento de alta complexidade. Ela acrescentou que o Estado deve responder por omissão quanto à disponibilização de leitos de UTI neonatal. "A mera plausibilidade de que o leito em unidade de terapia intensiva, em momento oportuno, poderia salvar a vida do bebê autoriza a responsabilização da União e do Estado do Paraná, que decorre da omissão na instalação de novos leitos na cidade de Ponta Grossa, que conta com uma população de aproximadamente 400 mil habitantes, acrescidas dos cidadãos das cidades próximas", declarou a magistrada.

COM A PALAVRA, O GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

O Estado do Paraná, assim que intimado da decisão, irá analisar os autos e a decisão, para verificar, tecnicamente, a possibilidade de recurso aos tribunais superiores. Neste momento, não temos como nos manifestar.

COM A PALAVRA, A ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

A reportagem entrou em contato com a Advocacia-Geral da União (AGU) e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

Em outra categoria

As Patricinhas de Beverly Hills, comédia adolescente icônica dos anos 1990, vai ganhar série. A trama funcionará como uma continuação do filme, com Alicia Silverstone de volta ao papel de Cher Horowitz depois de 30 anos.

A atriz de 48 anos também será produtora executiva do projeto, de acordo com a revista The Hollywood Reporter. Por trás da série estão Josh Schwartz e Stephanie Savage, que idealizaram dois grandes sucessos voltados para o público jovem nos anos 2000: as séries The O.C. e Gossip Girl. Jordan Weiss, roteirista da sequência Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda, também está envolvida.

Mais detalhes sobre o enredo ainda não foram divulgados. A série está em desenvolvimento pelo streaming Peacock, da NBC. As produções originais da plataforma, indisponível no Brasil, costumam chegar ao País pelo Universal+.

Anteriormente, em 2020, uma outra série derivada de As Patricinhas de Beverly Hills havia sido anunciada. A história seria um mistério sobre o desaparecimento de Cher, investigado por sua melhor amiga, Dionne (vivida por Stacey Dash no filme). A produção, no entanto, foi descartada, e a ideia não deve ser reaproveitada.

As Patricinhas de Beverly Hills foi lançado em 1995. É uma adaptação moderna do clássico Emma, romance de Jane Austen de 1815. Até hoje, o filme segue conquistando novas gerações por sua ótima trilha sonora e figurinos fashionistas.

Na trama, Cher é a garota mais popular de sua escola em Beverly Hills, em Los Angeles, na Califórnia. Rica, mimada e superficial, a jovem pega gosto pela "caridade" e resolve presentear uma nova colega, cujo visual a desagrada, com uma transformação completa. A crise começa quando essa garota supera a popularidade de Cher, tomando seu posto como abelha-rainha.

A Globo anunciou que, em 2026, haverá mais uma edição do Big Brother Brasil. O apresentador Tadeu Schmidt falou, no programa da última quinta-feira, 17, que as inscrições para participar já estão abertas.

Para tentar uma chance de entrar na casa, é preciso acessar este link. Segundo instruções da produção, ao entrar no link de inscrição, primeiro, é preciso selecionar a região onde mora ou nasceu.

Depois, é preciso responder um questionário. A produção ainda recomenda caprichar nas fotos e nos vídeos. As vagas são limitadas e se esgotam rapidamente.

Na noite de quinta-feira, 17, Diego Hypólito foi eliminado com 59,77% dos votos. Ele disputava a permanência na casa com Vitória e Renata. A temporada de 2025 do BBB tem data marcada para acabar no dia 22 de abril.

A icônica Odete Roitman está prestes a fazer sua aguardada estreia no remake de Vale Tudo. A personagem, agora vivida por Debora Bloch, entra na trama no capítulo previsto para ir ao ar em 26 de abril. Dona da companhia aérea TCA, Odete promete movimentar o núcleo empresarial da novela das 21h.

Enquanto Maria de Fátima (Bella Campos) tenta aplicar um golpe em Afonso Roitman (Humberto Carrão), a chegada da executiva pode virar o jogo. Com sua postura implacável e calculista, a personagem retorna ao Brasil com intenções que devem impactar diretamente o futuro dos Roitman.

De acordo com informações divulgadas pelo site gshow, a entrada de Odete coincide com uma nova crise envolvendo Marco Aurélio (Marcos Caruso), que deve sofrer um grande prejuízo financeiro nos próximos capítulos. A trama da TCA e os conflitos internos da família devem ganhar ainda mais destaque.

Além disso, o remake assinado por Manuela Dias deve trazer outras reviravoltas nos próximos dias - incluindo a morte de um personagem querido pelo público, Rubinho (Júlio Andrade).