Havana volta a ter luz enquanto apagão se estende ao 4º dia em várias províncias de Cuba

Internacional
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Cuba entrou nesta segunda-feira, 21, o quarto dia de um dos piores apagões de sua na história. Na capital, Havana, centro do poder do regime castrista, no entanto, quase 90% dos moradores de Havana voltaram a ter energia elétrica. A maioria da população no resto do país ainda está sem luz. Aulas e atividades não essenciais estão suspensas no país até quinta-feira, 24, e protestos foram registrados em algumas localidades.

O restabelecimento quase total da eletricidade na capital, com dois milhões de habitantes, foi anunciado pela empresa de energia de Havana. "De acordo com a Empresa Elétrica de Havana, 769.810 clientes, de 301 circuitos, têm serviço elétrico em Havana, representando 89,3% do total", disse o portal de notícias estatal Cubadebate, citando a companhia.

Grande parte dos habitantes nas províncias cubanas seguia sem luz, informaram as autoridades.

Cuba, declarada pelo governo em "emergência energética", sofreu na última sexta-feira, 18, o desligamento total do seu sistema elétrico, após o colapso da central termelétrica Antonio Guiteras, a mais importante do país.

Durante as madrugadas do fim de semana, houve alguns protestos em bairros populares que não receberam nenhuma eletricidade, como Centro Habana e Santos Suárez. Vários moradores batiam panelas, alguns poucos nas ruas e outros de suas varandas.

O presidente Miguel Díaz-Canel reconheceu na noite de domingo, 20, que as pessoas estavam frustradas com a falta de luz. "Há toda uma capacidade, por parte do partido e de outras organizações, de responder às preocupações da população, desde que de maneira decente, organizada, civilizada e disciplinada", disse o presidente, advertindo que "não vamos permitir que ninguém atue provocando atos de vandalismo, muito menos alterando a tranquilidade do nosso povo".

Tempestade dificulta retomada

Embora a luz tenha retomado na maior parte de Havana, a cidade estava parcialmente paralisada nesta segunda-feira. As autoridades disseram que o transporte seria normal, mas havia poucos ônibus e carros nas ruas. As pessoas faziam fila para comprar pão e alimentos subsidiados, e poucos postos de gasolina estavam abertos.

Em pleno apagão, Cuba também sofreu no domingo com chegada do furacão Oscar à costa leste da ilha. O fenômeno atingiu o território como categoria um, mas foi rebaixado para tempestade tropical algumas horas depois. Na tarde desta segunda-feira, permanecia sobre a parte oriental da ilha, causando ainda fortes chuvas.

Oscar provocou a perda total ou parcial de moradias em Baracoa, onde os ventos fortes levaram telhados e muros das casas, além de derrubarem postes e árvores, segundo informou a televisão oficial, sem mostrar imagens.

O caminho previsto para Oscar passa por várias centrais e plantas de geração de energia, o que dificulta a normalização da rede elétrica, explicou o ministro de Energia e Minas, Vicente de la O. Ele disse a jornalistas no domingo que esperava uma reconexão até segunda ou, no máximo, terça-feira, mas advertiu que o país voltaria ao nível de antes do colapso, com apagões frequentes.

A emergência energética histórica em Cuba se deve principalmente ao aumento da demanda, à falta de combustível para abastecer as usinas e às frequentes falhas nas antigas centrais termelétricas. Os dois últimos fatores são causados pelas sanções dos Estados Unidos, que impedem Cuba de comprar petróleo bruto ou seus derivados, além de peças de reposição.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou na segunda-feira que os Estados Unidos não são responsáveis pelos apagões em Cuba e que avaliariam os próximos passos caso a ilha pedisse ajuda. Jean-Pierre disse que "a má gestão de longo prazo da política econômica e dos recursos pelo governo cubano certamente aumentou as dificuldades do povo cubano".

Este apagão é considerado o pior em Cuba em dois anos, desde que o furacão Ian atingiu o país como uma tempestade de categoria 3 em 2022, danificando instalações energéticas no oeste da ilha e provocando outra desconexão nacional. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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Um princípio de incêndio atingiu o segundo andar no anexo 2-A do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta segunda, 21. O prédio é onde ficam os gabinetes dos ministros.

Os servidores foram retirados do local. Segundo a assessoria do STF, o fogo atingiu apenas uma sala e já foi controlado. As causas do princípio de incêndio ainda serão apuradas.

A taxa de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou queda na cidade de São Paulo a seis dias do segundo turno das eleições municipais. No levantamento do instituto Atlas divulgado nesta segunda, 21, o índice de eleitores paulistanos que aprova a gestão do petista à frente do Executivo nacional chegou a 40%, dois pontos porcentuais a menos do que a última pesquisa, de 5 de outubro. O valor estava estabilizado em 42% há dois levantamentos.

Já seu índice de desaprovação apresentou alta de três pontos porcentuais, somando 57%. 3% dos eleitores não souberam responder. É a segunda pesquisa seguida do instituto Atlas que mostra um aumento na insatisfação com a gestão do atual presidente. A taxa não registra queda desde o final de agosto, quando passou de 51% para 50%.

O instituto Atlas entrevistou 2.000 eleitores da cidade de São Paulo entre os dias 15 e 21 de outubro. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-02116/2024.

A avaliação positiva da gestão de Lula também caiu entre os eleitores paulistanos. No levantamento anterior, 31% considerava sua maneira de governar como ótima ou boa. No atual, são 26%. O índice de quem avalia seu governo como ruim ou péssimo subiu de 44% para 48%. O cenário é parecido entre os eleitores que consideram a gestão petista como regular: de 25%, no começo do mês, para 26%, agora.

Avaliação da gestão de Nunes à frente da capital paulista melhorou, mas mantém desaprovação acima de taxa de aprovação

Em contrapartida, Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, registrou melhora nos índices entre o eleitorado paulistano. Em 5 de outubro, o atual prefeito somava 27% de aprovação. Desta vez, o emedebista chegou a 42% - 15 pontos porcentuais de crescimento. Sua taxa de desaprovação passou de 64% para 50%, ainda maior que a aprovação, entre as duas pesquisas. Os que não souberam responder eram 9% e, agora, são 8%.

A avaliação "ótima ou boa" para a gestão de Nunes também registrou aumento. No início do mês, eram 12% que avaliavam seu governo desta maneira. Agora, são 24%. Eram 40% os que consideravam como "regular" a forma de governo do emedebista em 5 de outubro, ante 37% em 21 de outubro. Já os eleitores que disseram que é "ruim ou péssima" a gestão do prefeito são 39%; eram 48% na pesquisa anterior.

Tarcísio também melhora índices de governo entre eleitores paulistanos

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também testemunhou melhora em seus índices no levantamento atual do instituto Atlas. No início do mês, 46% dos eleitores paulistanos aprovavam seu desempenho, e outros 46% desaprovavam. Hoje, os valores estão em 55% e 40%, respectivamente. Os que não souberam responderem passaram de 8% para 5% entre os dois levantamentos.

Antes, os eleitores que consideram a gestão de Tarcísio como "ótima ou boa" eram 38%; o índice passou para 42% no levantamento desta segunda, 21. Os que declararam que acham "ruim ou péssima" a forma de governar do chefe do Executivo estadual somavam 34% no começo do mês, ante 32% atualmente. A avaliação "regular" também caiu dois pontos porcentuais entre as duas datas: de 28%, para 26%.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou nesta segunda-feira, 21,a prisão temporária de um homem de 33 anos, suspeito de envolvimento no atentado contra o prefeito de Taboão da Serra e candidato à reeleição, José Aprígio (Podemos), ocorrido na última sexta-feira, 18.

As investigações da Polícia Civil apontam que o suspeito seria proprietário de um Fiat Siena, utilizado para a fuga dos criminosos. O veículo foi localizado em Osasco, na Grande São Paulo. O nome do envolvido não foi revelado.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), uma mulher que estava na casa onde o veículo foi encontrado informou que o carro pertencia a seu falecido marido, mas é usado por seu filho. Com isso, o automóvel foi apreendido e o homem passou a ser procurado.

Outro veículo, um Nissan March - de onde os disparos teriam sido efetuados - foi encontrado incendiado no km 21,7 do Rodoanel Norte, também em Osasco. O carro foi apreendido e passou por perícia. No local, a polícia encontrou uma cápsula de projétil de fuzil, que está sendo analisada.

Entenda o caso

Depois de compromissos de campanha, o prefeito foi almoçar na Churrascaria Essência Gaúcha, na avenida marechal Castelo Branco. Dali, saiu com o carro blindado da prefeitura, um Jeep Renegade preto. Quando passava pela pista local da rodovia Régis Bittencourt, a BR-116, um veículo emparelhou e um de seus ocupantes disparou pelo menos cinco vezes em direção ao carro do prefeito. Uma das balas perfurou o vidro da porta traseira. Teria sido esse disparo que acertou a clavícula do prefeito.

Após o atentado, o prefeito Aprígio foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Akira Tada, em Taboão da Serra, onde recebeu os primeiros socorros. Posteriormente, ele foi transferido para o Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.

Segundo o boletim médico divulgado no domingo, 20, Aprígio está estável, consciente e respira sem a ajuda de aparelhos.

Aprígio disputa a reeleição no segundo turno em Taboão da Serra contra o candidato Engenheiro Daniel (União). No primeiro turno, Daniel recebeu 48,98% dos votos válidos e quase se elegeu. O prefeito do Podemos ficou em segundo, com 25,93% dos votos.

Taboão da Serra fica na Grande São Paulo e faz divisa com a zona sul da capital paulista, Embu das Artes e Cotia. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade tem 273.542 habitantes (dados de 2022).

A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, afirmou esperar uma investigação minuciosa para esclarecer os fatos. "O Podemos reitera o repúdio a qualquer forma de violência e reafirma seu compromisso com o respeito, a democracia e o diálogo. Esperamos que o prefeito Aprígio se restabeleça rapidamente e que todas as circunstâncias deste triste episódio sejam esclarecidas o mais breve possível", disse por meio de nota.