Coreia do Sul avisa que pode enviar armas para Ucrânia em resposta à Coreia do Norte

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A Coreia do Sul alertou nesta terça-feira (22) que pode enviar armas para a Ucrânia, em resposta à Coreia do Norte, que supostamente estaria enviando tropas para ajudar a Rússia na guerra. Os sul-coreanos buscam pressionar a Rússia a não levar tropas norte-coreanas ao conflito, além de temerem que uma recompensa russa ao Norte envolva tecnologias de armas sofisticadas - o que impulsionaria os programas nucleares da Coreia do Norte que têm como alvo a Coreia do Sul.

Em reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional, autoridades da Coreia do Sul disseram que a histórica rival é "um grupo criminoso" e classificaram as ações como "uma grave ameaça". Em declaração, foi informado que contramedidas serão tomadas em fases, vinculando o nível de suas respostas ao progresso na cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte. Fonte: Associated Press.

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Após um primeiro turno marcado por uma relação de altos e baixos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) estiveram juntos em um evento de campanha nesta terça-feira, 22, em São Paulo. Bolsonaro, que no início da corrida eleitoral chegou a flertar com a candidatura de Pablo Marçal (PRTB), agora colou o adesivo do emedebista no peito e pediu votos para o aliado a uma plateia de empresários.

Em um discurso breve, de cerca de três minutos, Bolsonaro destacou a parceria com Nunes durante seu governo para extinguir a dívida da cidade com a União. O ex-presidente ainda reforçou o pedido de votos ao emedebista e lembrou que as eleições só terminam às 17h do próximo domingo.

"Dia 27, em nove capitais, eu sou 22. Mas em São Paulo, eu sou 15", afirmou Bolsonaro, destacando que é preciso trabalhar até o último momento "por convicção e por entendimento" de que a continuidade de Nunes é o melhor para São Paulo.

Nunes, Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas participaram de um almoço em uma churrascaria no Morumbi promovido por Fauzi Hamuche, da confraria Caves. Os três chegaram juntos ao evento, pouco antes das 13h.

O encontro teve referências à eleição presidencial de 2026. Logo no início, Fabio Wajngarten, que articulou o almoço e é um dos principais interlocutores entre Bolsonaro e a campanha de Nunes, afirmou que a aliança em torno do prefeito é um "embrião" para 2026. Fauzi Hamuche foi na mesma linha, chamando o encontro de "púlpito de amanhã". "Daqui sairá o próximo presidente da República", disse ele.

Segundo a organização, o almoço reuniu mais de 300 pessoas, entre vereadores eleitos, empresários de diferentes setores, advogados e outras figuras influentes da elite paulistana.

No palco, estavam Bolsonaro, Tarcísio, Nunes, o vice da chapa de Nunes, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), Fabio Wajngarten, o presidente do MDB, Baleia Rossi, o ex-presidente Michel Temer e o senador Rogério Marinho (PL-RN).

Em seu discurso, Nunes agradeceu a Bolsonaro pela negociação que extinguiu a dívida de São Paulo em troca da cessão do Campo de Marte à Aeronáutica e fez um apelo aos eleitores para que não deixem de votar no próximo domingo.

"Não é hora de viajar, não é hora de sair da cidade, não é hora de baixar a guarda. Não é hora jamais de achar que a campanha está ganha, porque não está, nós temos que trabalhar até o último momento", disse o prefeito, sem mencionar Guilherme Boulos diretamente, mas referindo-se à necessidade de derrotar o "extremismo" e a "inexperiência."

Tarcísio fez um discurso alinhado ao de Nunes, reforçando a importância de conquistar os indecisos. "Temos que convencer todos aqueles que pensam que está resolvido, porque não está, tem trabalho até o último dia."

A presença de Bolsonaro na reta final da campanha não foi resultado de uma estratégia deliberada, e sim uma questão de compatibilidade com a agenda do ex-presidente. Nas últimas semanas, Bolsonaro percorreu diferentes estados do País para impulsionar a candidatura de aliados que disputam o segundo turno.

Depois do almoço, Bolsonaro deve gravar um podcast ao lado do prefeito e do governador Tarcísio de Freitas. À noite, os três participam de um culto com o pastor Robson Rodovalho, fundador da Igreja Sara Nossa Terra.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou nesta terça-feira, 22, novo exame no Hospital Sírio-Libanês de Brasília para reavaliação após ter sofrido uma queda no último sábado, 19. De acordo com boletim médico, o exame de imagem está estável e o chefe do Executivo federal está "apto" a exercer sua rotina de trabalho.

"O exame de imagem está estável em comparação ao anterior, com a programação de realizar novo exame de controle em 72h. Encontra-se apto a exercer sua rotina de trabalho", registra o boletim médico divulgado às 13h.

Segundo o documento, o presidente permanece sob acompanhamento da equipe médica, sob os cuidados do Prof. Dr. Roberto Kalil Filho e da Dra. Ana Helena Germoglio. A nota é assinada pelo Dr. Rafael Gadia, Diretor de Governança Clínica, e Dra. Luiza Dib, Diretora Clínica.

O chefe do Executivo federal deu entrada no Hospital Sírio-Libanês em Brasília na noite de sábado. Ele tinha uma viagem marcada para Kazan, na Rússia, para participar da 16ª Cúpula do BRICS, com ida prevista para domingo, 20, e retorno na quinta-feira, 24. Por orientação médica, Lula cancelou a viagem e vai participar do encontro apenas por videoconferência.

O presidente caiu no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência, no final da tarde de sábado, após retornar de São Paulo, onde participou de uma live com o candidato do PSOL, Guilherme Boulos. O presidente foi levado à unidade do Sírio na capital federal onde seu ferimento na cabeça foi tratado. Ele levou três pontos no local. Após o atendimento médico, o presidente foi liberado para retornar ao Alvorada.

O petista despacha da presidência oficial da presidência desde segunda-feira, 21, quando teve agendas de trabalho. Nesta terça-feira, 22, Lula segue trabalhando do Alvorada e, às 9h30, teve um telefonema com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Às 15h, está prevista uma reunião com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Ontem, foi divulgada pelas redes sociais parte conversa de Lula com o candidato do PT à prefeitura de Camaçari, Luiz Caetano. No telefonema, o chefe do Executivo federal disse que o acidente que sofreu foi "grave", mas que não afetou "nem uma parte mais delicada". Segundo o petista, os médicos pediram para esperar de três a quatro dias para conseguirem calcular as consequências da batida na cabeça.

"Estou bem. Eu tive um acidente aqui mas, uma bobagem minha. Foi grave mas não afetou nenhuma parte mais delicada. Eu estou cuidando porque qualquer coisa na cabeça é muito forte, né?", disse Lula.

"Estou aguardando, porque os médicos dizem que eu tenho que esperar pelo menos uns 3 ou 4 dias para eles saberem qual foi o estrago que fez a batida", completou. "Eu preciso sobreviver para ir na sua posse", brincou o petista com o candidato.

O candidato Guilherme Boulos (PSOL) disse que o processo eleitoral da Venezuela que reelegeu o presidente Nicolás Maduro não foi limpo, mas desviou de comentar sobre a posição do Partido dos Trabalhadores (PT), de sua candidata a vice-prefeita Marta Suplicy, e seu maior aliado, o presidente Lula, que reconheceu o resultado do País vizinho. "Seria deselegante de minha parte julgar decisão de partido aliado", disse.

"Processo na Venezuela se deu com perseguição a opositores e falta de transparência", continuou o parlamentar. "O Itamaraty não reconheceu processo na Venezuela, e essa é a minha posição."

O candidato reforçou que o papel da esquerda "não é defender Venezuela ou Cuba", e sim "defender uma sociedade mais justa". Além disso, disse que pessoas que o chamam de radical são injustas. "O que se referem como maior agressividade talvez seja maior ênfase", afirmou.