Eleições EUA: Polícia diz que incêndios em urnas eletrônicas de 2 Estados estão relacionados

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Forças de segurança disseram nesta segunda-feira, 28, que um "veículo suspeito" foi identificado em conexão com dispositivos incendiários que atearam fogo em urnas eletrônicas nos Estados americanos de Oregon e Washington.

Imagens de vigilância capturaram um Volvo parando em uma caixa de coleta em Portland, Oregon, pouco antes da equipe de segurança nas proximidades descobrir um incêndio dentro da caixa, disse o porta-voz do Departamento de Polícia de Portland, Mike Benner, em uma coletiva de imprensa.

O fogo danificou três cédulas, enquanto as autoridades afirmam que um incêndio em uma urna em Vancouver, Washington, hoje, destruiu centenas. Segundo a polícia, os dispositivos estavam fixados na parte externa das urnas.

As autoridades declararam em uma coletiva de imprensa em Portland que foi recuperado material suficiente dos dispositivos incendiários para mostrar que os dois incêndios estavam conectados.

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O balanço final de ocorrências durante o segundo turno produzido pelo Ministério da Justiça registra a prisão de 42 pessoas por crimes eleitorais em todo o País. A Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 108 mil, sendo R$ 39 mil em espécie, e conduziu outras 34 pessoas, resultando em 11 inquéritos e 16 termos circunstanciados.

Ao todo, foram registradas 102 ocorrências de infrações eleitorais, incluindo 32 registros de boca de urna, 19 de propaganda eleitoral irregular, 14 de compra de votos e 11 de violação ou tentativa de violação do sigilo do voto.

Também houve quatro casos de desobediência às ordens da Justiça Eleitoral, quatro de desordem que prejudicou os trabalhos eleitorais e cinco de transporte ilegal de eleitores, além de 11 ocorrências de outros crimes não especificados.

João Pessoa foi a cidade com o maior número de prisões, totalizando 15, seguida de Niterói (RJ), com nove. Fortaleza, Manaus, Porto Velho e São Paulo tiveram três prisões cada uma, enquanto Campo Grande teve duas. Aracaju, Imperatriz (MA), Paulista (PE) e Pelotas (RS) completam a lista, com uma prisão em cada cidade.

Houve nove crimes nos locais de votação, sendo dois de furto, dois de porte ilegal de arma de fogo e outros dois de "vias de fato", além de um registro de dano ou depredação e outro de lesão corporal.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, rebateu nesta segunda-feira, 28, declarações do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Após o chefe da articulação política do governo falar em "Z4", como é conhecida a zona de rebaixamento em campeonatos, para se referir ao resultado do petismo nas eleições municipais, a deputada pediu "respeito" e disse que Padilha deveria focar em suas responsabilidades no Palácio do Planalto.

"Temos de refrescar a memória do ministro Padilha, o que aconteceu conosco desde 2016 e a base de centro e direita do Congresso que se reproduz nas eleições municipais, que ele bem conhece. Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa ofensiva da extrema direita. Ofender o partido, fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças", publicou Gleisi, na rede social X.

A Executiva Nacional do PT está reunida hoje para fazer o balanço das disputas nos municípios. O partido elegeu 252 prefeitos neste ano. Em 2020, havia eleito 183. Os petistas conseguiram emplacar apenas um prefeito de capital, com Evandro Leitão em Fortaleza (CE). No pleito anterior, a sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não havia eleito nenhum prefeito em capital.

"Padilha devia focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados. Mais respeito com o partido que lutou por Lula Livre e Lula Presidente, quando poucos acreditavam", escreveu a presidente do PT.

Secretário de Comunicação do partido, o deputado federal Jilmar Tatto (SP) também recebeu as falas de Padilha, antes de Gleisi se pronunciar publicamente. O parlamentar disse que alguns ministros estão "jogando na várzea".

"Ficou totalmente desarticulada essa ação política do governo e de alguns ministros, porque teve caso de ministro que foi em cidade que tinha, por exemplo, candidatura do PT e foi tirar foto com o adversário", declarou Tatto. "O Padilha fez também", respondeu o deputado, ao ser questionado se a referência havia sido ao ministro da Educação, Camilo Santana.

Tatto disse que o partido nunca rejeitou a ideia de ter candidaturas mais amplas, para além da esquerda, e até as defendeu, mas ponderou que pela ótica do PT é negativo que um ministro tire fotos com concorrentes da chapa governista.

"O Padilha falou de zona de rebaixamento. Então, se teve zona de rebaixamento, não sei exatamente o que ele falou, tem muito ministro que está jogando na várzea. E isso é perigoso pensando em 2026", disse o secretário de Comunicação do PT.

No Palácio do Alvorada, Padilha havia dito que o PT precisava fazer uma "profunda avaliação" dos resultados das eleições municipais. Segundo ele, a sigla está no "Z4" das disputas nas cidades desde 2016 - em referência à zona de rebaixamento de times de futebol no Campeonato Brasileiro.

"O PT é o campeão nacional das eleições presidenciais, mas na minha avaliação, não saiu ainda do Z4 que entrou em 2016 nas eleições municipais. Então, teve conquistas importantes, a eleição na capital, elegeu cidades importantes nesse 2º turno, mas ainda tem um esforço de recuperação. Eu acho que o PT vai fazer uma avaliação sobre isso, certamente sobre esse resultado, como voltar a ser um partido com mais protagonismo, sobretudo nas grandes cidades, nas médias cidades", disse Padilha.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informou nesta segunda-feira, 28, que ao menos 17 cidades paulistas dependem de decisões judiciais para conhecerem o novo prefeito. Isso ocorre com os candidatos que tiveram o seu registro negado. Há casos de improbidade administrativa e condenações criminais proferidas por órgãos colegiados ou transitadas em julgado (quando não cabem mais recurso). Os casos podem chegar até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os candidatos puderam participar do pleito enquanto recorrem e venceram a disputa eleitoral. Mas, para que sejam proclamados eleitos e tomem posse, é preciso que consigam reverter a decisão na Justiça Eleitoral até 1º de janeiro próximo. Se isso não acontecer, quem assume provisoriamente é o presidente da Câmara Municipal, informou o tribunal, até que o candidato vitorioso reverta indeferimento ou novas eleições sejam convocadas.

Em 10 municípios, o plenário do TRE já julgou e manteve o indeferimento das candidaturas vencedoras em: Aramina, Eldorado, Guará, Guzolândia, Mirante do Paranapanema, Neves Paulista, Panorama, Reginópolis, São Sebastião da Grama e Tuiuti. Já em Jacupiranga, Jundiaí e Sales Oliveira, as candidaturas foram deferidas em primeira instância, mas rejeitadas em recursos junto ao TRE.

Em outros quatro municípios, segundo o tribunal, os processos ainda serão julgados na segunda instância. Nessa situação, há dois casos em que houve pedido de vista (quando um dos juízes da Corte pede mais tempo para analisar o processo): Colina e Mongaguá. Já os processos em outras duas cidades estão conclusos para decisão, ou seja, devem entrar na pauta das próximas sessões: Auriflama e Bocaina.