Eleições EUA: Vitória de Harris tem forte alta em plataforma de apostas

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Ainda não se sabe quem vencerá a corrida pela Casa Branca, mas um mercado de apostas proeminente sugere que pode haver impulso para Kamala Harris.

Thomas Peterffy, fundador e presidente da Interactive Brokers, disse em comunicado, na manhã de sexta-feira, 1º, que Harris "projetou um retorno surpreendentemente agressivo" na plataforma ForecastTrader da empresa na noite de quinta-feira, 31. Ele observou que a probabilidade de a democrata derrotar Donald Trump aumentou de 38% no dia anterior para 44% na noite de quinta-feira, acrescentando que houve um volume de cerca de US$ 40 milhões para a negociação de Harris.

ForecastTrader é um dos vários mercados de apostas que Wall Street tem observado nas últimas semanas. Várias outras plataformas proeminentes, como PredictIt, Kalshi e Polymarket, ainda mostram probabilidades muito maiores de vitória de Trump, variando entre cerca de 56% e 62% de probabilidade de o republicano ser eleito o 47º presidente. Mas as chances de uma vitória de Harris também aumentaram, modestamente, nesses veículos nos últimos dias.

Embora a Interactive Brokers também esteja prevendo apenas 44% de chance de vitória de Harris, esse cenário era de apenas 38% no início desta semana. Peterffy disse que a mudança, provavelmente não se deve à manipulação do mercado.

Ele reconheceu que "muitos observadores temem que os mercados de aposta possam distorcer os resultados eleitorais, mas isso é improvável". Peterffy destacou que os principais mercados de previsão também são regulamentados pela Comissão de Transações de Commodities e Futuros (CFTC, na sigla em inglês), o que significa que haveria consequências graves se alguém tentasse burlar o sistema e fazer parecer que um candidato tinha maiores probabilidades de vencer.

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O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara, disse nesta quinta-feira, 31, que vai protocolar um pedido de explicações à embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, sobre o novo prédio da representação do país em Brasília.

Procurada para comentar, a embaixada americana não havia respondido .

No documento, que será apresentado à Câmara, o deputado vai requisitar informações sobre valores, planta do novo edifício e utilidade das áreas subterrâneas. Como mostrou o Estadão, o governo dos EUA gastará R$ 3,5 bilhões (US$ 623 milhões) para a obra e a edificação está na fase das fundações, que têm profundidade de 29 metros.

"Por se tratar de questão de soberania nacional, estou protocolando um pedido de esclarecimento para a Embaixada Americana explicar ao povo brasileiro o porquê da necessidade de uma estrutura tão grande com 9 andares subterrâneos", escreveu o deputado no X (antigo Twitter), ao comentar a publicação de outro usuário da rede social.

O novo prédio da embaixada terá 22 mil metros quadrados de área. Por motivos de segurança, a representação dos EUA no Brasil não revelou o que estará em seus andares subterrâneos.

Nove deputados federais que foram eleitos prefeitos nas eleições municipais deste ano gastaram, no total, R$ 831,8 mil de cota de publicidade paga com recursos da Câmara dos Deputados. Os parlamentares buscaram reforçar a imagem com o eleitorado desde o início do ano.

A cota de publicidade sai de um recurso mensal distribuído aos congressistas para o custeio dos mandatos. A Casa impõe que o valor deve ser investido para a divulgação do mandato do parlamentar em Brasília. Ao destinar dinheiro para impulsionar as ações, os deputados conseguem atingir mais eleitores.

De acordo com o regimento interno da Câmara, os parlamentares não podem utilizar a cota de publicidade nos 120 dias que antecedem o primeiro turno de uma eleição. O uso volta a ser permitido após o término do segundo turno. Porém, no período entre janeiro e maio deste ano, anterior ao prazo imposto pela Casa, os deputados eleitos reforçaram os investimentos com publicidade.

De acordo com Marina Atoji, diretora de programas da Transparência Brasil, o uso da cota para fins eleitorais é proibido pela Câmara para impedir que parlamentares tenham vantagem sobre outros candidatos. Por esse motivo, existe a restrição imposta pela Casa.

"O uso da cota para fins eleitorais é proibido para impedir que deputados e deputadas tenham vantagem desproporcional em relação a outros candidatos que não dispõem desse recurso. Fora o fato de ser um desvio do objeto da verba, que é dedicada à divulgação do mandato", explicou Atoji.

Ao Estadão, Paulinho Freire (União-PB), eleito prefeito de Natal (RN) no domingo, 27, disse que utilizou os R$ 32 mil de cota de publicidade para a divulgação do mandato dele como deputado federal. "É referente a divulgação dos meus trabalhos legislativos nos meses de março e abril de 2024, enquanto deputado federal, não tendo nenhum vínculo com o impulsionamento da minha candidatura às eleições municipais", afirmou o prefeito eleito da capital potiguar.

De acordo com a equipe de Dr. Benjamim (União-MA), eleito prefeito de Açailândia (MA), os R$ 160 mil de cota parlamentar para publicidade gastos neste ano foram utilizados para a divulgação do mandato, como previsto pela Câmara.

O deputado que mais utilizou a cota de publicidade neste ano foi Hélio Leite (União-PA), que foi eleito, em primeiro turno, prefeito de Castanhal (PA). Entre janeiro e maio, foram gastos R$ 200,7 mil. O mês de março foi o de maior valor: R$ 57 mil.

Do valor gasto em março, R$ 20 mil foram utilizados para contratar uma equipe para realizar postagens em redes sociais e outros R$ 32 mil para publicidade em rádios. Um contrato foi firmado em R$ 8 mil para Leite apresentar, em um programa local, as emendas aplicadas em Castanhal, cidade onde foi eleito.

Ao Estadão, Hélio Leite afirmou que o contrato de R$ 8 mil foi firmado para divulgar a atividade parlamentar em uma "rádio de longo alcance". O parlamentar também afirmou que a publicidade foi necessária devido a emendas que permanecem ativas.

"No período de janeiro e maio, o deputado estava em plena atividade parlamentar, então utilizando as ferramentas parlamentares normais a respeito das divulgações. O deputado tem emendas que estão em atividade e outras em fase de conclusão na cidade, necessitando a divulgação regular e permitida para a época em estações de rádio", disse Leite em nota.

O deputado Alberto Mourão (MDB-SP), eleito prefeito de Praia Grande (SP), afirmou que a cota de publicidade gasta neste ano foi utilizada para divulgar emendas e projetos de lei. "A partir desta crescente de trabalho foi se fazendo necessário levar a mensagem da atuação para o público-alvo, o que é legítimo e transparente", afirmou.

Naumi Amorim (PSD-CE), que é suplente de deputado federal, ocupou uma cadeira na Câmara em março deste ano e foi eleito prefeito de Caucaia (CE). Ao Estadão, a assessoria dele disse que o parlamentar não utilizou a verba para impulsionamento para fins eleitorais e que o período em que esteve na Casa "antecedeu muito" o início da campanha

"Impulsionamento de campanha eleitoral é no período eleitoral. Ele não utilizou para a campanha, visto que ele assumiu a cadeira no Congresso em março desse ano. Tempo que antecedeu muito o início de campanha dele em Caucaia", disse o deputado.

Único deputado eleito pelo PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Washington Quaquá (PT-RJ), escolhido para ser prefeito de Maricá (RJ), contratou, em outubro do ano passado, uma segunda empresa responsável pela movimentação das redes sociais dele. Antes, o valor mensal da cota de publicidade gasto pelo petista era de R$ 15,7 mil. O valor subiu para R$ 21,7 mil.

Ao Estadão, Quaquá afirmou que não utilizou o recurso para reforçar a imagem dele para o pleito no Rio. "Eu usei da Câmara o dinheiro disponível para o mandato. Não preciso de dinheiro de Câmara para campanha", afirmou.

No último mês em que os deputados candidatos podiam utilizar a verba de publicidade, o deputado federal Abílio Brunini (PL-MT) - eleito prefeito de Cuiabá (MT) - gastou R$ 10.357,13, mais do que nos quatro meses anteriores. O recurso foi utilizado para divulgar temas de interesse do deputado, como um discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na convenção em que o parlamentar foi lançado como candidato ao comando da capital mato-grossense. O Estadão procurou Abílio Brunini, mas não havia obtido retorno até a publicação deste texto.

Já o deputado Gerlen Diniz (PP-AC) gastou R$ 115.500 com publicidade neste ano. Ele foi eleito prefeito de Sena Madureira, no Acre. Procurado, não respondeu à reportagem.

Além dos nove deputados citados, outros dois deputados foram eleitos neste ano: Carmen Zanotto (Cidadania-SC), eleita em Lages (SC), e Márcio Correa (PL-GO), que venceu o pleito em Anápolis (GO). Os parlamentares não exerceram mandato entre janeiro e maio deste ano, portanto, não tiveram o direito de usar a verba de publicidade.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, alterou a composição do Conselho Nacional de Segurança Pública. A portaria foi publicada nesta sexta-feira, 1º. Os integrantes do colegiado haviam tomado posse em 2023 e teriam um mandato de dois anos. Questionada sobre o motivo da mudança, a pasta não se manifestou até a publicação deste texto.

As alterações ocorreram nos representantes de três órgãos que compõem o conselho. O Ministério da Defesa trocou o titular, coronel aviador Gilson Antonio da Silva Sobral, e o suplente, tenente-coronel aviador Leonardo de Moraes dos Santos. O vice-almirante José Cláudio Oliveira Macedo, subchefe de operações da pasta, assumiu o cargo titular e Sobral ficou com a suplência.

O Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) alterou o suplente Ualame Machado, secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, por Francisco Canindé de Araújo da Silva, secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte.

Os cargos reservados a agentes de trânsito estavam vagos na nomeação original e, agora, foram definidos. O titular é o presidente da Associação Nacional dos Agentes de Trânsito (AGT-Brasil), Antônio Coelho Meireles Neto, e o suplente é Hugle Carneiro Ivo Dias, o vice-presidente da associação.

A participação no conselho não é remunerada. O órgão é responsável pela formulação de estratégias e pelo controle de execução da Política Nacional de Segurança Pública. As reuniões para discussões são bimestrais.

O colegiado foi reinstalado pelo então ministro Flávio Dino, em 2023, sendo considerado uma dos principais formas de integrar as forças de segurança pública prevista no Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Fazem parte do conselho:

Ministro da Justiça e Segurança Pública (presidente)

Secretário-Executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (vice-presidente)

Diretor-geral da Polícia Federal

Diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal

Diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional

Secretário Nacional de Segurança Pública

Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil

Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas

Secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Além dos ocupantes dos cargo citados, também são indicados representantes de órgãos e instituições relacionadas à segurança pública. São eles:

Representante da Casa Civil da Presidência da República

Representante do Ministério da Defesa

Representante do Ministério da Mulher

Representante do Ministério Direitos Humanos

Representante do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República

Representante das polícias civis (Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil)

Representante das polícias militares (Conselho Nacional de Comandantes Gerais)

Representante dos Corpos de Bombeiros Militares (Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil)

Representante das secretarias de segurança pública ou órgãos congêneres (Colégio Nacional dos Secretários de Segurança Pública)

Representante dos institutos oficiais de criminalística, medicina legal e identificação (Conselho Nacional de Perícia Criminal)

Representante dos agentes penitenciários

Representante dos agentes de trânsito

Representante das guardas municipais

Representante da Guarda Portuária

Representante do Poder Judiciário, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Representante do Ministério Público, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)

Representante da Defensoria Pública, do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais

Representante da Ordem dos Advogados do Brasil

Dois representantes de entidades da sociedade civil organizada relacionadas com políticas de segurança pública e defesa social (eleitos)

Dois representantes de entidades de profissionais de segurança pública

Até oito representantes com notórios conhecimentos na área de políticas de segurança pública e defesa social, indicados pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública