Foguetes disparados do Líbano atingem região central de Israel e ferem 11 pessoas

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Um ataque à cidade de Tira, na região central de Israel, neste sábado, 2, feriu 11 pessoas. O ataque ocorreu antes do amanhecer e foi uma das várias ondas de foguetes disparadas do Líbano no início do dia. Muitos dos projéteis foram interceptados pelas defesas aéreas israelenses, enquanto outros caíram em áreas despovoadas.

O serviço de emergência Magen David Adom informou que as 11 pessoas foram feridas por estilhaços e cacos de vidro depois que um prédio foi atingido. Tira é uma cidade predominantemente árabe israelense. Três feridos estavam em condições moderadas, enquanto os outros sofreram ferimentos mais leves.

Imagens mostram danos significativos no telhado e no último andar do prédio de três andares e em carros abaixo.

O grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, assumiu a responsabilidade pelo disparo de mísseis contra a base militar israelense Unidade 8200 em Glilot, nos arredores de Tel Aviv, e pelo ataque à Base Aérea de Palmachim, no centro de Israel, com drones explosivos, afirmando que eles "atingiram alvos com precisão".

Os militares israelenses não confirmaram se alguma das bases foi alvo ou atingida.

O Hezbollah disse que o ataque de mísseis na madrugada de sábado direcionado a Glilot foi uma retaliação aos "massacres" que estão sendo cometidos por Israel. É provável que a alegação esteja ligada ao ataque a Tira, que fica a cerca de 20 quilômetros de Glilot.

Tamar Abdel Hai, morador de Tira, disse que o ataque foi assustador. "Eu apelo a todos os líderes do mundo árabe e aos líderes de Israel e a todos que podem ajudar a acabar com esta guerra. É o suficiente", disse.

O Hezbollah disse também que seus combatentes dispararam salvas de foguetes contra cidades do Norte de Israel, incluindo Dalton, Yesud HaMa'ala e Bar Yohai.

Os disparos ocorreram no mesmo dia em que o líder supremo do Irã, aiatolá Ai Khamenei, prometeu uma resposta ao ataque de Israel ao território iraniano na semana passada.

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O primeiro passo para a responsabilização dos responsáveis pelos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi dado nesta quinta-feira, 30, pelo Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) com a condenação dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, executores confessos do crime. Agora, familiares e amigos da ex-parlamentar aguardam a resposta para a principal dúvida que paira sobre os homicídios: "Quem mandou matar Marielle?".

A resposta ficará a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal (PF) acusa o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), Domingos Brazão, o irmão dele, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), e o delegado da Polícia Civil fluminense Rivaldo Barbosa de serem os mentores do crime. O policial militar Ronald Paulo Alves Pereira e o ex-assessor do TCE Robson Calixto da Fonseca também são réus no processo que tramita na Corte. Eles negam as acusações.

Domingos Brazão, Chiquinho Brazão, Rivaldo Barbosa e o ex-policial Ronald Paulo de Alves são réus por homicídio qualificado e tentativa de homicídio da ex-assessora de Marielle, Fernanda Chaves. Os irmãos Brazão e o ex-assessor Robson Calixto Fonseca, conhecido como "Peixe", também se tornaram réus por organização criminosa.

Nesta terça-feira, dia 29 de outubro, encerrou-se a fase de instrução processual, em que a acusação e a defesa dos réus foram ouvidos para tentar provar se os fatos apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela denúncia contra o grupo, são verdadeiros ou falsos.

Os ministros ouviram os depoimentos das testemunhas de acusação, de defesa e os cinco réus. Agora, o processo entra na reta final. A PGR e os advogados de defesa têm cinco dias, contados a partir da intimação do ministro relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, para pedir novas diligências para a coleta de novas provas que corroborem as teses de acusação ou dos réus.

O artigo 11 do Código de Processo Penal, que disciplina o rito da ação penal em curso no Supremo, prevê que, caso a PGR e as defesas não solicitem novas diligências, o relator deve intimar a acusação e a defesa para apresentarem, no prazo de quinze dias, as alegações finais por escrito.

Por fim, o processo fica liberado para julgamento, que será pautado pelo ministro responsável pelo caso. Como o processo contra os supostos mandantes do crime contra Marielle e Anderson tramita na Primeira Turma do STF, os réus serão julgados pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.

Família cobra respostas

Ainda não há um prazo estimado para que o caso seja levado ao julgamento. As famílias das vítimas querem celeridade no processo. Nesta quinta-feira, 31, a família da ex-vereadora cobrou que a Justiça avance na condenação dos mandantes dos homicídios.

"Quem matou Marielle e Anderson foi a primeira pergunta. Hoje, nós tivemos a resposta com a condenação dos réus confessos. Para nós, era de suma importância a condenação deles porque se a Justiça não tivesse condenado esses dois assassinos cruéis, que assassinaram covardemente a nossa filha e o Anderson, nós não teríamos um minuto de sossego. Não acaba aqui porque tem mandantes. Agora, a pergunta que nós vamos fazer é quando serão condenados os mandantes", disse o pai de Marielle Franco, Antônio Francisco da Silva.

Os acusados de serem os mentores do crime estão presos desde março deste ano em penitenciárias federais. Eles foram presos preventivamente na operação Murder Inc., deflagrada de forma conjunta por PF, Procuradoria-Geral da República e Ministério Público do Rio de Janeiro.

Com 55 vereadores, a próxima legislatura da Câmara Municipal de São Paulo contará com 18 parlamentares de esquerda e 37 de centro e direita. Parte destes vereadores se elegeu de forma independente contando com uma base de apoiadores sólida e não garantirá votos a todos os projetos favoráveis ao prefeito reeleito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), como é o caso de Amanda Vettorazzo e Rubinho Nunes (ambos do União Brasil), Janaina Paschoal (PP) e Lucas Pavanato (PL), que fazem parte da mesma coligação partidária.

O prefeito, que se elegeu com um "exército de vereadores" nas ruas, deve contar com um parlamento mais combativo em seu segundo mandato. Ouvidos pelo Broadcast Político, vereadores de centro e direita, que declararam voto em Nunes no segundo turno, esperam uma vida mais complicada do prefeito para estes próximos quatro anos. Sem Milton Leite (União Brasil) no comando da Casa, Nunes terá ainda mais dificuldades na articulação de seus projetos.

Rubinho Nunes, que rompeu publicamente com o prefeito após apoiar Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, espera uma legislatura com vereadores mais questionadores. "Acho que a gente vai ter uma Câmara com mais debates, com mais discussões e mais ideológica, o que contribui naturalmente tanto para o diálogo quanto para o embate político como um todo. Nós vemos quadros de esquerda que ganharam a eleição que têm uma linha um pouco mais acentuada e combativa".

Indo para seu segundo mandato, o parlamentar tem a expectativa de ver mais "voto de opinião" dos vereadores, o que significa não seguir o próprio partido em algumas das votações. "A base do prefeito que apoia todas as demandas vindas do Executivo foi reduzida. Então, temos uma linha de parlamentares que eu vou tratar como independentes porque eles votam e apoiam de acordo com projetos ideológicos, ou seja, que não é adequado e teria a reprovação desses colegas".

"Esse grupo é grande na Câmara, então até pelo perfil político de voto de opinião, naturalmente haverá uma discussão projeto a projeto de acordo com a qualidade do projeto enviado", explicou o parlamentar.

Vinda do Movimento Brasil Livre (MBL), Amanda Vettorazzo também considera o aumento dos vereadores de "voto de opinião" no parlamento. "Não é uma bancada, mas é uma galera de votos de opinião. Isso, de fato, aumentou bastante. Acho que isso vai ser bom para a Casa. Acaba dando mais visibilidade também para as pautas da cidade", disse ela. Defendendo pautas da direita, a vereadora eleita prega o diálogo no Legislativo e fala em fazer "política com evidências", sem "achismo".

Ela traça o perfil de seus colegas de militância, o deputado federal Kim Kataguiri e o deputado estadual Guto Zacarias (ambos do União Brasil-SP), e o ex-deputado estadual Arthur do Val, cassado em 2022 na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). "O Kim é combativo, mas ele conversa com os pares. Ele consegue colocar a opinião dele muito clara, tanto é que, às vezes, ele até consegue virar a volta ali de um centro, centro-esquerda, de algum projeto dele, exatamente por mostrar trabalho, estudo e preparo. Eu quero muito mais uma linha do Kim, do próprio Guto, do que do Arthur. Infelizmente, o Arthur errou, foi cassado por ser quem o Arthur era, combativo 100%, às vezes não conversando previamente com os pares".

Colega de Arthur de 2019 a 2022, Janaina Paschoal também votava contra alguns dos projetos do então governador João Doria, mesmo com seu partido, o PSL, apoiando o executivo em algumas propostas. "Mesmo os projetos com que concordava, melhorei os textos antes de votar. Vou seguir agindo da mesma forma".

Sobre a relação entre a Câmara Municipal de São Paulo e o governo municipal, ela não espera tranquilidade. "Eu senti que o vereadores são bem mais combativos que os deputados estaduais, então não espero uma relação muito tranquila com o Executivo. E o prefeito não terá mais o argumento de que herdou o governo Bruno Covas".

Mais votado na capital com 160 mil votos, Lucas Pavanato (PL) se diz "independente" e afirma acreditar em uma boa gestão de Nunes, mas, em caso de divergência com o executivo, ele priorizará seu eleitor e não deixará de se posicionar. "Caso aconteça de ter alguma divergência, não posso romper o compromisso que eu tenho com o meu eleitor, que é o principal de tudo. Eu vou me posicionar em relação aos princípios que eu demonstrei durante a campanha".

O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara, disse nesta quinta-feira, 31, que vai protocolar um pedido de explicações à embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, sobre o novo prédio da representação do país em Brasília.

Procurada para comentar, a embaixada americana não havia respondido .

No documento, que será apresentado à Câmara, o deputado vai requisitar informações sobre valores, planta do novo edifício e utilidade das áreas subterrâneas. Como mostrou o Estadão, o governo dos EUA gastará R$ 3,5 bilhões (US$ 623 milhões) para a obra e a edificação está na fase das fundações, que têm profundidade de 29 metros.

"Por se tratar de questão de soberania nacional, estou protocolando um pedido de esclarecimento para a Embaixada Americana explicar ao povo brasileiro o porquê da necessidade de uma estrutura tão grande com 9 andares subterrâneos", escreveu o deputado no X (antigo Twitter), ao comentar a publicação de outro usuário da rede social.

O novo prédio da embaixada terá 22 mil metros quadrados de área. Por motivos de segurança, a representação dos EUA no Brasil não revelou o que estará em seus andares subterrâneos.