Chance de Harris vencer Trump cresce em casas de apostas após pesquisa em Iowa

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As chances de a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, vencer as eleições presidenciais na próxima terça-feira cresceram em casas de apostas neste fim de semana, após um respeitado instituto de pesquisa mostrar a democrata à frente do rival republicano, o ex-presidente Donald Trump, em Iowa. Em 2020, Trump derrotou o presidente Joe Biden no Estado com um vantagem de oito pontos porcentuais.

Na plataforma Polymarket, as chances de Trump vencer caíram de cerca de 60% ontem para 54% agora, enquanto a probabilidade de um triunfo da candidata oponente avançou a 46%. O movimento em direção a vice-presidente já era visível ontem à tarde, como mostrou o Broadcast, mas ganhou força após a sondagem do De Moines Register com a Mediacon.

No levantamento, Harris marcou 47% das intenções de voto em Iowa e tomou a dianteira de Trump, que agora soma 44%. Em setembro, a mesma pesquisa colocava o ex-presidente com uma liderança de quatro pontos porcentuais. Antes da saída de Biden da disputa, Trump chegou a abrir 18 pontos porcentuais de vantagem frente ao atual líder da Casa Branca.

O grupo responsável pela sondagem ficou famoso em 2020 por ser um dos poucos a prever que Trump estava em posição sólida para superar Biden no Estado, onde a maior parte das pesquisas sugeria uma disputa apertada. Na ocasião, os números apontaram para uma vitória de Trump por sete pontos porcentuais, apenas um ponto abaixo do resultado final.

Nas horas seguintes à divulgação da pesquisa ontem, a plataforma Kalshi registrou uma disparada nas apostas em um triunfo da vice-presidente, agora com 49%. Há pouco mais de uma semana, Trump tinha 65% de possibilidade de prevalecer. Na PredictIt, as apostas de que Harris será eleita agora têm 54%, comparado com 50% para o republicano.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa nesta terça-feira, 5, às 18 horas, no auditório do Museu Nacional da República, em Brasília, da abertura da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (STNC). Além da abertura do evento, Lula passa o dia em reuniões com ministros e secretários.

Os encontros que o presidente terá ao longo do dia, no Palácio do Planalto, são os seguintes:

10h - ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho;

11h - ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta;

14h40 - secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza;

15h - ministro da Casa Civil, Rui Costa, e secretária-executiva da pasta, Míriam Belchior;

16h - ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha.

O delegado da Polícia Federal (PF) Valdecy Urquiza foi confirmado nesta terça-feira, 5, como o novo secretário-geral da Interpol. O Comitê Executivo da organização, que reúne corporações policiais de 196 países, elegeu Urquiza para o posto em junho. Nesta terça, durante a Assembleia Geral da entidade, realizada em Glasgow, na Escócia, o nome do brasileiro foi confirmado para o cargo.

O delegado da PF assumirá o posto em 2025. O mandato é de cinco anos, prorrogáveis por mais cinco.

Atualmente, Urquiza é vice-presidente para as Américas da Interpol. Será a primeira vez em mais de cem anos que a organização será chefiada por um cidadão natural de um país em desenvolvimento, como o Brasil.

Delegado federal Valdecy Urquiza coordenou atividades globais da Interpol nas áreas de tráfico de seres humanos, contrabando de migrantes e exploração sexual de crianças na internet.

O objetivo da Interpol é auxiliar a cooperação entre polícias globais. O corpo executivo da instituição é formado por mais de 1.000 profissionais.

Valdecy Urquiza é natural de São Luís, capital do Maranhão. É formado em Direito pela Universidade de Fortaleza, no Ceará, e ingressou na Polícia Federal em 2004.

Ao longo da carreira, assumiu cargos estratégicos da corporação brasileira, como a Diretoria de Tecnologia da Informação e a Divisão de Cooperação Policial Internacional.

Também já assumiu funções estratégicas na Interpol, coordenando operações contra o tráfico de seres humanos, e a exploração sexual de crianças na internet.

As organizações Transparência Brasil, Transparência Internacional Brasil e Associação Contas Abertas afirmaram que o projeto de lei apresentado na semana passada na Câmara dos Deputados, com regras sobre as emendas parlamentares, "pode agravar riscos de corrupção". A manifestação se refere à proposta do deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA). O parlamentar apresentou o projeto na última quinta-feira, 31, e disse que o texto foi construído com diálogo com o Supremo Tribunal Federal (STF) e em acordo com a Câmara, o Senado, a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Casa Civil.

O projeto estava nesta segunda, 4, entre os 14 itens na pauta da sessão deliberativa extraordinária virtual da Câmara.

Em nota conjunta, as três organizações afirmam que o projeto "não atende às exigências estabelecidas pelo Supremo, especialmente no que se refere à transparência e à rastreabilidade das emendas, nem impõe as medidas necessárias para a redução dos graves riscos de corrupção no manejo das emendas parlamentares". Segundo o comunicado divulgado ontem, "a falta de transparência na formulação das emendas parlamentares seguirá, no caso das emendas coletivas, pela ausência de um rol mínimo e padronizado de informações que devem constar nas atas das reuniões de bancada e de comissão que definem as emendas a serem apresentadas".

De acordo com as entidades, "estas atas deveriam ser publicadas em formato estruturado, de modo a possibilitar o rastreio de todo o processo de execução nos sistemas do governo federal, como Transferegov e Portal da Transparência".

A proposta assinada por Pereira Júnior limita o crescimento das emendas e permite o corte de recursos indicados por deputados e senadores para cumprir o arcabouço fiscal. O projeto da Câmara propõe um crescimento real de 2,5% por ano para as emendas parlamentares impositivas (individuais e de bancada), colocando o mesmo limite do arcabouço fiscal, e fixa um valor de R$ 11,5 bilhões para as emendas de comissão em 2025, com ajuste apenas pela inflação nos anos seguintes, conforme o Estadão antecipou. Em 2024, essas emendas somam R$ 15,5 bilhões - ou seja, seriam reduzidas. A fórmula foi concebida pela Casa Civil do governo Lula.

Despesas

De acordo com técnicos do Executivo, a proposta traz uma previsão de quanto as emendas vão crescer nos próximos anos. Por outro lado, a medida concede um aumento que outras despesas do governo não têm atualmente, além de incluir as emendas de comissão, herdeiras do orçamento secreto, de uma forma definitiva no Orçamento da União. Na prática, as emendas podem reduzir cada vez mais o espaço para custeio da máquina pública e manutenção de serviços essenciais.

Outra mudança é permitir ao governo cortar emendas para cumprir despesas obrigatórias, como aposentadorias e benefícios sociais, e o arcabouço fiscal. Hoje, o governo pode fazer esse congelamento, mas não é autorizado a anular os recursos indicados por deputados e senadores. A iniciativa faz parte de uma tentativa do governo de ter mais autonomia para mexer no Orçamento sem autorização do Congresso.

A proposta também proíbe a divisão das emendas de bancada para indicações individuais dos deputados e senadores, destina metade das emendas de comissão para a saúde e obriga os parlamentares a falarem onde vai ser aplicado o dinheiro da emenda Pix, coisa que hoje não acontece. Além disso, coloca o Tribunal de Contas da União (TCU) na fiscalização. No caso das emendas de comissão, impõe a divulgação das propostas dos líderes partidários, mas não há obrigação da divulgação do nome dos parlamentares beneficiados, abrindo caminho para manutenção de uma prática oculta que acontece atualmente.

'Recorrente'

No caso das emendas Pix, as entidades afirmam que muitos dos problemas persistem. "A obrigação de informar o objeto, imposta pelo PLP (projeto de lei complementar), não impede que tal informação seja genérica. Um problema recorrente se mantém com a possibilidade de que as emendas Pix sejam desmembradas após a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), já na fase de execução, como ocorre hoje, dificultando conhecer com antecedência o destino da verba pública", diz a manifestação.

As entidades observam que os deputados e os senadores "permanecem como meros indicadores de despesa, com pouca ou nenhuma responsabilidade". Segundo a nota, não há iniciativas de fiscalização, pelas comissões, da execução das emendas em suas áreas, nem procedimentos de participação social na definição das emendas. Além disso, dizem que "não se exige prestação de contas dos entes beneficiados de emendas Pix".

O comunicado das organizações defende ainda um "papel mais ativo" do governo federal, uma "lógica de avaliação técnica sobre a eficiência dos investimentos realizados por meio de emendas" e "mais objetividade no estabelecimento de critérios técnicos para proposição, aprovação e execução de emenda".

Procurado, Pereira Júnior rebateu o posicionamento das organizações. "O texto está de acordo com as decisões do Supremo Tribunal Federal, garantindo transparência e rastreabilidade em vários pontos", disse o deputado petista, também por meio de nota. "Emenda Pix com pré-projeto, prioridade para obra inacabada, emenda de bancada para obras estruturantes, emenda de comissão para obras estruturantes, votação prévia numa reunião pública, com ata publicada posteriormente, com limitação futura no valor das emendas, então tem muitos avanços. O texto surge na sinergia e vai acabar com o orçamento secreto, consolidando normas esparsas", concluiu.

No Senado, há outro projeto tramitando, apresentado pelo relator do Orçamento de 2025, senador Angelo Coronel (PSD-BA). O texto incorporou a proposta do governo de crescimento das emendas impositivas, mas não traz restrição para as emendas de comissão. Além disso, há diferenças entre as propostas de transparência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.