Ataque de homem-bomba mata ao menos 24 pessoas em estação de trem no Paquistão

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Um atentado de um homem-bomba no Paquistão em uma estação de trem neste sábado, 9, matou pelo menos 24 pessoas, incluindo militares e funcionários da ferrovia. Cerca de 50 pessoas ficaram feridas, segundo informações de autoridades locais.

O ataque aconteceu quando cerca de 100 passageiros aguardavam um trem que viajaria de Quetta, capital da província de Balochistan, para a cidade de Rawalpindi.

Segundo informações da polícia, uma dúzia de soldados e seis funcionários da ferrovia estão entre os mortos na estação, onde foi instalada uma barricada em uma das entradas para as autoridades locais examinarem se mais pessoas carregam explosivos.

Imagens de estação de trem mostram a estrutura de aço do teto da plataforma destruída. As bagagens dos passageiros estavam espalhadas por toda parte.

Questionado sobre a segurança no local, Hamza Shafqaat, um comissário do governo, disse que "geralmente é muito difícil impedir esses ataques suicidas".

Shahhid Nawaz, responsável pela segurança da estação de trem de Quetta, afirmou que não houve falha da segurança, pois o homem-bomba estava disfarçado de passageiro e se explodiu entre as pessoas.

Um grupo separatista, o Exército de Libertação do Baluchistão (BLA), reivindicou o ataque em um comunicado, dizendo que um homem-bomba tinha como alvo as tropas presentes na estação ferroviária. O grupo vem promovendo uma série de ataques em busca da independência de Islamabad.

O superintendente sênior da polícia, Muhammad Baloch, disse que os separatistas frequentemente atacam alvos fáceis. "Quando seu pessoal é preso, eles também atacam em retaliação. Todos nós temos que lutar nessa guerra. Somos resistentes. Nossas equipes estão aqui e tentando salvar o máximo de vidas que pudermos."

A polícia disse que alguns dos passageiros gravemente feridos haviam morrido no hospital, levantando a possibilidade de aumento do número de vítimas.

O Ministério das Relações Exteriores do Afeganistão condenou o atentado e expressou suas condolências às famílias das vítimas, assim como a Embaixada da Rússia em Islamabad. O ataque ocorreu pouco mais de uma semana depois que uma bicicleta-bomba explodiu perto de uma escola e de um veículo que transportava policiais, matando nove pessoas, incluindo cinco crianças.

O primeiro-ministro Shehbaz Sharif denunciou o atentado em um comunicado, dizendo que aqueles que orquestraram o ataque "pagarão um preço muito alto por isso", acrescentando que as forças de segurança estavam determinadas a eliminar "a ameaça do terrorismo".

Em agosto, o BLA realizou vários ataques coordenados contra ônibus, policiais e outras forças de segurança no Baluchistão, matando mais de 50 pessoas, a maioria civis. A região é rica em petróleo e minerais e berço de movimentos separatistas armados e de facções jihadistas. É também um reduto para a minoria étnica baloch do país, cujos membros denunciam que enfrentam discriminação e exploração por parte do governo local. Além dos grupos separatistas, militantes islâmicos também operam na província.

O BLA tem como alvo principal as forças de segurança e os estrangeiros, especialmente os cidadãos chineses que estão no Paquistão como parte da Iniciativa Cinturão e Rota (Nova Rota da Seda), que está trabalhando em grandes projetos de infraestrutura. O grupo frequentemente exige a interrupção de todos os projetos financiados pela China e que os trabalhadores deixem o Paquistão para evitar novos ataques.

No mês passado, o BLA reivindicou a responsabilidade por um atentado suicida que teve como alvo um comboio com cidadãos chineses do lado de fora do aeroporto de Karachi, matando duas pessoas. Pequim pediu ao Paquistão que garantisse a segurança de seus cidadãos que trabalham no país.

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, avalia como um "equívoco" conceder anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro antes mesmo da condenação. "A anistia antes mesmo da condenação parte do pressuposto de que não aconteceu nada grave nem relevante, acho que é um equívoco", declarou a jornalistas há pouco, na sede da Corte.

"A discussão sobre anistia é uma discussão própria do Congresso, pela Constituição. Agora, geralmente você não anistia antes sequer de ter julgado, e acho que passar a mão na cabeça em episódios como o que ocorreram aqui isso aqui foi tudo destruído, com pessoas que se articularam. O discurso de que algumas pessoas inocentes e ingênuas estiveram aqui não é um discurso verdadeiro", afirmou.

Barroso também disse que os inquéritos que investigam os autores intelectuais e financiadores dos atos de 8 de janeiro estão "perto do fim". Ele disse que teve essa impressão após conversas com o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos sobre o 8 de janeiro, e com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos. "Acho que nós já estamos perto do fim para esse material ser entregue ao procurador-geral da República, que aí, sim, vai verificar em relação a quem há provas e em relação a quem não há provas", afirmou.

Entre os investigados como autor intelectual dos atos está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Barroso avaliou ainda que "já está em boa hora de nós conseguirmos concluir essa investigação, uma investigação complexa, com muitas testemunhas, muitas pessoas ouvidas".

'Não houve falha alguma na segurança, pelo contrário'

Barroso negou que uma falha de segurança no Tribunal tenha facilitado o atentado na Praça dos Três Poderes. Um homem morreu após detonar explosivos em frente ao STF na noite de ontem. "Absolutamente não houve falha alguma na segurança, pelo contrário. A Polícia Judicial e os agentes de segurança prontamente interceptaram a pessoa, que ameaçadoramente se aproximou do prédio, e evitaram que ele entrasse", disse a jornalistas, há pouco.

Barroso se reuniu na tarde de hoje com a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP). O ministro disse que ela "ofereceu toda a ajuda possível" para as investigações, realizadas pela Polícia Federal (PF) e relatadas pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo. De acordo com Barroso, ainda não se sabe se o atentado foi um ato solitário ou se foi planejado em grupo. "A investigação ainda está em curso, portanto, não há um conhecimento completo do que ocorreu, se foi uma pessoa solitária, se foi um grupo."

Na matéria divulgada anteriormente, havia um erro de grafia no título. Segue o texto correto.

Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado a bombas na Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira, 13, visitou a Câmara dos Deputados horas antes do ataque. Ele esteve na manhã daquela quarta-feira no anexo IV da Casa. Entrou às 8h15, foi ao banheiro e logo saiu.

Além do Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara era outro alvo de Francisco Wanderley, conhecido como Tiü França. Ele chegou a deixar um automóvel próprio com explosivos num estacionamento público no mesmo anexo IV que ele visitara.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, foi feita uma varredura nas dependências da Câmara durante toda a madrugada e manhã desta quinta-feira, 14, e nenhuma bomba foi encontrada. Há ainda outras varreduras como medida preventiva e as investigações sobre as explosões ainda estão em andamento.

Tiü França fez algumas visitas à Câmara no ano passado e foi encontrar-se com o deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), amigo na juventude. Ao Estadão, Goetten relatou que França estava visivelmente "alterado" quando conversou com ele em 2023.

Como mostrou o Estadão, Tiü França visitou o STF em agosto deste ano. "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)", escreveu ele em mensagem enviada a si mesmo no WhatsApp e divulgada em seu perfil nas redes sociais instantes atos de realizar o atentado. Nessa publicação havia ataques aos ministros do Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Em 2020, Francisco Wanderley foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pessoas que tiveram contato com ele relatam que ele tinha forte identificação política com Bolsonaro. O irmão dele, Valdir Rogério Luiz, notou que ele passou por um processo de radicalização e que o ataque teve motivações políticas.

Em razão dos ataques, a Câmara e o Senado suspenderam a visitação ao Congresso Nacional até este domingo, 17.

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Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado a bombas na Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira, 13, visitou a Câmara dos Deputados horas antes do ataque. Ele esteve na manhã daquela quarta-feira no anexo IV da Casa. Entrou às 8h15, foi ao banheiro e logo saiu.

Além do Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara era outro alvo de Francisco Wanderley, conhecido como Tiü França. Ele chegou a deixar um automóvel próprio com explosivos num estacionamento público no mesmo anexo IV que ele visitara.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, foi feita uma varredura nas dependências da Câmara durante toda a madrugada e manhã desta quinta-feira, 14, e nenhuma bomba foi encontrada. Há ainda outras varreduras como medida preventiva e as investigações sobre as explosões ainda estão em andamento.

Tiü França fez algumas visitas à Câmara no ano passado e foi encontrar-se com o deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), amigo na juventude. Ao Estadão, Goetten relatou que França estava visivelmente "alterado" quando conversou com ele em 2023.

Como mostrou o Estadão, Tiü França visitou o STF em agosto deste ano. "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)", escreveu ele em mensagem enviada a si mesmo no WhatsApp e divulgada em seu perfil nas redes sociais instantes atos de realizar o atentado. Nessa publicação havia ataques aos ministros do Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Em 2020, Francisco Wanderley foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pessoas que tiveram contato com ele relatam que ele tinha forte identificação política com Bolsonaro. O irmão dele, Valdir Rogério Luiz, notou que ele passou por um processo de radicalização e que o ataque teve motivações políticas.

Em razão dos ataques, a Câmara e o Senado suspenderam a visitação ao Congresso Nacional até este domingo, 17.