EUA: juiz adia decisão sobre anular ou não condenação de Trump em caso de suborno

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O juiz de Nova York, Juan M. Merchan, adiou a decisão no caso de suborno do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que aconteceria nesta terça-feira, 12. Os advogados do republicano foram informados que a definição não deve acontecer antes do dia 19 de novembro e que a mudança é para que os promotores opinem sobre o que fazer no processo, considerando a vitória eleitoral.

Por causa das "circunstâncias sem precedentes", os promotores precisam considerar como equilibrar os "interesses concorrentes" do veredicto do júri e da presidência, escreveu o promotor Matthew Colangelo.

A defesa de Trump concordou com o adiamento e um de seus advogados, Emil Bove, argumentou que rejeitar o caso "é necessário para evitar impedimentos à capacidade do presidente de governar". O porta-voz da campanha do republicano, Steven Cheung, disse que a vitória do novo presidente deixa "abundantemente claro que os americanos querem um fim imediato à militarização do nosso sistema de justiça".

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A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) afirma ter encontrado mais explosivos na casa alugada pelo homem que detonou bombas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e em um estacionamento da Câmara na noite desta quarta-feira, 13. As buscas no imóvel foram realizadas às 22h, logo após o atentado.

De acordo com os policiais, o local era um ambiente confinado e tinha objetos espalhados. Neste momento, o local passa por perícia, e as forças de segurança apuram como foram todos os passos de Francisco Wanderley Luiz até o momento das explosões.

"Ali, o cuidado é muito maior porque envolve outras residências. É um ambiente confinado. Então, os policiais estão tendo um cuidado redobrado, muito maior do que o cuidado que se teve aqui", afirmou o major Raphael Broocke.

Francisco Wanderley tentou acessar o STF com explosivos e, momentos antes, entrou na Câmara dos Deputados, acessando o Anexo IV e um banheiro da Casa. Cerca de uma hora antes da explosão, Luiz publicou em suas redes sociais críticas ao STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aos presidentes da Câmara e do Senado.

O homem frequentemente compartilhava em suas redes teorias conspiratórias anticomunistas. Em 2020, foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, que atualmente é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ministro Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira, 14, que os explosivos detonados na quarta-feira, 13, no estacionamento da Câmara e na frente da sede do Tribunal reforçam a importância de regulamentar as redes sociais. "As autoridades públicas, aqueles que defendem a democracia, devem decidir exatamente para que haja responsabilização, para que haja uma regulamentação das redes sociais. Não é possível mais esse envenenamento constante pelas redes sociais", afirmou.

Um homem morreu na quarta-feira após a explosão em frente ao Supremo.

Moraes também mandou um recado ao Congresso ao afirmar que é impossível conceder anistia aos acusados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

"Ontem é demonstração que só é possível pacificar o País com responsabilização dos criminosos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos. Nós sabemos que o criminoso anistiado é um criminoso impune. A impunidade vai gerar mais agressividade, como gerou ontem", destacou Moraes nesta quinta-feira.

O ministro disse que o fato da quarta-feira "não é isolado de contexto" e que "se iniciou lá atrás, quando gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra instituições".

De acordo com ele, "as pessoas acham que podem vir a Brasília e tentar explodir STF porque foram instigadas por pessoas com altos cargos a atacar".

Ele também afirmou que esse foi o "atentado mais grave" contra o Supremo desde o 8 de janeiro.

"A pessoa tentou ingressar no Supremo, mas foi barrada pela segurança, que percebeu que tinha artefatos amarrados, e se dirigiu até a estátua da Justiça. A ideia era tentar ingressar e explodir dentro do próprio Supremo Tribunal Federal", alertou Moraes.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou nesta quinta-feira, 14, que as explosões na Praça dos Três Poderes em Brasília são resultado do ódio político que se instalou no País nos últimos anos e defendeu que não haja anistia aos envolvidos na invasão do 8 de Janeiro. Segundo ele, a pacificação é necessária, mas não será feita com perdão aos criminosos.

"O que ocorreu ontem não é um fato isolado do contexto. Queira Deus que seja um ato isolado, este ato. Mas o contexto é um contexto que se iniciou lá atrás, quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o Supremo Tribunal Federal, principalmente. Contra a autonomia do Judiciário, contra os ministros do Supremo e as famílias de cada ministro", afirmou. O gabinete do ódio, revelado pelo Estadão em 2019, era responsável pela estratégia de comunicação digital do ex-presidente Jair Bolsonaro e adotava um tom belicoso para lidar com os adversários políticos.

Na noite de quarta-feira, 13, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu na Praça dos Três Poderes após uma sequência de explosões. O corpo só foi retirado do local na manhã desta quinta, porque policiais ainda tentavam identificar se havia mais explosivos nos trajes. Não houve outros feridos.

De acordo com o ministro, a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal devem assumir as investigações, que inicialmente ficaram a cargo da Polícia Civil do Distrito Federal. Moraes é relator do inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Por isso, deve assumir a relatoria deste caso. A decisão é do presidente do STF, Luís Roberto Barroso.

"Isso foi se avolumando sob o manto de uma criminosa utilização da liberdade de expressão. Ofender, ameaçar, coagir, em nenhum lugar do mundo isso é liberdade de expressão. Isso é crime", seguiu.

O ministro do STF mandou recado ao Congresso sobre a proposta de anistia aos envolvido na invasão do 8 de Janeiro. "O que aconteceu ontem é demonstração que só é possível pacificar o País com responsabilização dos criminosos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos. Nós sabemos que o criminoso anistiado é um criminoso impune. A impunidade vai gerar mais agressividade, como gerou ontem", disse.

De acordo com ele, "as pessoas acham que podem vir a Brasília e tentar explodir STF porque foram instigadas por pessoas com altos cargos a atacar". Ele também afirmou que esse foi o "atentado mais grave" contra o Supremo desde o 8 de janeiro. "A pessoa tentou ingressar no Supremo, mas foi barrada pela segurança, que percebeu que tinha artefatos amarrados, e se dirigiu até a estátua da Justiça. A ideia era tentar ingressar e explodir dentro do próprio Supremo Tribunal Federal", afirmou.

"Não podemos compactuar com a impunidade de ninguém que atente contra a democracia, contra os poderes de Estado, contra as instituições. Todos nós, independentemente do posicionamento político e ideológico, temos que nos unir sempre na defesa da democracia", finalizou Moraes.

Moraes defende regulação das redes sociais

Moraes disse que os explosivos detonados ontem no estacionamento da Câmara e na frente da sede do Tribunal reforçam a importância de regulamentar as redes sociais. "As autoridades públicas, aqueles que defendem a democracia, devem decidir exatamente para que haja responsabilização, para que haja uma regulamentação das redes sociais. Não é possível mais esse envenenamento constante pelas redes sociais", afirmou. Um homem morreu ontem após a explosão em frente ao Supremo.