Trump diz ter vitória sobre imigração mexicana, mas Sheinbaum nega mudanças

Internacional
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O presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na quarta-feira, 27, ter tido uma vitória em relação à imigração ilegal através do México, após conversa telefônica com a presidente mexicana. No entanto, Claudia Sheinbaum sugeriu que o México já estava fazendo sua parte e não tinha interesse em fechar suas fronteiras.

Trump disse que Sheinbaum "concordou em parar a migração através do México".

A mexicana indicou separadamente nas redes sociais ter dito a Trump que o México já está "cuidando" das caravanas de migrantes, chamando a conversa de "excelente".

"Reiteramos que a posição do México não é fechar fronteiras, mas construir pontes entre governos e entre povos", acrescentou Sheinbaum.

A ligação aconteceu dias depois de Trump ameaçar impor novas tarifas abrangentes ao Canadá e ao México como parte de seu esforço para reprimir a imigração ilegal e as drogas.

Nenhum dos lados esclareceu a situação das tarifas. Fonte: Associated Press.

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez uma publicação na rede social X para celebrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que completa 70 anos nesta sexta-feira, 21. "70 anos do mito! Hoje o Brasil celebra mais um ano de vida da maior liderança política do País, e eu celebro o dia de um amigo que terá a minha eterna admiração e gratidão. Que Deus continue lhe abençoando e dando força e resiliência para vencer todos os desafios. Feliz aniversário, Jair Bolsonaro! Muitos anos de vida!", escreveu Tarcísio.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou, nesta quinta-feira, 20, uma live em comemoração aos seus 70 anos, ao lado do advogado Paulo Cunha Bueno e de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O evento, transmitido em seu canal no Youtube, teve tom de contestação às investigações contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF) e incluiu um leilão de um capacete autografado.

Durante a transmissão, Bolsonaro voltou a se defender da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente reforçou a narrativa de que estava nos Estados Unidos durante os atos de 8 de janeiro e que não poderia ter participado das manifestações. Segundo o advogado de Bolsonaro, as ações golpistas foram um "episódio infeliz".

Cunha Bueno criticou a denúncia de 272 páginas apresentada pela PGR, classificando-a como uma "narrativa" sem provas concretas. Segundo o advogado do ex-presidente, os eventos que ocorreram em Brasília foram resultado de "insatisfação popular" com o processo eleitoral e não podem ser caracterizados como uma tentativa de golpe. O ex-presidente classificou o processo como uma "Forçação de barra enorme".

O advogado de Bolsonaro ainda afirmou que a Polícia Federal teria selecionado apenas trechos favoráveis à acusação e voltou a dizer que a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid ocorreu sob pressão psicológica. Ele também voltou a dizer que não teve acesso a todas as provas da investigação e citou o pedido que fez à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que investigue possíveis violações de prerrogativas da defesa.

Nesta quinta-feira, 20, as defesas do ex-presidente, do general Walter Braga Netto e do coronel Marcelo Costa Câmara acionaram a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) alegando que o ministro Alexandre de Moraes está cometendo "ilegalidades" e violando prerrogativas da advocacia no inquérito do golpe.

As defesas insistem que não tiveram acesso a todas as provas da investigação, como a íntegra das conversas extraídas dos celulares apreendidos pela Polícia Federal. Também afirmam que os advogados receberam HDs com conteúdos diferentes.

O presidente da OAB, Beto Simonetti, afirmou à Coluna do Estadão que a entidade apoiará qualquer advogado que tiver as prerrogativas violadas.

O ex-presidente aproveitou a transmissão para promover sua nova marca de capacetes, chamada Bravo, fundada há cerca de dois meses em parceria com Flávio Bolsonaro. Durante a live, ele leiloou um capacete autografado, que foi vendido por R$ 36 mil por um apoiador chamado Leandro, de Goiânia.

O Supremo Tribunal Federal (STF) terá esquema de segurança reforçado para o julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. A sessão está prevista para a próxima terça-feira, 25. A Primeira Turma da Corte vai se debruçar sobre a participação do chamado "núcleo 1", do qual fazem parte, além do ex-presidente, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, general Augusto Heleno e Walter Braga Netto.

"A Secretaria de Polícia Judicial adotou medidas preventivas para garantir a segurança de todos durante o evento, com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e outros órgãos parceiros. Entre as ações estão maior controle de acesso, monitoramento do ambiente, policiamento reforçado e equipes de pronta resposta para emergências. O objetivo é assegurar a realização do julgamento e garantir a segurança de servidores, colaboradores, advogados e imprensa", informou o tribunal por meio de nota.

Os réus foram denunciados pela Procuradoria-Geral da União (PGR) pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo, além de deterioração de patrimônio tombado e concurso material.

Neste julgamento participarão os ministros da Primeira Turma do STF: Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.