Polícia de Nova York divulga mais duas fotos de suposto assassino de CEO da UnitedHealthcare

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) divulgou neste domingo, 8, duas novas fotos do suposto assassino do CEO da seguradora de saúde UnitedHealthcare, Brian Thompson. O crime foi praticado na última quarta-feira, 4, em Manhattan, e tudo indica que tenha sido premeditado. Em publicação nas redes sociais, a polícia afirmou que os esforços para capturar o autor do crime seguem e pediu a colaboração dos cidadãos, com uma recompensa de US$ 10 mil oferecida a quem fornecer informações que levem à prisão ou condenação.

Nas imagens, o atirador aparece utilizando capuz e máscara, dentro de um carro e na sequência já do lado de fora. Antes disso, uma única foto dele sem máscara havia sido divulgada, quando ele estava em um albergue.

A polícia trabalha com a hipótese de que ele deixou Nova York de ônibus, depois de ser visto indo para um terminal de ônibus que oferece viagens para cidades como Filadélfia, Boston e Washington.

Até o momento, a identidade do assassino não foi descoberta. Também não se sabe a motivação para o crime, mas as balas estavam rabiscadas com palavras associadas à negativa de tratamentos de saúde, como "atrasar, negar, defender".

Os investigadores agora também acreditam que o suspeito possa ter viajado para Nova York no mês passado em um ônibus que partiu de Atlanta, segundo informações de um policial.

Policiais e agentes federais têm coletado informações da empresa de transporte rodoviário Greyhound na tentativa de identificar o suspeito e estão trabalhando para determinar se ele comprou a passagem para Nova York no final de novembro, disse o policial à agência Associated Press.

Os investigadores também estavam tentando obter informações adicionais de um celular recuperado de uma praça pela qual o atirador fugiu.

Uma dica de que o atirador pode ter ficado em um albergue levou a polícia na quinta-feira, 5, de manhã a pelo menos dois desses estabelecimentos no Upper West Side de Manhattan, de acordo com um dos policiais envolvidos na investigação.

As fotos tornadas públicas na quinta-feira foram tiradas no lobby do hostel HI New York City. "Estamos cooperando plenamente com o NYPD e, como esta é uma investigação ativa, não podemos comentar no momento", disse a porta-voz do albergue, Danielle Brumfitt, em um comunicado enviado por e-mail.

O crime

O CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, foi morto em uma emboscada ao amanhecer na quarta-feira, 4, enquanto caminhava de seu hotel em Midtown para a conferência anual de investidores da empresa do outro lado da rua, perto de pontos turísticos como o Radio City Music Hall e o Rockefeller Center.

Thompson, pai de dois filhos que morava em um subúrbio de Minneapolis, estava na UnitedHealthcare desde 2004 e servia como CEO havia mais de três anos.

Sua mulher, Paulette, afirmou à NBC News na quarta-feira que ele lhe disse "que havia algumas pessoas que o haviam ameaçado". Ela não tinha detalhes, mas sugeriu que as ameaças podem ter envolvido questões com cobertura de seguro.

A empresa mãe da seguradora, UnitedHealth Group Inc., estava realizando sua reunião anual em Nova York para atualizar os investidores sobre sua direção e expectativas para o próximo ano. A empresa encerrou a conferência após a morte de Thompson.

A UnitedHealthcare fornece cobertura para mais de 49 milhões de americanos e teve receita de mais de US$ 281 bilhões no ano passado. É a maior provedora de planos do Medicare Advantage nos EUA e gerencia a cobertura de seguro-saúde para empregadores e programas Medicaid financiados pelo estado e governo federal.

Em outubro, a UnitedHealthcare foi citada, junto com a Humana e a CVS, em um relatório do Senado detalhando como sua taxa de negação para autorizações prévias para alguns pacientes do Medicare Advantage aumentou nos últimos anos. Com informações da Associated Press.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

Em outra categoria

Levantamento do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), apontou que a manifestação organizada em prol da anistia aos presos pelos ataques de 8 de Janeiro reuniu 18,3 mil pessoas em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo, 16. O valor representa menos de 2% do público de um milhão de pessoas que era aguardado para o ato.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) registrou a baixa adesão. "A gente arrastava multidões pelo Brasil. Foi aqui, no 7 de Setembro, tinha mais gente do que agora", disse. O monitor do Cebrap registrou 64,6 mil manifestantes no ato citado pelo ex-presidente, que ocorreu em setembro de 2022.

Segundo o relatório da USP, um drone tirou fotos aéreas da multidão e um software específico para esse tipo de trabalho analisa as imagens para identificar e marcar automaticamente as cabeças das pessoas. "Usando inteligência artificial, o sistema localiza cada indivíduo e conta quantos pontos aparecem na imagem. Esse processo garante uma contagem precisa, mesmo em áreas densas", aponta.

Ainda segundo os especialistas, "o método atualmente possui uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação de indivíduos. Na contagem de público, o erro percentual absoluto médio é de 12%, para mais ou para menos, em imagens aéreas com mais de 500 pessoas. O banco de imagens utilizado para a contagem da manifestação está disponível para consulta".

Para analisar o número de pessoas que foram ao ato neste domingo, foram tiradas fotos da praia de Copacabana em quatro horários (10h, 10h40, 11h30 e 12h), totalizando 66 fotos. "Selecionamos 6 fotos tiradas às 12h, momento de pico da manifestação. As imagens cobriam toda a extensão da manifestação, sem sobreposição", registra o relatório.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participa hoje com o ex-presidente Jair Bolsonaro de manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro, que pede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Em discurso, ele afirmou que o cenário de inflação elevada do País é fruto de erros do governo federal, que não promove um ajuste fiscal.

"Ninguém aguenta mais inflação porque tem um governo irresponsável que gasta mais do que deve. Ninguém aguenta mais o arroz caro, o feijão caro, a gasolina cara, o ovo caro", disse o governador, alfinetando ainda a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de picanha barata. "Se está tudo caro, volta Bolsonaro", disse.

Tarcísio disse que o governo tem medo de perder a eleição para Bolsonaro, por isso há interesse em mantê-lo afastado das urnas. Ele defendeu que a oposição vai pautar e aprovar o projeto para anistiar os condenados pelos atos de 8 de janeiro.

"Os caras que assaltaram o Brasil, os caras que assaltaram a Petrobras, voltaram para a cena do crime, voltaram para a política, foram reabilitados. Tá certo isso? Parece haver justiça nisso? Então é correto que a gente garanta a anistia daqueles inocentes que nada fizeram. E nós vamos lutar. Nós vamos garantir isso. Nós vamos garantir que esse projeto seja pautado, seja aprovado. E quero ver quem vai ter coragem de votar contra. E podem ter certeza que nós vamos conseguir os votos", afirmou.

Mais cedo, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), também fez uma breve fala na manifestação, declarando que Jair Bolsonaro será seu candidato - e único candidato - para a eleição de 2026.

Bolsonaro está inelegível até 2030, porque foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em três ocasiões, e duas sentenças seguem em vigor. Uma delas foi cancelada porque o colegiado já havia decidido sobre o mesmo fato. Ele foi condenado em 2023, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Além disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-presidente como líder de uma organização criminosa "baseada em projeto autoritário de poder" e "com forte influência de setores militares".

A Polícia Civil da Bahia informou que o presidente do Partido Verde (PV), da Bahia, Ivanilson Gomes, foi libertado por sequestradores na noite de sábado, 15, após quase 36 horas sob domínio dos criminosos. Segundo a nota, ele "se encontra em segurança". Um suspeito foi preso. A polícia busca o restante do bando.

Gomes foi sequestrado na sexta-feira, 14, depois de uma invasão à sede do PV no bairro Rio Vermelho, na capital baiana. Os funcionários que estavam na hora do crime foram roubados. Ao menos três bandidos participaram da ação, o que já configura associação criminosa e extorsão mediante sequestro, porque solicitaram resgate para libertar a vítima. As penas pelos dois crimes, somadas, vão de 9 a 18 anos.

"Um suspeito de participar do sequestro já se encontra preso e uma investigação está em curso para elucidação do crime", disse trecho da nota da polícia. "Depoimentos e imagens de câmeras de segurança do local vão ajudar a elucidar o caso. Qualquer informação sobre movimentações suspeitas relacionadas ao caso pode ser enviada com total sigilo, através do telefone 181 (Disque Denúncia da SSP). O serviço funciona em regime 24 horas."

Gomes foi levado pelo bando que invadiu a sede do partido à Rua João Gomes, número 160. Em um primeiro momento, as vítimas pensaram se tratar apenas de um roubo, mas logo evoluiu para o sequestro do presidente da legenda.