Presidente da China admite desafios na economia e chama de 'inevitável' reunificação com Taiwan

Internacional
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O presidente da China, Xi Jinping, reconheceu nesta terça-feira, 31, os "desafios" no horizonte da segunda maior economia do planeta, mas expressou otimismo de que eles podem ser superados com a ajuda de políticas proativas e a contínua promoção de reformas estruturais. "A operação econômica atual enfrenta algumas situações novas, desafios de incerteza no ambiente externo e pressão da transformação de antigos motores de crescimento em novos, mas tudo isso pode ser superado com muito trabalho", afirmou, em discurso televisionado para marcar o Ano Novo.

Sobre a geopolítica, Xi Jinping ressaltou que Pequim trabalha em cooperação com todos os países para assegurar um cenário internacional estável.

O líder chinês também chamou de "inevitável" a reunificação da China com Taiwan.

"Os compatriotas de ambos os lados do Estreito de Taiwan são uma família. Ninguém pode cortar nossos laços de sangue, e ninguém pode parar a tendência histórica da reunificação da pátria", destacou o presidente da China.

Mais cedo, em um evento, Xi Jinping reiterou a previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês terá crescimento de cerca de 5% em 2024.

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Políticos de direita dividiram opiniões sobre a possível candidatura do cantor sertanejo Gusttavo Lima à Presidência da República em 2026. Enquanto alguns aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rechaçaram a ideia do artista, outros destacaram que ele é uma opção caso o ex-presidente permaneça inelegível.

Nesta quinta-feira, 2, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou um vídeo após a notícia da pré-candidatura de Gustavo Lima vir à tona. Começando com um tom de brincadeira, o parlamentar disse que o artista pode ser uma alternativa ante a inelegibilidade de Bolsonaro.

"Que cachaça é essa que o Gusttavo Lima tomou que agora ele quer virar presidente?" Apesar do tom irônico, o parlamentar elogiou a coragem do cantor em "dar a cara a tapa" ao considerar uma transição para a política. Ele ainda imaginou um cenário hipotético, dizendo: "Imagina no dia da posse? Embaixador chegou. Se colocar o Leonardo de vice, acabou."

Também em um vídeo publicado nas redes sociais, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) afirmou que o sertanejo terá o apoio dele em qualquer candidatura eletiva. Segundo o mineiro, o Brasil precisa eleger pessoas que não possuem histórico na política.

"Parabéns, Gusttavo Lima. Quem dera se mais pessoas como você, que não é bandido, que não é ladrão, que nunca precisou de político para viver, entrasse na política. Então, se você quiser vir candidato a presidente, a governador, a senador e a deputado federal, você tem o meu apoio", afirmou Cleitinho.

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) criticou as pessoas que estão "menosprezando" a iniciativa do artista. Para o parlamentar, a pré-candidatura de Gusttavo Lima mostra que a escassez de representação política atinge "do cidadão comum ao sertanejo milionário".

"Erra quem menospreza a fala do Gusttavo Lima sobre uma candidatura presidencial. Erra por não entender que na democracia qualquer um pode ser candidato, mas principalmente por não perceber a carência de representação política que aflige do cidadão comum ao sertanejo milionário", disse Vieira no X (antigo Twitter).

Aliados próximos de Bolsonaro, os deputados Capitão Alberto Neto (PL-AM) e José Medeiros (PL-MT) adotaram uma retórica diferente dos outros políticos de direita. Eles rebateram a ideia do sertanejo de se candidatar à Presidência afirmando que ele deveria ser um "embaixador". O termo faz referência ao apelido pelo qual Gusttavo Lima é conhecido no mundo da música.

Gusttavo Lima procura grupos políticos para construir candidatura

Apesar de ainda não estar filiado a um partido, o sertanejo afirmou em entrevista ao portal Metrópoles, divulgada nesta quinta, que já começou a buscar diálogos com grupos políticos que compartilhem de seus objetivos.

Durante a eleição presidencial de 2022, Gusttavo Lima foi um dos principais apoiadores de Bolsonaro, chegando a visitá-lo no Palácio da Alvorada ao lado de outros artistas sertanejos, como Zezé Di Camargo e Chitãozinho.

Nos últimos anos, Gusttavo Lima enfrentou investigações sobre contratos milionários com prefeituras e acusações de lavagem de dinheiro por meio de apostas online, o que levou a uma ordem de prisão preventiva em setembro de 2024, revogada antes de ser cumprida. O Ministério Público de Pernambuco emitiu em outubro um parecer em que afirma não ter encontrado provas de ilegalidade nas operações financeiras realizadas pelo cantor.

Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a execução de emendas parlamentares apontou falta de divulgação ou de transparência adequada na divulgação de informações por parte de metade de um conjunto de 26 entidades não governamentais que tiveram acesso a esses recursos.

O documento foi encaminhado pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O estudo atende a uma determinação do ministro Flávio Dino. Para isso, considerou no escopo as 33 entidades que foram beneficiadas com empenhos e/ou pagamentos realizados entre 2 e 21 de dezembro do ano passado.

Segundo a pesquisa, a CGU identificou se essas ONGs e as entidades do terceiro setor informaram na internet, com total transparência, os valores oriundos de emendas parlamentares de qualquer modalidade, recebidos nos anos de 2020 a 2024. Além disso, investigou se foram informados em que os recursos foram aplicados e convertidos.

Do escopo analisado, a CGU chegou às seguintes conclusões: 13 entidades (50%) não divulgam ou divulgam as informações de forma inadequada; nove (35%) apresentam as informações de forma parcial; e apenas quatro (15%) promovem a transparência de forma apropriada. Outras sete entidades não entraram no cômputo, pois não receberam pagamento no período de 2020 a 2024.

Segundo o levantamento, nenhuma dessas entidades está registrada com restrições ou irregularidades nas bases de dados de duas ferramentas, o Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim) e o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis).

Entre as sanções que uma entidade pode sofrer estão a suspensão temporária de participar de licitações, declaração de inidoneidade, impedimento de licitar e de contratar e proibição de contratar.

"Nesse contexto, a ausência ou insuficiência de transparência ativa dificulta o controle, especialmente o controle social, essencial para a supervisão adequada e a garantia de accountability na aplicação dos recursos públicos", diz o relatório.

Emendas parlamentares são recursos do Orçamento que são aplicados em obras e ações de acordo com a indicação dos deputados e senadores. Como relator de um processo que questiona a transparência nessas operações, Dino tem aplicado restrições à execução desses valores, desde agosto de 2024.

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), sancionou na quinta-feira, 2, a reforma administrativa do Executivo municipal, publicada em uma edição extra do Diário Oficial do Município. As mudanças entram em vigor nesta sexta-feira, 3, e incluem a criação de quatro novas secretarias, uma nova regional e a adição de cem cargos comissionados.

Com a sanção da lei nº 11.801, o número de secretarias municipais sobe de 14 para 18. As novas pastas incluem as secretarias de Segurança Alimentar e Nutricional, Mobilidade Urbana, Administração Logística e Patrimonial, além da Secretaria-Geral. Essas mudanças foram aprovadas pelo plenário da Câmara Municipal em dezembro do ano passado.

Outra novidade é a criação de duas coordenadorias especiais: Mudanças Climáticas e Vilas e Favelas. Ambas estarão diretamente subordinadas ao gabinete do prefeito. Além disso, será implementado o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, um órgão consultivo e deliberativo que atuará na formulação de políticas públicas para reduzir desigualdades sociais.

O redesenho administrativo também amplia o número de regionais de nove para dez, com a criação da regional do Hipercentro de Belo Horizonte. Essa mudança é fruto do desmembramento da regional Centro-Sul, buscando uma gestão mais localizada e eficaz.

A estimativa da prefeitura é que o custo adicional com a reforma seja de R$ 49,9 milhões anuais, representando 0,22% da receita total prevista para 2025, calculada em aproximadamente R$ 23 bilhões. A maior parte dos recursos, porém, será redirecionada de verbas já existentes.

Segundo o Executivo municipal, as mudanças visam fortalecer a governança e atender às demandas específicas de áreas estratégicas. "A reforma tem como objetivo organizar melhor as estruturas, promovendo eficiência e ampliando a capacidade de resposta às necessidades da cidade", afirmou um porta-voz.

Além disso, o prefeito destacou que a criação de novas secretarias e coordenadorias permitirá uma atenção mais focada em temas essenciais, como segurança alimentar e as transformações necessárias diante das mudanças climáticas.