México lança campanha contra o uso de fentanil em meio à pressão dos EUA

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, lançou nesta terça-feira uma campanha nacional contra o uso de drogas, especialmente o fentanil, que visa atingir 11,8 milhões de jovens. A iniciativa surge em meio à pressão do futuro presidente americano, Donald Trump, que ameaçou impor tarifas pesadas ao México se o país não interromper o tráfico do opioide sintético para os EUA.

Ao anunciar a campanha "Fique longe das drogas, o fentanil mata", Sheinbaum disse que "o fentanil em nosso país não é realmente um problema, não há uma crise como a dos EUA", mas afirmou que "não queremos que ele venha para cá".

A presidente defendeu as ações que foram tomadas desde o início de seu governo, em outubro, para combater o tráfico de fentanil e outras drogas e declarou que "os laboratórios que foram desmantelados em nosso país são principalmente de metanfetamina ou metanfetamina cristal".

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse, em nota divulgada nesta quarta-feira, 8, que "o País reafirma, neste 8 de janeiro, preceitos fundamentais que forjaram a nossa sociedade", sendo o principal deles a liberdade. "Não há liberdade verdadeira, responsável e plena fora do regime democrático. Por isso, toda ação em defesa da democracia deve ser destacada, assim como realizamos, no ano passado, o ato 'Democracia Inabalada', no Congresso Nacional", completou.

Pacheco não participa do evento realizado nesta quarta-feira no Palácio do Planalto em memória aos dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília e depredaram os prédios públicos, enquanto pediam uma intervenção militar.

O presidente do Senado justificou estar em uma viagem internacional previamente agendada.

"Parabenizo o governo federal e todas as instituições envolvidas nas cerimônias que reforçam a vigília em defesa do regime que considero ser o mais justo e equânime na representatividade popular e social", destacou o senador.

O Senado está representado no ato realizado pelo governo federal pelo vice-presidente da Casa, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nas redes sociais que recebeu um convite para a posse de Donald Trump no próximo dia 20 de janeiro. No X, Bolsonaro escreveu: "Muito honrado em receber do Presidente dos EUA, Donald Trump, convite para a sua posse e de seu Vice-Presidente J.D. Vance, no próximo dia 20 de janeiro. Agradeço a meu filho, o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, pelo excelente trabalho nesta relação com a família do Presidente Donald J. Trump."

Além disso, Bolsonaro informou que seu advogado, Dr. Paulo Bueno, já solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução de seu passaporte para que ele pudesse participar do evento: "Meu advogado, Dr. Paulo Bueno, já encaminhou para o ministro Alexandre de Moraes pedido para eu reaver meu passaporte e assim poder atender a este honroso e importante evento histórico."

Bolsonaro, atualmente inelegível, teve que entregar seu passaporte em fevereiro do ano passado por ordem do STF em meio à operação da Polícia Federal Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim), que apura a organização criminosa responsável por atuar em tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que é "falsa" a narrativa que busca associar o combate ao extremismo a medidas autoritárias. "E não devemos ter ilusões: no Brasil e no mundo está sendo insuflada a narrativa falsa de que enfrentar o extremismo e o golpismo, dentro do Estado de direito, constituiria autoritarismo", disse Barroso, em carta lida pelo vice-presidente do STF, Edson Fachin, em evento no Planalto sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro.

"É o disfarce dos que não desistiram das aventuras antidemocráticas, com violação das regras do jogo e supressão de direitos humanos. A mentira continua a ser utilizada como instrumento político naturalizado", complementou Barroso na carta.

A declaração foi feita um dia após o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, publicar vídeo acusando a América Latina de ter "tribunais secretos de censura", sem citar o Supremo brasileiro.

O contexto da fala do empresário foi o anúncio do fim da parceria com checadores de informações no Facebook, Instagram e Threads nos EUA. O executivo afirmou que a decisão foi tomada para acabar com uma suposta censura na plataforma.

O Supremo iniciou no final do ano passado o julgamento do Marco Civil da Internet, que discute a responsabilização das redes sociais por conteúdos publicados pelos usuários. Há três votos para ampliar as hipóteses de punição das plataformas.