O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções contra o empresário iraniano Seyed Asadoollah Emamjomeh e sua rede de empresas, sob acusação de exportar milhões de dólares em gás liquefeito de petróleo (GLP) e petróleo bruto, recursos que, segundo Washington, ajudam a financiar o programa nuclear e atividades "desestabilizadoras" do Irã. A medida busca aumentar a pressão econômica sobre o regime iraniano, segundo comunicado oficial divulgado nesta terça-feira, 22.
De acordo com o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), Emamjomeh e seu filho, Meisam Emamjomeh, comandam uma ampla rede de transporte e comercialização de GLP, com atuação no Irã e nos Emirados Árabes Unidos. Um dos navios operados por eles, o TINOS I, teria tentado carregar combustível no Texas em 2024, mas não conseguiu.
"Emamjomeh e sua rede buscaram exportar milhares de carregamentos de GLP, inclusive dos EUA, para burlar sanções e gerar receita para o Irã", afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em nota. "Os EUA seguem comprometidos em responsabilizar quem auxilia o regime iraniano a obter fundos para suas atividades desestabilizadoras." O Tesouro destacou que parte dos lucros obtidos com a venda do GLP financia grupos como Hezbollah, Houthis e Hamas.
A rede ligada a Emamjomeh inclui empresas como a Caspian Petrochemical FZE e a Parsa Fidar Paydar, além de outras nove companhias do setor de gás. Meisam, seu filho, é responsável pela Pearl Petrochemical FZE, dona do navio TINOS I, e pela britânica Worldwide LPG Limited. Todas foram incluídas na lista de sanções.
A ação reforça a estratégia de "pressão máxima" dos EUA contra o Irã, lançada no atual mandato de Donald Trump. O Tesouro ressaltou que continuará atuando contra redes que financiem o regime iraniano.
EUA impõem sanções a empresário iraniano acusado de burlar restrições e financiar regime do Irã
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