A União Europeia (UE) pretende transformar 2026 em um marco de soberania frente a um mundo em rápida reconfiguração geopolítica. Ao apresentar o programa de trabalho do ano que vem da Comissão Europeia, a presidente Ursula Von der Leyen afirmou que "devemos fazer de 2026 o momento da independência da Europa", defendendo que o bloco "encontre seu lugar no mundo" em meio à disputa de poder entre grandes potências.
Segundo ela, "as nossas ordens regionais e globais estão sendo redesenhadas" e a guerra entre Rússia e Ucrânia "vai alterar a forma como vemos a segurança na Europa por décadas". Von der Leyen reforçou que a defesa do continente europeu deve ser feita na Europa e prometeu "seguir aumentando nossa pressão contra a Rússia pelo fim da guerra".
O comunicado do braço executivo da UE diz que o programa "marca mais um passo significativo rumo a uma Europa mais forte e mais soberana", com foco em competitividade, inovação e proteção dos valores democráticos. Entre as medidas previstas estão a Lei de Aceleração Industrial, o Centro de Matérias-Primas Críticas e a Lei Europeia de Inovação, voltados a reduzir dependências externas e a desenvolver setores de tecnologia e inteligência artificial (IA), que, segundo Von der Leyen, "podem ajudar na criação de empregos na UE".
O plano também inclui a Lei do Emprego de Qualidade, ações contra o aumento do custo de vida e uma nova estratégia para o Oriente Médio. A presidente afirmou que a Europa "precisa ter um papel importante na reconstrução de Gaza" e "ampliar a defesa da solução de dois Estados" para a região. "À medida que o mundo fica envolto em mais problemas, devemos nos prender aos nossos antigos valores", declarou, ressaltando que "nenhum agente estrangeiro dirá em que devemos acreditar".
Von der Leyen defende soberania da UE e quer em 2026 o 'momento da independência' da Europa
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