Trump: temos conversado sobre encontros com Putin e gostaria de encontrá-lo em Budapeste

Internacional
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que tem conversado sobre encontros com o líder russo Vladimir Putin, enquanto afirmou que a principal disputa com Kremlin é que o governo russo não deseja encerrar a guerra na Ucrânia.

Os comentários foram feitos durante entrevista coletiva na Casa Branca nesta sexta-feira, 07, por ocasião da visita do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, a Washington. "Eu gostaria de encontrar Putin em Budapeste", disse o líder americano.

"Concordamos que a guerra na Ucrânia terminará em um futuro não muito distante", disse o presidente americano.

Trump afirmou ainda que vários países europeus compram petróleo e gás da Rússia há anos, ainda que tenha salientado que esse não é o caso da Hungria.

O presidente americano também criticou a política de imigração de países europeus. "Eles estão inundando seus países com imigrantes", afirmou. "Europa fez erros imensos em imigração", completou.

O premiê húngaro disse que os Estados Unidos são o único país interessado em encerrar a guerra da Ucrânia e, segundo ele, os europeus não teriam interesse no fim do conflito.

Órban afirmou que sua visita à Casa Branca marca o início de uma era de ouro nas relações com os EUA. O premiê húngaro refutou uma pergunta sobre se sua ida a Washington seria para pedir interferência do governo americano nas suas tensas relações com a União Europeia.

"Não estou aqui para pedir a Trump que gerencie meus conflitos com UE", disse. A Hungria, sob o governo de Orbán, critica a UE principalmente por discordar da política de migração e das sanções contra a Rússia.

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O presidente da Câmara, Hugo Motta, escolheu o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) para ser relator do projeto do governo Lula contra facções criminosas. Derrite se licenciou do cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo para reassumir temporariamente sua vaga como parlamentar.

"Anuncio que o deputado federal Derrite será o relator do PL 5582/2025, que veio do governo federal e se transformará no Marco Legal do Combate ao Crime Organizado no Brasil", escreveu Motta em sua rede social.

Derrite já anunciou que fará mudanças no texto apresentado pelo governo. Ele pretende colocar na proposta a previsão de pena de 20 a 40 anos (podendo aumentar de metade a 2/3 se for liderança) para condutas cometidas por membros de organizações criminosas, como "domínio de cidades, novo cangaço, ataques a carros fortes, instalação de barricadas, ataques a presídios, dentre outros".

Ele também colocará no texto a obrigatoriedade de cumprimento de pena em presídio de segurança máxima aos líderes das organizações criminosas, além de aumento da progressão de regime dos 40% previstos atualmente para de 70% até 85% (se o apenado for reincidente com resultado morte).

"É hora de deixar o palanque de lado e dar uma resposta efetiva ao grito de socorro da população. Vamos trabalhar para que esse objetivo seja estabelecido", afirmou Derrite.

O chamado "PL antifacção", do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, altera em leis como o Código Penal, o Código de Processo Penal, a Lei dos Crimes Hediondos, a Lei da Prisão Temporária e a Lei de Execução Penal.

No texto original, apresentado pelo governo, estão previstos o estabelecimento de um novo tipo penal (organização criminosa qualificada), aumento de pena para líderes de organizações criminosas e a criação do Banco Nacional de Organizações Criminosas, entre outras medidas.

A pena de integrantes de facção criminosa passaria para o prazo de cinco a dez anos de prisão, enquanto integrar facções com controle territorial ou de atividades econômicas teria pena de 8 a 15 anos de reclusão.

Esse projeto foi protocolado na Câmara na semana passada. Motta disse ver com bons olhos a proposta do governo.

Inicialmente, Derrite se afastou do cargo em São Paulo para assumir o "PL Antiterrorismo", principal proposta da oposição no campo da segurança pública.

Esse projeto quer enquadrar facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas.

Nesta segunda-feira, 7, o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) se manifestou a favor do projeto antiterrorismo.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), criticou a escolha de Motta. "A escolha feita pelo presidente Hugo Motta é um desrespeito com o presidente Lula. O projeto de lei antifacção é uma prioridade do governo Lula e colocar nas mãos do secretário de Segurança do governador Tarcísio beira uma provocação. Parece um interesse deliberado de não aprovar e de atrapalhar a tramitação da pauta prioritária do governo na área de segurança pública", escreveu o petista.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou nesta sexta-feira, 7, que o plenário da Casa funcione em regime semipresencial entre os dias 10 e 21 de novembro, período em que ocorre a COP30 em Belém (PA).

A decisão atende a um pedido conjunto de líderes partidários e permitirá que os deputados registrem presença e votem remotamente por meio do aplicativo da Câmara. O formato, já utilizado em outras ocasiões, garante quórum para as deliberações mesmo sem a presença física dos parlamentares em Brasília.

Na quinta-feira, 6, Motta esteve da abertura da sessão plenária da Cúpula do Clima da COP30, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP); do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin; e do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Na ocasião, o presidente da Câmara ressaltou a aprovação de projetos voltados à proteção ambiental. Os parlamentares aprovaram propostas como a criminalização do tráfico de animais silvestres; punições à mineração ilegal em terras indígenas; e promoção de educação para reação a desastres climáticos.

A conferência, organizada pelas Nações Unidas e sediada no Brasil, reúne chefes de Estado, parlamentares e especialistas para discutir políticas globais de enfrentamento às mudanças climáticas e promoção do desenvolvimento sustentável.

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), chamou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de "louco" e afirmou que o parlamentar está "falando merda lá nos Estados Unidos".

"Está louco, está falando bobagem. Está lá nos Estados Unidos, longe da realidade. Fez uma lambança gigante quando defendeu o tarifaço do [presidente dos Estados Unidos, Donald] Trump. Foi um grande equívoco que ele cometeu e está cometendo outro. Ele está perdendo tempo de ficar calado", disparou o governador.

"Eu respeito muito o presidente Bolsonaro, tenho um grande respeito por ele, deu uma grande contribuição. Na minha opinião está sendo injustiçado. Agora, o filho dele está falando merda lá nos Estados Unidos", completou.

Eduardo Bolsonaro vive nos Estados Unidos desde o início deste ano e, de lá, tem feito declarações sobre a política brasileira. Além disso, o deputado acumula faltas nas sessões da Câmara dos Deputados.

A reação de Mauro Mendes ocorreu após ser questionado sobre um vídeo em que o terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro chama o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de "candidato do sistema".

"O Tarcísio é o candidato do sistema. É o cara que o Moraes quer, que gostaria que fosse eleito porque ele ainda viria com apoio de Jair Bolsonaro. O meu pai foi posto em prisão domiciliar, com tornozeleira, esculachado e sem rede social por conta desse projeto", afirmou Eduardo em vídeo publicado em seu canal no YouTube.

O deputado também criticou Tarcísio com base em declarações do ex-ministro José Dirceu (PT), dizendo que o governador paulista "não é um líder' e que sua eleição só ocorreu graças ao eleitorado bolsonarista.

"Ele quer ser presidente da República do Brasil. Por isso que falo que ele é uma ficção, porque ele depende totalmente do Bolsonaro e do voto bolsonarista. Porque ele não é um líder, foi eleito em São Paulo pela força do eleitorado conservador, que é legítimo", diz trecho do ex-ministro compartilhado por Eduardo.