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Hamas diz estar disposto a libertar reféns se os bombardeios cessarem, diz TV

Internacional
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O Hamas está disposto a libertar todos os seus reféns civis se Israel parar de bombardear Gaza, segundo reportou nesta terça-feira, 17, o canal de notícias americano NBC. O grupo terrorista também negociaria os soldados israelenses cativos em troca de todos os palestinos mantidos em prisões do Israel.

As ofertas de troca de reféns foram atribuídas a um alto funcionário do Hamas, que disse que tanto Israel quanto os EUA estavam cientes delas porque o Hamas havia compartilhado as propostas com os líderes de vários países árabes.

Os civis poderiam ser libertados dentro de uma hora após Israel concordar com os termos, segundo o funcionário não identificado do Hamas, que afirmou à NBC que o processo de libertação dos reféns "seria fácil".

O correspondente da cadeia no Oriente Médio, Richard Engel, disse que falou com o funcionário do Hamas por telefone e perguntou para ele os motivos para o grupo terrorista não soltar os reféns na fronteira de Gaza. "Você não entende o que está acontecendo em Gaza. Não há lugar seguro", teria respondido o funcionário do Hamas.

De acordo com a reportagem, quando questionado sobre a possibilidade de trasladar e libertar os reféns na fronteira sul de Gaza, o membro do Hamas afirmou: "Bem, por que deveríamos liberar todos esses reféns, por que deveríamos liberar os estrangeiros, por que deveríamos liberar os civis israelenses, se ainda estamos sob ataque e ainda estamos morrendo e ainda estamos sendo assassinados?".

Israel afirma que o Hamas mantém pelo menos 199 reféns capturados durante os ataques realizados pelo grupo terrorista em 7 de outubro, que mataram mais de 1.400 israelenses e desencadearam um conflito que já dura quase duas semanas.

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A presidência da Câmara Municipal de São Paulo criou um novo grupo de WhatsApp para reunir os 55 vereadores na nova legislatura nesta segunda-feira, 7, quatro meses após a posse. O nome escolhido, "Câmara de SP Oficial 2025/2028", deixa claro que ele se destina aos parlamentares eleitos no ano passado, o que não inclui o ex-vereador Milton Leite (União Brasil), administrador do antigo grupo que ainda se mantém ativo.

A mensagem de boas-vindas da nova presidência, formada por Ricardo Teixeira (União) e João Jorge (MDB) - que também são os administradores do grupo -, informa que além dos vereadores, também foram incluídos os suplentes e os parlamentares licenciados, à frente de secretarias da gestão de Ricardo Nunes (MDB).

"Este é o nosso grupo oficial de WhatsApp com todos os 55 vereadores, mais os dois colegas afastados para secretarias municipais [Rodrigo Goulart (PSD), em Desenvolvimento Econômico e Trabalho, e Sidney Cruz (MDB), na Habitação]", escreveu Jorge em mensagem que inaugurou o grupo.

Ex-presidente da Casa, Milton Leite decidiu, no ano passado, não se candidatar a mais um mandato após quase 30 anos na Câmara. Apesar de ainda ter influência, Leite não conseguiu emplacar seu ex-chefe de gabinete Silvão Leite (União Brasil) para a presidência, e após resistência de Nunes e dos vereadores, concordou com a indicação de Teixeira, outro de seus aliados.

De acordo com vereadores que falaram reservadamente com o Estadão, o antigo grupo criado por Leite se chama "política/futebol", e os novos eleitos em outubro do ano passado foram sendo incluídos. Hoje, o grupo conta com 63 membros, e as comunicações permaneceram nele mesmo com a mudança de legislatura. Outros vereadores da legislatura passada, como Juliana Cardoso (PT), Alfredinho (PT), Antonio Donato (PT) e Atílio Francisco (Republicanos), também estão no grupo de Leite.

Após a criação do grupo oficial nesta segunda, houve questionamentos no antigo canal de comunicação. "A resposta foi 'quem quiser ficar, fica, e quem quiser sair, sai'", disse um vereador. Procurado pelo Estadão, o ex-presidente da Câmara não comentou o assunto.

A bancada bolsonarista na Câmara dos Deputados começou a abrir a trincheira contra a proposta de emenda à Constituição chamada de PEC da Segurança Pública, elaborada pelo governo Lula e enviada ao Congresso nesta terça-feira, 8.

Apesar dos esforços do Executivo para aparar arestas do texto e ganhar apoio até da oposição, lideranças do Partido Liberal (PL) do ex-presidente Jair Bolsonaro passaram a centrar fogo na proposta tão logo ela chegou ao Legislativo.

A PEC amplia as atribuições da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF) para fortalecer o combate a facções criminosas, inclui na Constituição o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e os fundos nacionais de financiamento do setor, fixa as atribuições das guardas municipais e prevê a criação de corregedorias e ouvidorias dotadas de autonomia funcional.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que a Casa dará "total prioridade" à discussão da PEC e que há unanimidade entre os líderes partidários para apreciar o tema com urgência. Ele recebeu o texto nesta manhã das mãos dos ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

A oposição reagiu horas depois e deu o tom que pretende usar na resistência à proposição. A Comissão de Segurança Pública da Casa aprovou um requerimento, de autoria do líder da oposição, Luciano Zucco (PL-RS), convidando Lewandowski a se explicar sobre a PEC.

A iniciativa foi motivada por uma declaração recente do ministro, após ele ter declarado que a "polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar" e depois se corrigindo. Mas os bolsonaristas querem aproveitar a ocasião para pressioná-lo sobre a proposta.

Os bolsonaristas dizem que a PEC enfraquece a autonomia dos Estados na formulação de políticas de segurança, centraliza demais as decisões no Ministério da Justiça e pode culminar no "aparelhamento" das corporações.

"Essa PEC, da forma como está, é um retrocesso. Em vez de valorizar os profissionais da segurança, ela os engessa, concentra decisões em Brasília e abre margem para ingerências políticas inaceitáveis", declara Zucco em nota.

O presidente do colegiado, Paulo Bilynskyj (PL-SP), afirmou ao Estadão que o governo federal quer "intervir nos Estados" e que o ministro quer "transformar a PRF numa guarda bolivariana". Ele também critica o fortalecimento

"Ele impõe na Constituição Federal a existência de ouvidoria. Mas já está prevista na lei. Ouvidoria só serve para ouvir ladrão. Não serve em nada na segurança pública", declara Bilynskyj.

Ele diz que apenas o trecho referente à constitucionalização das guardas municipais. "É a única coisa que dá para salvar desse texto", afirma. "O resto não passa".

O deputado federal Alberto Fraga (PL-DF), coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, informalmente chamada de "bancada da bala", segue na mesma linha das críticas: a de que a PEC fere a autonomia dos Estados e não ajuda a combater a criminalidade.

A proposta ainda deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por uma comissão especial. Os bolsonaristas, por sua vez, trabalham para desidratá-la.

A reação na sociedade civil especializada foi antagônica. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, por exemplo, defende a PEC, a que chama de "iniciativa inédita e essencial, sobretudo porque é a primeira vez desde a redemocratização que o governo federal sugere mudanças no modelo constitucional de funcionamento da segurança pública do País".

O fórum, composto de estudiosos do tema e integrantes de forças de segurança, destaca os seguintes pontos do texto: "maior independência às ouvidorias e corregedorias das forças de segurança; transformação da Polícia Rodoviária Federal em Polícia Viária Federal, com a inclusão do patrulhamento de hidrovias e ferrovias, que vai ampliar o policiamento a áreas que hoje não estão cobertas por sua presença; e a criação de protocolos e procedimentos comuns a todas as polícias, uma maneira de uniformizar a forma como o direito social à segurança é implementado entre diferentes agências, instituições e esferas de poder".

Os especialistas também dizer ser importante a inclusão de representantes da sociedade civil no Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, "um passo importante para garantir a participação de diversos atores na formulação de políticas de segurança".

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu a fala do ministro Luiz Fux sobre o julgamento "sob forte emoção" dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro e disse que é preciso analisar a "gravidade desses fatos". Ele falou em entrevista à Globo News há pouco.

"Eu não concordo com essa abordagem sobre um julgamento com violenta emoção. É preciso que a gente inicie pelo começo e veja a gravidade desses fatos. E saiba avaliar que pela primeira vez nós estávamos aplicando essa legislação de defesa do Estado Democrático", disse Gilmar.

A fala de Fux foi durante o julgamento sobre o recebimento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados pelo crime de golpe de estado. Na ocasião, Fux ainda defendeu que os juízes devem ter humildade para refletir sobre os julgamentos e sensibilidade. "Debaixo da toga bate o coração de um homem", afirmou.

Na entrevista, Gilmar garantiu que "todos nós temos sensibilidade" e disse estar longe de ser "uma pessoa que defende o punitivismo penal".

"Houve até discussão no plenário sobre a absorção de um tipo pelo outro ou não. E nós conscientemente e sem violenta emoção decidimos que havia o que a gente chama tecnicamente de um acúmulo ou uma acumulação material, de que não haveria a absorção. Então, eu não concordo com esse tipo de análise. E eu acho que o próprio ministro Fux já votou vários casos nessa perspectiva", disse Gilmar.