Apesar de riscos da guerra, exportadores de grãos estão mais confiantes com rotas no Mar Negro

Internacional
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Um número crescente de navios tem se dirigido aos portos da Ucrânia no Mar Negro para carregar grãos, metais e outras cargas, apesar da ameaça de ataques e minas explosivas da Rússia. Isso ocorre porque os exportadores têm se mostrado mais confiantes para utilizar o corredor humanitário implementado pelos ucranianos para facilitar as exportações. O movimento fortalece a economia do país, dependente da agricultura, e traz de volta um fornecedor essencial de trigo, milho, cevada, óleo de girassol e outros alimentos para países que enfrentam a fome em partes da África, Oriente Médio e Ásia.

"Estamos vendo uma confiança renovada entre operadores comerciais ansiosos para transportar cargas de grãos ucranianos", disse o chefe de Operações da Vessel Protect, Munro Anderson, que avalia os riscos de guerra no mar e fornece seguros com respaldo da corretora Lloyd's.

Já Ihor Osmachko, diretor-geral do Grupo Agroprosperis, um dos maiores produtores e exportadores agrícolas da Ucrânia, disse que se sente "mais otimista do que há dois meses".

Desde o início das operações no corredor humanitário da Ucrânia no Mar Negro, em meados de setembro, a principal questão sobre a rota é relacionada à segurança. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse que os aliados concordaram em fornecer navios para ajudar o país a proteger embarcações comerciais, mas que são necessários mais sistemas de defesa aérea. "A defesa aérea está em falta", disse a repórteres no sábado, em uma cúpula internacional de segurança alimentar em Kiev. "Mas o importante é que temos acordos, temos um sinal positivo e o corredor está operacional", acrescentou.

Embora um ataque com mísseis contra o porto de Odessa tenha atingido um navio comercial neste mês, seguradoras, corretores e bancos se uniram ao governo ucraniano para anunciar a cobertura para embarques de grãos no Mar Negro, o que tranquilizou os transportadores.

"A maneira como estão transportando agora é certamente muito mais cara e demorada", disse o analista sênior de pesquisa na empresa de dados e análises agrícolas Gro Intelligence, Kelly Goughary. "Mas eles estão conseguindo colocar o produto para fora, o que é melhor do que muitos antecipavam com o fim da iniciativa de grãos", afirmou.

Até o momento, a Ucrânia exportou mais de 5,6 milhões de toneladas de grãos e outros produtos pelo novo corredor, segundo informações da embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, Bridget Brink.

Antes da guerra, esse número era quase o dobro por mês, disse o vice-ministro da Economia da Ucrânia, Taras Kachka. Com a rota, a Ucrânia espera exportar pelo menos 6 milhões de toneladas de grãos por mês, segundo o ministro da Agricultura da Ucrânia, Mykola Solskyi. Há muito trabalho a ser feito: o país exportou 4,3 milhões de toneladas de grãos em outubro por todas as rotas, afirmou o ministério. Fonte: Associated Press

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O procurador Bradson Tiberio Luna Camelo, procurador do Ministério Público de Contas da Paraíba (MPC-PB), citou a música sertaneja "Evidências", da dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó, para defender uma medida cautelar nesta sexta-feira, 18. Segundo Bradson, Allana Galdino, indicada ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), deve devolver verbas obtidas por suposta improbidade administrativa e não pode "negar as evidências e viver fingindo". Os valores apontados pela auditoria do TCE-PB são de R$ 646.972,40.

"Por fim, lembro de frase repetida reiteradamente por todos os conselheiros: Esse Tribunal julga fatos, não pessoas! Como na célebre canção, aqui no Tribunal de Contas do Estado, não podemos negar as aparências e disfarçar as evidências, não podemos viver fingindo", escreveu o procurador.

O Estadão procurou a defesa de Allana Galdino, mas não havia obtido um retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Allana Galdino foi indicada ao TCE-PB e teve o nome aprovado pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) no último dia 18 de março. Ela é filha do presidente da Casa Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos). A Justiça do Estado chegou a suspender a nomeação dela por indícios de nepotismo, mas a decisão foi revogada um dia depois.

O procurador do MPC-PB acusa Allana, através de uma auditoria do TCE-PB, de ter sido uma servidora fantasma quando trabalhou na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag). Além do caso, configurado como descumprimento da idoneidade moral, o MP diz que a indicação fere a proibição do nepotismo em cargos públicos, já que o pai foi o responsável por conduzir a sessão que aprovou o nome dela para a Corte de Contas.

Na representação enviada nesta sexta, Bradson pede que a nomeação e a posse de Allana sejam suspensas até que o pedido do MPC-PB seja julgado. O procurador também quer que o governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), e dois secretários dele forneçam explicações sobre a suposta atuação de Allana como "funcionária fantasma".

Caso o TCE-PB condene Allana a não poder assumir a Corte de Contas, Bradson também pediu que a filha do deputado devolva todo o dinheiro que recebeu enquanto esteve locada na Seplag.

A Justiça Federal decidiu que militares não podem receber, simultaneamente, os adicionais de tempo de serviço (ATS) e de compensação por disponibilidade militar (ACDM). Com isso, a União espera economizar cerca de R$ 3 bilhões ao ano. A decisão foi das Turma Nacional de Uniformização (TNU) do Conselho da Justiça Federal (CJF), e seguiu argumentados defendidos pela Advocacia-Geral da União (AGU).

A decisão determina que Juizados Especiais Federais e Turmas Recursais em todo o País barrem o recebimento acumulado por parte de integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Decreto de agosto de 2020 já proibia a acumulação dos dois adicionais, apontando que seria assegurado ao militar ou ao pensionista do militar falecido o recebimento do adicional mais vantajoso.

Contudo, integrantes das Forças questionavam essa decisão. O argumento é o de que limitar a remuneração acumulada feriria o princípio da irredutibilidade de vencimentos e o direito adquirido.

A Turma de Uniformização, porém, acolheu por unanimidade o argumento da AGU.

Segundo o advogado da União, Luís Felipe Cabral Pacheco, em comunicado divulgado pelo órgão, a decisão "pacifica a questão, reduz a judicialização e representa significativa economia de recursos públicos para as Forças Armadas, contribuindo para viabilizar, do ponto de vista orçamentário, a continuidade de suas relevantes missões institucionais".

O adicional de compensação por disponibilidade militar é uma parcela remuneratória mensal devida ao militar em razão de estar disponível de modo permanente e com dedicação exclusiva ao longo da carreira.

Esse benefício incide com porcentuais diversos sobre o soldo, a depender do posto ou graduação, podendo chegar a 41% em caso de almirantes de esquadra, generais do Exército ou tenentes-brigadeiros.

O Hospital DF Star informou nesta sexta-feira, 18, que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Segundo nota à imprensa, Bolsonaro mantém boa evolução clínica, sem dor e sem outras intercorrências e mantém melhora laboratorial dos marcadores inflamatórios. Não, há, porém, previsão de alta da UTI.

O boletim médico também informa que o ex-presidente realizou tomografias de controle, sem evidência de complicações ou intercorrências, e segue em jejum oral, com nutrição parenteral exclusiva e com o programa de fisioterapia motora (caminhada fora do leito) e respiratória.

De acordo com o Hospital, persiste a recomendação de não receber visitas.

Bolsonaro foi encaminhado ao DF Star, em Brasília, no último fim de semana, para passar por um procedimento de desobstrução no intestino.

O ex-presidente foi submetido a uma cirurgia de 12 horas no domingo, 13 de abril.