Pentágono confirma ataques contra navio de guerra e embarcações comerciais no Mar Vermelho

Internacional
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Sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, o Pentágono informou que um navio de guerra do país - nomeado como USS Carney - e "várias" embarcações comerciais foram atacados no Mar Vermelho. O ataque teria começado por volta das 10h em Sanaa, Iêmen (4h em Brasília), e durado cerca de cinco horas, marcando uma escalada significativa em uma série de conflitos marítimos no Oriente Médio relacionados à guerra entre Israel e Hamas.

O Pentágono declarou estar ciente dos relatos sobre os ataques ao USS Carney e a embarcações comerciais e disse que fornecerá mais informações conforme estiverem disponíveis.

Anteriormente, um porta-voz militar britânico mencionou um ataque de drone suspeito e explosões no Mar Vermelho, sem fornecer detalhes. Embora não se tenha identificado a origem, rebeldes houthis apoiados pelo Irã no Iêmen têm realizado ataques no Mar Vermelho. Até o momento, não houve comentários imediatos do grupo. No entanto, um porta-voz militar houthi afirmou que um comunicado "importante" seria divulgado em breve.

O setor de transporte marítimo tem sido um alvo cada vez mais frequente à medida que a guerra entre Israel e o Hamas ameaça se expandir para um conflito regional mais amplo. No início de novembro, os houthis apreenderam um navio de transporte de veículos vinculado a Israel no Mar Vermelho, perto do Iêmen. Os rebeldes ainda mantêm a embarcação perto da cidade portuária de Hodeida. Além disso, mísseis atingiram uma área perto da localização de outro navio de guerra dos EUA na semana passada, depois que a embarcação ajudou um navio vinculado a Israel que havia sido brevemente apreendido por homens armados.

Os houthis não tinham como alvo diretamente os americanos há algum tempo, o que aumenta ainda mais as apostas no avanço dos conflitos marítimos. Em 2016, os EUA lançaram mísseis de cruzeiro Tomahawk que destruíram três locais de radar costeiros em território controlado pelos houthis em retaliação aos mísseis disparados contra navios da Marinha dos EUA, incluindo o USS Mason, na época.

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Lucas Pavanato (PL) foi o vereador mais votado da cidade de São Paulo e de todo o Brasil nas eleições deste domingo, 6, com 159.925 votos. Ao Estadão, Pavanato, que assume o cargo pela primeira vez, afirmou que pretende propor projetos baseados nos valores conservadores que o elegeram e provocou, dizendo que a oposição terá que "aguentar" seu estilo de fazer política.

"Viemos para ficar e, todos aqueles que não gostam de lidar com a gente, não gostam de lidar com políticos como a gente, eles terão que nos aguentar, porque nós vamos continuar ocupando espaço", disse.

Próximo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), a quem classifica como "grande amigo", Pavanato disse que planeja reproduzir o estilo do parlamentar mineiro em São Paulo, mobilizando o eleitorado de direita em torno de temas importantes para esse segmento. "Ele é uma grande inspiração para mim."

Como mostrou o Estadão, Pavanato faz parte da nova geração de políticos que domina a comunicação nas redes sociais. Não por acaso, ele é o campeão de interações (soma de curtidas, comentários e compartilhamentos) no Instagram e no TikTok entre os candidatos de 18 a 29 anos no pleito.

As informações constam no relatório quinzenal (de 30 de agosto a 13 de setembro) do "Monitoramento das Eleições Municipais de 2024", coordenado por um grupo interdisciplinar de pesquisadores da USP.

O agora vereador também apoiou a candidatura de Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura de São Paulo, fazendo diversas publicações em suas redes sociais em favor do ex-coach durante a campanha.

Além de Pavanato, que é estreante na Câmara Municipal, os outros quatro mais votados também assumirão o cargo pela primeira vez. A votação na capital paulista definiu 55 vereadores que irão compor a Câmara a partir de 2025.

O presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, classificou como um "grande erro" a divulgação de um receituário médico falso por Pablo Marçal (PRTB), que associava Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas. Mesmo com o incidente, Avalanche avaliou que o PRTB saiu fortalecido desta eleição.

A declaração foi dada neste domingo, 6, após a apuração dos votos. Marçal ficou de fora do segundo turno por uma pequena diferença em relação a Boulos e Nunes. Avalanche falou à imprensa durante uma coletiva improvisada na zona oeste de São Paulo.

Segundo o presidente do partido, o PRTB desconhecia a existência do laudo falso e foi surpreendido com a publicação do documento. "Acho que quem o orientou a fazer isso cometeu um grande erro", afirmou Avalanche ao ser questionado sobre o assunto.

Na sexta-feira, 4, Marçal publicou em seu Instagram um receituário médico da clínica Mais Consultas vinculando Boulos ao consumo de cocaína. No entanto, o documento publicado era falso e contava com várias inconsistências. A falsidade do documento foi confirmada pela Polícia Civil de São Paulo.

Neste domingo, o proprietário da clínica envolvida divulgou uma nota negando qualquer participação na falsificação do receituário médico e esclarecendo que o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, nunca foi atendido em seu estabelecimento.

"Em respeito, e compromissado com a transparência do processo eleitoral, o Dr. Luiz Teixeira, de maneira intencional, aguardou o encerramento do horário de votação deste primeiro turno para se pronunciar publicamente e esclarecer que não possui qualquer envolvimento na elaboração do laudo médico referente ao Sr. Guilherme Castro Boulos", diz o texto enviado por seu advogado.

Ao manter a estratégia de ficar longe da polarização que se esperava para o pleito deste ano em todo o País, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), foi reeleito em primeiro turno ontem. A vitória se deu mesmo com a presença intensa do ex-presidente Jair Bolsonaro no Rio na última semana, em uma tentativa de garantir vitória no berço do bolsonarismo, apoiando Alexandre Ramagem (PL).

Após o resultado das urnas, o prefeito do Rio mandou uma "mensagem para o Brasil": "Chegou a hora de parar com essa polarização. Dá para se unir independente da visão de mundo. Cuidar de um estado tem muito a ver com cuidar de quem precisa. É uma mensagem para o Brasil. Queria agradecer ao presidente Lula, que ajuda a gente no Rio há muito tempo". Lula se manteve neutro na campanha carioca.

Paes dedicou a vitória em primeiro turno ao presidente e fez acenos ao governador Cláudio Castro (PL). No último debate da disputa no Rio, Ramagem fez críticas à atuação de Castro na Segurança Pública. "Governador Cláudio Castro, estamos do seu lado. A partir de hoje, terminam os conflitos", afirmou Paes ontem.

Segundo o prefeito, "não dá mais para continuar politizando tudo no Rio de Janeiro". Em outro ponto do discurso, Paes disse que, apesar de discordar de pontos da gestão do governador, está aberto para trabalhar com ele, assim como faz com o governo federal.

"O governador precisa entender que é dele esse papel (segurança pública)", pontuou. De acordo com o prefeito, Castro "não pode ceder à pressão política" e cita casos em que o governador teria colocado comandantes em batalhões para atender aliados.

PADRINHO

Bolsonaro abraçou a campanha de Ramagem, que cresceu nas pesquisas de intenção de voto e chegou a ameaçar o favoritismo do Paes. O ex-presidente acompanhou a votação no Rio, ao lado do afilhado, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligêcia (Abin) em sua gestão.

Apesar de ter o apoio do presidente Lula, Paes não cedeu a pressões do PT e manteve em como vice um nome de sua confiança e do mesmo partido: Eduardo Cavaliere. Para 2026, um caminho desejado pelo prefeito é se candidatar ao governo do estado do Rio.

Os dois concorrentes representantes do bolsonarismo na capital fluminense, Rodrigo Amorim (União Brasil) e Ramagem (PL), fizeram uma dobradinha contra o atual prefeito no debate promovido pela TV Globo na última quinta-feira. Para atacar Paes, a dupla usou temas recorrentes do grupo liderado pelo ex-presidente, como aborto e liberação de drogas; também insinuou a participação do prefeito em esquemas de corrupção investigados pela Lava Jato.

Paes, por sua vez, voltou a associar o bolsonarista à política de segurança pública de Cláudio Castro (a quem ontem, reitere-se, acenou a bandeira branca): "No dia em que foram divulgados os últimos índices de segurança publica, o senhor estava ao lado do seu padrinho, o governador Cláudio Castro", alfinetou o prefeito agora reeleito.

VOTAÇÃO

Paes votou na manhã de ontem, acompanhado da família e do candidato a vice em São Conrado, na zona sul da cidade. Em entrevista após a votação, o atual chefe do Executivo municipal comentou que estava confiante em uma vitória no primeiro turno.

"Venho mais uma vez agradecer o carinho da população dessa cidade, ao longo de toda essa campanha, de todo esse processo. Espero muito poder vencer hoje, poder dar continuidade ao trabalho que a gente vem fazendo, de muito amor, de muita dedicação. Tenho certeza que a gente pode encerrar hoje essa votação para que o debate político e a politicagem não atrapalhem o nosso esforço de continuar governando o Rio de Janeiro", disse.

Questionado se o nível da campanha no Rio foi melhor do que o da disputa na capital paulista, o prefeito declarou que toda a repercussão negativa sobre a campanha paulista "é ruim para o processo democrático brasileiro".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.