Trump diz que não defenderá países da Otan com atrasos de pagamentos

Internacional
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O ex-presidente Donald Trump afirmou que não defenderá aliados da Otan com atrasos de pagamento e foi além: disse que encorajaria a Rússia a "fazer o que quiser" com aqueles que não pagam as contas - uma aparente referência à meta de investimentos por parte dos países-membros.

Trump, um crítico da aliança, relatou que teve a seguinte conversa com um membro não identificado da Otan. "Um dos presidentes de um grande país disse: 'Bem, senhor, se não pagarmos e formos atacados pela Rússia, você nos protegerá?'", contou Trump durante um comício na Carolina do Sul . "Eu disse: 'Você não pagou. Você é um delinquente. Ele disse: 'Sim, digamos que isso aconteceu.' Não, eu não protegeria você. Na verdade, eu os encorajaria a fazer o que quiserem."

Diante da ameaça russa, os países da Otan estabeleceram a meta de investir 2% do Produto Interno Bruto em defesa até 2024. O compromisso foi firmado há dez anos, quando Moscou anexou a Crimeia, e reforçado com a invasão em larga escala na Urânia. Até o ano passado, apenas 11 dos 31 integrantes haviam atingido esse compromisso. Outros chegaram perto, como é o caso da França que gastou 1,9% do seu PIB em defesa.

Trump já havia sugerido antes que poderia desconsiderar o artigo 5º da aliança, o que diz que o ataque contra um membro representa um ataque contra todos. Agora, foi mais longe ao dizer que poderia encorajar a Rússia a atacar um aliado.

Crítica da Casa Branca

"Encorajar invasões dos nossos aliados mais próximos por regimes assassinos é terrível e desequilibrado. Coloca em perigo a segurança nacional americana, a estabilidade global e a nossa economia", reagiu o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates.

A ameaça vem no momento em que o Congresso discute o pacote adicional de US$ 60 bilhões para Ucrânia. A ajuda foi prometida pelo presidente Joe Biden, mas enfrenta resistência da ala mais radical do partido Republicano, influenciada por Trump.

O ex-presidente já disse que resolveria a guerra "em um dia" se voltasse à Casa Branca. A sugestão preocupa Kiev, que teme ser forçada a negociar com Moscou em posição de desvantagem, com cerca de 20% do território da Ucrânia sob controle russo.

No esforço de voltar à presidência, Donald Trump venceu todas as primárias do partido Republicano até aqui, mesmo acumulando uma série de problemas com a Justiça americana.

Agora, as atenções estão voltadas para a Carolina do Sul, Estado de Nikki Haley, a única republicana que ainda tenta rivalizar com o ex-presidente. Mais uma vez, as perspectivas são desfavoráveis para ex-governadora e ex-embaixadora da ONU: Trump aparece com uma média de 65% das intenções de voto enquanto Haley tem 31%, segundo o agregador de pesquisas FiveThirtyEight.

(Com agências internacionais)

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A assessoria da presidência da Câmara dos Deputados desmentiu nota divulgada na manhã de hoje pela assessoria da Comissão Mista de Orçamento (CMO) sobre o adiamento da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2025.

O comunicado dizia que a nova previsão para a votação do PLOA na CMO era entre 31 de março a 4 de abril devido à viagem dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ao Japão. A presidência não confirmou o adiamento, e por isso a votação do Orçamento está mantida para a semana que vem.

O presidente do Partido Verde (PV) na Bahia, Ivanilson Gomes, foi sequestrado na sexta-feira, 14, após bandidos invadirem a sede da legenda no bairro Rio Vermelho, na capital baiana. Os funcionários que estavam na hora do crime foram roubados.

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A vereadora Aladilce (PCdoB) se manifestou nas redes sociais sobre o sequestro do aliado. "A política não deve ser um espaço de insegurança para ninguém. Envio minha solidariedade ao presidente estadual do Partido Verde (PV), Ivanilson Gomes, e aos seus familiares (...) Espero que ele retorne em segurança e ileso. É fundamental que haja uma investigação minuciosa e que os responsáveis sejam devidamente punidos", afirmou, por meio de nota.

A Câmara dos Deputados divulgou comunicado neste sábado, 15, confirmando o adiamento da votação do Orçamento deste ano, que estava marcada para a próxima semana. A nova previsão para votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2025 na Comissão Mista de Orçamento (CMO) é entre 31 de março a 4 de abril. O plenário do Congresso vai votar logo após a aprovação na CMO. A informação foi antecipada ontem pelo Broadcast.

O adiamento se deve à viagem dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que acompanharão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em visita oficial ao Japão, de 24 a 27 de março.

Também há empecilhos de ordem técnica para a votação, já que o governo fez uma série de sugestões de mudanças nesta semana, e entraves políticos que contribuíram para o adiamento. A redução de R$ 7,7 bilhões nos gastos do Bolsa Família, antecipada pelo Broadcast, que o governo argumenta ter sido viabilizada por causa de ações de pente-fino no programa, é citada como uma possível "armadilha" para o Congresso - que teria de dar o aval a essa redução e também poderia arcar com um ônus político.

Também há duas rubricas que podem causar atrito com a bancada ruralista. Uma delas prevê o acréscimo de R$ 400 milhões no Orçamento para "aquisição e distribuição de alimentos da agricultura familiar para promoção da segurança alimentar e nutricional". Outra, o aumento de R$ 350 milhões para a "concessão de crédito para aquisição de imóveis rurais e investimentos básicos - Fundo de Terras". Essas duas rubricas são citadas por esses congressistas como uma forma de beneficiar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).