Chuvas torrenciais em nível recorde inundam Dubai; aviões andam em pistas de aeroporto alagadas

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Fortes tempestades atingem os Emirados Árabes Unidos desde segunda-feira, 15, provocando níveis recordes de chuva e inundações nas principais rodovias de Dubai. O aeroporto internacional da cidade, o mais movimentado do mundo para viagens internacionais, ficou alagado e precisou cancelar voos.

A agência de notícias estatal WAM classificou a chuva como "um acontecimento climático histórico" que superou "tudo o que foi documentado desde o início do recolhimento de dados em 1949". O nível de chuva chegou a 254 milímetros, equivalente às precipitações registradas pelos Emirados Árabes Unidos em dois anos.

As chuvas começaram na noite de segunda-feira, mas intensificaram-se por volta das 9h locais de terça-feira, 16, e continuaram ao longo do dia, despejando mais chuva e granizo na cidade sobrecarregada. No final de terça-feira, mais de 142 milímetros de chuva caíram em Dubai em 24 horas. Em média, por ano, 94,7 milímetros são registrados na região.

A chuva gerou um grande engarrafamento nas rodovias de seis pistas e um homem de 70 anos morreu em Ras Al Khaimah, segundo a polícia.

No aeroporto, vídeos publicados nas redes sociais mostram aeronaves circulando por pistas inundadas. A administração do aeroporto afirmou que as enchentes deixaram "opções de transporte limitadas" e afetaram os voos, já que as tripulações das aeronaves não conseguiram chegar ao campo de aviação. "A recuperação levará algum tempo", disse o aeroporto na plataforma social X.

Emirados Árabes 'produzem' chuva

A chuva também caiu no Bahrein, Omã, Catar e Arábia Saudita. No entanto, as chuvas foram intensas nos Emirados Árabes Unidos. Uma razão pode ter sido a "semeadura de nuvens", na qual pequenos aviões operados pelo governo voam através das nuvens queimando chamas especiais de sal. Essas explosões podem aumentar a precipitação.

Reportagens locais citaram meteorologistas do Centro Nacional de Meteorologia dizendo que realizaram seis ou sete voos de semeadura de nuvens antes das chuvas.

Dados de rastreamento de voo analisados pela agência Associated Press mostraram que uma aeronave afiliada aos esforços de semeadura de nuvens dos Emirados Árabes Unidos voou pelo país na segunda-feira. O centro não respondeu às perguntas da Associated Press nesta quarta-feira, 17.

O National, um jornal estatal de língua inglesa em Abu Dhabi, citou um funcionário do centro, sob condição de anonimato, afirmando que não ocorreu nenhuma semeadura de nuvens na terça-feira, sem reconhecer quaisquer voos anteriores.

Os Emirados Árabes Unidos, que dependem fortemente de usinas de dessalinização que consomem muita energia para fornecer água, realizam a semeadura de nuvens, em parte para aumentar suas águas subterrâneas escassas e limitadas.

Cientistas também afirmam que as mudanças climáticas em geral são responsáveis por tempestades extremas, secas, inundações e incêndios florestais mais intensos e frequentes em todo o mundo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta sexta-feira, 2, com reuniões no Palácio do Planalto. Às 9h, Lula se encontra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em seguida, às 10h, recebe o ministro da Defesa, José Múcio.

Durante a tarde, o presidente tem audiência às 15h com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Uma hora depois, às 16h, Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete do Presidente da República, Oswaldo Malatesta.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), protocolará nesta sexta-feira, 2, uma representação criminal contra o ministro da Previdência, Carlos Lupi, ao esquema no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

O documento aponta a falta de ação do ministro, mesmo tendo conhecimento prévio do problema, e também pede que a investigação seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF), se houver indícios, além do afastamento de Lupi do cargo.

"Não lhe faltavam atribuições legais e regimentais, nem muito menos ferramentas institucionais, aptas a municiar ações de acompanhamento e controle destinadas a coibir o escândalo de descontos ilegais nas aposentadorias", afirma Zucco.

Entre alguns dos argumentos dados pela oposição, Zucco aponta que Lupi foi informado em junho de 2023, que havia um aumento de denúncias de descontos sem autorização em aposentadorias e pensões do INSS e não tomou providências por dez meses, de acordo com as atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social.

Uma pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que Lupi deveria ser demitido do cargo.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deveria ser demitido do cargo após a crise no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alvo de operação que apura um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

A pesquisa também diz que 84,4% dos brasileiros "acompanharam bem o caso", ante 15,6% que sabem pouco do assunto. O levantamento ouviu mil brasileiros entre esta terça-feira, 29, e esta quinta-feira. A margem de erro é de três pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A pesquisa também ouviu se os entrevistados conhecem ou não pessoas afetadas ou se eles próprias foram lesadas. O resultado mostra que 58% dos brasileiros não foram vítimas e nem conhecem prejudicados; outros 35,6% conhecem quem foi teve descontos indevidos em benefícios do INSS e outros 6,4% foram vítimas.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.