O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a visita de 24 senadores e um deputado federal ao general da reserva e ex-ministro Walter Braga Netto na prisão. A determinação atende a pedidos apresentados pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) e pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.
De acordo com a decisão, cada parlamentar terá direito a um dia de visita à Vila Militar do Rio de Janeiro, onde Braga Netto está detido. O limite máximo é de três visitas individuais por dia, em datas a serem definidas junto à unidade militar.
É proibida a entrada de assessores, seguranças ou da imprensa. Os congressistas também não podem entrar com celulares, equipamentos fotográficos ou qualquer outro dispositivo eletrônico, e é vedado qualquer registro de imagens dentro do local.
Parlamentares autorizados a visitar Braga Netto:
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
- Izalci Lucas (PL-DF);
- Plínio Valério (PSDB-AM);
- Rogério Marinho (PL-RN);
- Chico Rodrigues (PSB-RR);
- Marcio Bittar (União-AC);
- Luis Carlos Heinze (PP-RS);
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS);
- Marcos Rogério (PL-RO);
- Sergio Moro (União-PR);
- Eduardo Girão (Novo-CE);
- Laercio Oliveira (PP-SE);
- Nelsinho Trad (PSD-MS);
- Mecias de Jesus (Republicanos-RR);
- Romario Faria (PL-RJ);
- Alan Rick (União-AC);
- Jorge Kajuru (PSB-GO);
- Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG);
- Styvenson Valentim (PSDB-RN);
- Teresa Cristina (PP-MS);
- Zequinha Marinho (Podemos-PA);
- Dr. Hiran (PP-RR);
- Carlos Portinho (PL-RJ);
- Damares Alves (Republicanos-DF).
Walter Braga Netto é um dos oito integrantes do primeiro núcleo da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), ao lado de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A denúncia contra eles foi aceita pelo STF em 26 de março, tornando-os réus por tentativa de golpe de Estado.
O grupo é acusado de cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Braga Netto foi preso após pedido da Polícia Federal (PF) e com parecer favorável da PGR. Segundo a PF, o general tentou interferir na investigação do plano de golpe e obter acesso ao conteúdo da colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e também réu no caso.