Rússia diz ter tomado mais cinco povoados no nordeste da Ucrânia

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As forças russas tomaram cinco povoados em sua nova campanha terrestre no nordeste da Ucrânia, informou o Ministério da Defesa russo no sábado, 11. Jornalistas ucranianos relataram na véspera que as tropas russas haviam capturado Borysivka, Ohirtseve, Pylna e Strilecha, localizadas em uma "zona cinzenta" disputada militarmente na fronteira. Autoridades russas anunciaram a captura de outra localidade, Pletenivka, em uma ofensiva que, segundo as autoridades ucranianas, obrigou mais de 1.700 civis a fugir.

Artilharia, morteiros e bombardeios aéreos atingiram mais de 30 localidades e deixaram pelo menos três mortos e cinco feridos, disse o governador de Kharkiv Oblast, Oleh Syniehubov. A Ucrânia havia enviado reforços à província na sexta-feira para repelir a tentativa russa de quebrar as defesas locais, afirmaram as autoridades.

As tropas de Kiev lançaram também uma salva de drones e mísseis na sexta-feira à noite, segundo o Ministério da Defesa da Rússia, que disse que suas defesas antiaéreas derrubaram 21 projéteis e 16 drones sobre as províncias de Belgorod, Kursk e Volgogrado. Uma pessoa morreu em um ataque com drone em Belgorod e outra em Kursk, de acordo com as autoridades locais.

Outro ataque incendiou um depósito de petróleo na região ucraniana de Luhansk, ocupada pelas forças do Kremlin, matando quatro pessoas e ferindo outras oito, segundo afirmou Leonid Pasechnik, o líder da região nomeado por Moscou, no sábado, no aplicativo de mensagens Telegram.

As tropas russas intensificaram seus bombardeios sobre Kharkiv, a segunda maior cidade do país, no fim de março. O ataque de sexta-feira representou a mudança tática por parte de Moscou que as autoridades ucranianas esperavam há semanas.

Blogueiros militares russos indicaram que o assalto poderia marcar o início dos esforços russos para estabelecer uma "zona de segurança" que o presidente Vladimir Putin se comprometeu a criar no início do ano para conter os frequentes ataques ucranianos a Belgorod e outras regiões fronteiriças.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, confirmou na sexta-feira à noite que as forças do Kremlin estavam ampliando suas operações e pediu aos aliados ocidentais que garantissem que as ajudas prometidas chegassem logo às linhas de frente. "É fundamental que os parceiros apoiem nossos guerreiros e a resistência ucraniana com entregas verdadeiramente oportunas", disse em comunicado de vídeo na rede social X. "Um pacote que ajuda de verdade é a entrega de armas à Ucrânia, em vez do simples anúncio do pacote."

As forças do Kremlin têm tentado aproveitar a escassez de munição das tropas de Kiev após a diminuição do fluxo de ajuda militar ocidental nos últimos meses. A Ucrânia havia dito que sabia que a Rússia estava reunindo milhares de soldados ao longo da fronteira nordeste, perto das províncias de Kharkiv e Sumy.

Embora os avanços russos na região sejam limitados por enquanto, analistas do Instituto para o Estudo da Guerra os descreveram na sexta-feira como "taticamente significativos". Segundo um centro de estudos americano, a Rússia "comprometeu um número relativamente limitado de tropas em seus assaltos iniciais", mas a ofensiva em Kharkiv "está planejada para (retirar) tropas ucranianas e material de outros setores críticos na frente leste".

O exército russo também pode tentar cortar rotas de abastecimento-chave na área e isolar Kharkiv, onde atualmente vivem cerca de 1,1 milhão de pessoas e fica a apenas 30 quilômetros ao sul da fronteira. Nos primeiros dias da guerra, a Rússia tentou sem sucesso assaltar Kharkiv, mas se afastou de sua periferia após um mês de cerco. Sete meses depois, no outono de 2022, o exército ucraniano expulsou as forças rivais de Kharkiv. O audacioso contra-ataque ajudou a persuadir os países ocidentais de que Kiev poderia derrotar Moscou no campo de batalha e merecia apoio militar.

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A defesa do ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência Filipe Garcia Martins pediu permissão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para circular livremente por Brasília entre segunda-feira, 21, e a quarta-feira, 23. A defesa de Martins também quer que ele não perca a liberdade condicional caso seja fotografado ou gravado por profissionais da imprensa.

Nesta quinta-feira, 17, Moraes permitiu que Filipe Martins possa acompanhar presencialmente o julgamento da Primeira Turma do STF na próxima terça-feira, 22. Neste dia, o colegiado vai começar a julgar se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-assessor e outras cinco pessoas por participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Moraes garantiu a presença de Filipe Martins no julgamento e o autorizou a "se deslocar tão somente entre aeroporto, hotel e o local da sessão de julgamento". O desembargador Sebastião Coelho, que defende o ex-assessor, argumenta que ele deve ter o direito de circular pela capital federal, mas se resguardar no período noturno.

"Com o devido respeito, tal formulação impõe uma restrição mais severa do que aquela já observada pelo Requerente em sua comarca de origem (Ponta Grossa-PR), onde cumpre medida cautelar de recolhimento domiciliar noturno, com monitoramento eletrônico, mas com possibilidade de circulação durante o período diurno dentro dos limites da comarca", disse Coelho.

Segundo o desembargador, caso Martins fique limitado a transitar entre o aeroporto, o hotel e o STF, o ex-assessor poderá ser submetido a "constrangimentos operacionais e jurídicos desnecessários, inclusive no acesso à alimentação, cuidados pessoais, reuniões com a defesa técnica ou deslocamentos imprevistos".

Ao ganhar o direito à prisão domiciliar, em agosto do ano passado, Martins teve que seguir medidas cautelares como o uso de tornozeleiras eletrônicas e a proibição de conceder entrevistas e a proibição de utilizar redes sociais, com uma multa de R$ 20 mil por publicação feita por ele.

O advogado de Filipe Martins pediu a Moraes que não o puna por "imagens, vídeos ou registros" feitos por pessoas comuns ou profissionais de imprensa. No último dia 7, o ministro do STF multou o ex-assessor em R$ 20 mil por ele aparecer em uma publicação de Sebastião Coelho feita em outubro do ano passado.

"Que seja integrada e esclarecida a decisão, com a inclusão expressa de ressalva quanto à responsabilização do Requerente por imagens, vídeos ou registros feitos por terceiros, inclusive profissionais da imprensa, para que tais exposições involuntárias não sejam interpretadas como violação das medidas cautelares impostas, sobretudo diante da publicidade inerente ao julgamento e da impossibilidade fática de controle sobre a circulação de registros audiovisuais em ambiente digital", solicitou o defensor.

Martins passou seis meses preso preventivamente durante a condução do inquérito dos atos golpistas. A justificativa foi de que ele teria tentado fugir do Brasil para escapar da investigação. O nome do ex-assessor constou em uma lista de passageiros do avião presidencial que decolou para Orlando, nos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022. A defesa, posteriormente, defendeu que ele não embarcou e estava no Brasil naquele dia e o ex-assessor foi solto.

A PGR imputou a ele a confecção de uma das minutas do golpe, aquela que previa prender Moraes, o também ministro do STF Gilmar Mendes, além do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), então presidente do Senado.

Além de Martins, a Primeira Turma do STF vai decidir, a partir das 14 horas da terça, se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Fernando de Sousa Oliveira, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira de Alencar, Mário Fernandes e Silvinei Vasques.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um episódio de alteração da pressão arterial, que já foi controlado, segundo boletim médico divulgado no início da tarde deste sábado, 19. Ele continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta.

O relatório médico informou que o ex-presidente continua em jejum oral, se alimentando via corrente sanguínea, já que ainda não apresentou "movimentos intestinais efetivos". A equipe médica informou que serão intensificadas as sessões de fisioterapia motora e outras medidas de reabilitação.

O ex-presidente passou por uma cirurgia de cerca de 12 horas no último domingo, 13, para desobstruir uma dobra no intestino delgado que dificultava seu trânsito intestinal. Segundo a equipe médica responsável pelo procedimento, o pós-operatório deverá ser "prolongado".

Bolsonaro foi atendido com urgência na sexta-feira, 11, após sentir fortes dores abdominais durante um evento do PL no Rio Grande do Norte. Ele foi levado de helicóptero a um hospital em Natal e, na noite do sábado seguinte, transferido para Brasília em uma aeronave equipada com UTI aérea.

A família Bolsonaro tem compartilhado registros do pós-operatório nas redes sociais. Na manhã deste sábado, a página de Bolsonaro no Instagram publicou um vídeo em que o ex-presidente agradece o apoio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que o acompanha durante a internação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é reprovado por 59,1% e aprovado por 37,1% dos eleitores paulistas, de acordo com levantamento da Futura Inteligência. Outros 3,8% dos entrevistados não souberam ou se abstiveram de opinar sobre a gestão petista.

Na avaliação de governo, a maioria (54,1%)considera a gestão ruim ou péssima. Apenas 17,7% consideram a administração do petista regular. O trabalho de Lula é avaliado como bom e ótimo por 27,2% dos entrevistados.

A condição econômica do País é vista como péssima para a maioria dos paulistas (65,1%), com destaque pouco satisfatório para o combate a alta dos preços e a criança de empregos. Contudo, a inflação é a terceira maior preocupação dos entrevistados (15,9%), sendo a primeira a saúde (26%), seguida da educação (21,8%).

O levantamento indica ainda que Lula tem desempenho inferior ao do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em termos de popularidade no Estado. O chefe do Executivo paulista tem aprovação de 66,9% dos eleitores ao mesmo tempo em que 48,2% dos paulistas que classificam sua gestão como ótima ou boa.

Outros Poderes

Assim como o presidente Lula, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) também registram avaliação negativa em São Paulo, embora em proporção menor. A reprovação do trabalho do Congresso Nacional chega a 49,9%. Apenas 13,8% dos eleitores consideram ótimo ou bom enquanto 32,1% avaliam como regular.

Já em relação ao STF, a maioria (46,4%) avalia o poder como péssimo. A porcentagem daqueles que acreditam que o trabalho está regular ou bom está próxima, sendo de 23,1% e 27%, respectivamente.

A pesquisa Futura Inteligência entrevistou 1.000 eleitores do Estado de São Paulo, com 16 anos ou mais e entre os dias 5 e 9 de abril. A abordagem utilizada foi a CATI (entrevista telefônica assistida por computador). Conta com uma margem de erro de 3,1 pontos porcentuais (p.p.) e índice de confiança de 95%.