Hamas lança mísseis contra Tel Aviv da Faixa de Gaza; Israel diz que não há feridos

Internacional
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O Hamas lançou uma barragem de foguetes contra a região central de Israel na tarde deste domingo, disparando sirenes de ataque aéreo na área de Tel Aviv pela primeira vez desde o final de janeiro, e mostrando que o grupo terrorista mantém algumas capacidades de mísseis de longo alcance, após mais de sete meses de guerra de Israel contra o grupo em Gaza.

Os militares israelenses disseram que pelo menos oito foguetes foram disparados da cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde as forças israelenses têm avançado em uma operação contra o Hamas.

Mais de 800.000 palestinos fugiram de Rafah em face da ofensiva israelense, aprofundando a crise humanitária no enclave, de acordo com as Nações Unidas.

As defesas aéreas abateram "vários" foguetes, de acordo com os militares israelenses, e não houve relatos imediatos de grandes danos.

O Magen David Adom, serviço de emergência de Israel, disse que duas mulheres ficaram levemente feridas quando fugiam para um abrigo antibombas.

O braço armado do Hamas, as Brigadas Qassam, assumiu a responsabilidade pelos disparos de foguetes, dizendo que eles vieram "em resposta aos massacres contra civis".

Os líderes israelenses insistem há meses que uma operação terrestre em grande escala em Rafah é necessária para erradicar as brigadas de militantes do Hamas que permanecem na cidade.

O governo Biden, as Nações Unidas e os grupos de direitos humanos expressaram séria preocupação com a ofensiva, que, segundo eles, ameaçava a segurança dos civis que se abrigavam no local.

Na sexta-feira, o Tribunal Internacional de Justiça pareceu ordenar que Israel interrompesse sua ofensiva militar em Rafah, embora pelo menos alguns dos juízes do tribunal tenham dito que as operações limitadas poderiam continuar apesar da decisão.

O exército israelense disse que suas tropas continuaram a lutar em Rafah e nos arredores durante o fim de semana, envolvendo-se em tiroteios.

E no domingo, o ministro da defesa de Israel visitou a cidade no que poderia ser visto como um ato de desafio. Yoav Gallant recebeu uma avaliação da situação das tropas no local e foi informado sobre o "aprofundamento das operações", de acordo com uma declaração de seu gabinete.

"Nossos objetivos em Gaza são enfatizados aqui em Rafah - destruir o Hamas, devolver os reféns e manter a liberdade de operação", disse ele às tropas, de acordo com a declaração.

Os políticos israelenses também disseram que os disparos de foguetes demonstraram a necessidade da ofensiva em Rafah. Benny Gantz, membro do gabinete de guerra de Israel, chamou o incidente de prova de que "onde quer que o Hamas esteja, os militares israelenses devem agir".

A barragem de foguetes interrompeu brevemente a vida cotidiana na região central de Israel, onde muitas pessoas se acomodaram em uma espécie de rotina de guerra.

Milhares de israelenses convocados para as reservas militares após os ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro voltaram para casa, e os ataques com foguetes têm sido direcionados principalmente às comunidades próximas à fronteira com Gaza e com o Líbano.

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), rebateu as acusações de que sua gestão tem sido lenta para utilizar recursos federais enviados para socorrer o Estado após as enchentes de 2024. Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, o governador disse que as críticas vindas da "bancada do PT" é "política pura" e "absolutamente inoportunas".

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a intimação do líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), para que preste informações em 48 horas sobre declarações em relação às emendas parlamentares de comissão, verbas do Orçamento distribuídas entre os colegiados permanentes e temáticos da Câmara.

Conforme o Broadcast Político havia mostrado, o líder do PL na Câmara disse a jornalistas na noite da quarta-feira, 23, que poderia declarar o rompimento com o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) caso não seja pautado o requerimento de urgência para a anistia aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Na ocasião, Sóstenes disse que o PL pode tomar para si o controle da totalidade das emendas das comissões que preside, como Saúde, Agricultura e Turismo. De acordo com o parlamentar, há um acordo de líderes em que os partidos têm direito sobre 30% das emendas de comissões que presidem, enquanto os outros 70% ficam divididos entre as outras bancadas. Se o PL descumprir esse acordo, poderá gerir 100% dessas emendas.

"Eu não quero fazer isso, mas, se for necessário esticar a corda e colocar a corda no pescoço, o rompimento até nisso pode afetar", declarou Cavalcante a jornalistas. "Não queremos fazer isso. Se ele (Hugo Motta) romper conosco, podemos chegar nessa medida extrema", disse.

Em decisão neste domingo, 27, Dino diz que as declarações "poderiam indicar que

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"Esses esclarecimentos, ora requisitados, associam-se ao dever do Relator de assegurar o fiel cumprimento do Acórdão do Plenário do STF, no tocante ao fim de qualquer modalidade de 'orçamento secreto'", escreveu Dino na decisão. "O mesmo dever de observância emerge da homologação, pelo plenário do STF, do Plano de Trabalho apresentado a esta Corte pelos Poderes Legislativo e Executivo", prossegue.

"Ante o exposto, intime-se o citado parlamentar Sóstenes Cavalcante para que apresente as indispensáveis informações, em 48 horas, possibilitando uma melhor análise quanto a estes fatos novos revelados pelo multicitado líder partidário", determina Dino. "Após as informações a serem prestadas pelo Deputado Federal, venham os autos conclusos para a análise de novas medidas eventualmente necessárias."

A reportagem procurou Sóstenes e ainda não obteve resposta. O líder do PL segue com a pressão na Câmara para que a anistia seja pautada, mas, na quinta-feira, 24, Hugo Motta declarou à imprensa que não deve colocar o tema em votação na próxima semana.