Ataque aéreo de Israel a Rafah após novo ataque do Hamas deixa ao menos 35 mortos

Internacional
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Um ataque aéreo israelense matou 35 pessoas neste domingo, 26, ao atingir um campo para deslocados no bairro de Tal al-Sultan, na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo grupo terrorista Hamas.

O bombardeio, que provocou um incêndio que se alastrou rapidamente pelas tendas, foi conduzido após o Hamas lançar uma série de foguetes contra o centro de Israel, acionando sirenes na área de Tel-Aviv pela primeira vez desde janeiro.

A parte da cidade de Rafah atingida estava fora da área de retirada obrigatória determinada por Israel, segundo o jornal americano The Washington Post. Ela teria sido designada como zona humanitária para onde moradores deveriam buscar abrigo antes de uma ofensiva terrestre preparada por Israel contra a cidade.

James Smith, um especialista britânico em emergências da organização Médicos Sem Fronteiras em Rafah, disse ao The New York Times que o ataque matou pessoas deslocadas que "procuravam algum tipo de santuário e abrigo em tendas de lona".

As Forças de Defesa de Israel confirmaram a realização do ataque aéreo em Rafah, dizendo que tiveram como alvo um "centro de operações do Hamas". Elas alegaram ter usado "munições precisas" e agiram com "base em informações precisas", mas admitiram que "vários civis" foram afetados. Em uma segunda declaração, Israel afirmou que dois líderes do Hamas foram mortos no ataque.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou que seu hospital de campanha em Rafah recebeu um afluxo de pacientes que procuravam tratamento para queimaduras e outros ferimentos. Outros hospitais relataram o mesmo.

A Autoridade Palestina acusou Israel de atacar deliberadamente o campo de deslocados. O Hamas, por sua vez, pediu que os palestinos "se levantassem e marchassem contra o massacre do Exército israelense em Rafah".

Embora as Nações Unidas estimem que mais de 800 mil tenham fugido de Rafah após Israel anunciar sua ofensiva, a área continua densamente povoada. "São tendas muito compactas. Um incêndio como este pode se espalhar por uma distância enorme num espaço de tempo muito curto", afirmou Smith ao Times.

Mais cedo, o Exército disse que oito foguetes foram lançados em direção ao centro de Israel e vários foram interceptados pelo sistema de defesa Domo de Ferro. Não houve vítimas. A ofensiva mostrou que o Hamas ainda mantém algumas capacidades de mísseis de longo alcance mais de sete meses após o início da guerra.

Os militares israelenses disseram que os foguetes foram lançados de Rafah. Sua campanha na cidade já vinha atraindo críticas internacionais mesmo antes do bombardeio ao centro de deslocados ontem. (Com agências internacionais)

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Reafirmando suas intenções de ser candidato à Presidência da República em 2026, Leite disse que vai primeiro aguardar as definições do PSDB. Para o governador, o enfraquecimento do partido tem raízes em questões como "erros de lideranças em processos recentes". "Perdeu o protagonismo, foi perdendo o espaço e se torna muito difícil permanecer no formato que está", disse.

Sobre a possível mudança para o PSD, confirmou diálogos com o presidente da sigla, Gilberto Kassab. "O PSD é um partido que de fato se tornou grande e que, inclusive, tem muitos dos tucanos que ao meu lado estiveram em muitos momentos", apontou. Para o governador, há a visão de que no PSD pode haver muitas pessoas que pensam como ele e têm os mesmos objetivos para o País.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), rebateu as acusações de que sua gestão tem sido lenta para utilizar recursos federais enviados para socorrer o Estado após as enchentes de 2024. Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, o governador disse que as críticas vindas da "bancada do PT" é "política pura" e "absolutamente inoportunas".

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a intimação do líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), para que preste informações em 48 horas sobre declarações em relação às emendas parlamentares de comissão, verbas do Orçamento distribuídas entre os colegiados permanentes e temáticos da Câmara.

Conforme o Broadcast Político havia mostrado, o líder do PL na Câmara disse a jornalistas na noite da quarta-feira, 23, que poderia declarar o rompimento com o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) caso não seja pautado o requerimento de urgência para a anistia aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Na ocasião, Sóstenes disse que o PL pode tomar para si o controle da totalidade das emendas das comissões que preside, como Saúde, Agricultura e Turismo. De acordo com o parlamentar, há um acordo de líderes em que os partidos têm direito sobre 30% das emendas de comissões que presidem, enquanto os outros 70% ficam divididos entre as outras bancadas. Se o PL descumprir esse acordo, poderá gerir 100% dessas emendas.

"Eu não quero fazer isso, mas, se for necessário esticar a corda e colocar a corda no pescoço, o rompimento até nisso pode afetar", declarou Cavalcante a jornalistas. "Não queremos fazer isso. Se ele (Hugo Motta) romper conosco, podemos chegar nessa medida extrema", disse.

Em decisão neste domingo, 27, Dino diz que as declarações "poderiam indicar que

emendas de comissão estariam novamente em dissonância com a Constituição Federal e com a Lei Complementar nº 210/2024". O ministro também diz constatar que são "imprescindíveis" esclarecimentos sobre a questão.

"Esses esclarecimentos, ora requisitados, associam-se ao dever do Relator de assegurar o fiel cumprimento do Acórdão do Plenário do STF, no tocante ao fim de qualquer modalidade de 'orçamento secreto'", escreveu Dino na decisão. "O mesmo dever de observância emerge da homologação, pelo plenário do STF, do Plano de Trabalho apresentado a esta Corte pelos Poderes Legislativo e Executivo", prossegue.

"Ante o exposto, intime-se o citado parlamentar Sóstenes Cavalcante para que apresente as indispensáveis informações, em 48 horas, possibilitando uma melhor análise quanto a estes fatos novos revelados pelo multicitado líder partidário", determina Dino. "Após as informações a serem prestadas pelo Deputado Federal, venham os autos conclusos para a análise de novas medidas eventualmente necessárias."

A reportagem procurou Sóstenes e ainda não obteve resposta. O líder do PL segue com a pressão na Câmara para que a anistia seja pautada, mas, na quinta-feira, 24, Hugo Motta declarou à imprensa que não deve colocar o tema em votação na próxima semana.