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Tufão deixa pelo menos sete mortos e milhares de desabrigados nas Filipinas

Internacional
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Um tufão finalmente se afastou das Filipinas, deixando pelo menos sete pessoas mortas, a maioria devido a inundações ou árvores derrubadas, e forçando o fechamento de vários portos, deixando milhares de passageiros presos, disseram as autoridades nesta terça-feira, 28.

O tufão Ewiniar passou pela costa oriental do país na sexta-feira (24) à noite, e permaneceu sobre o país durante vários dias, antes de se afastar do arquipélago em direção a nordeste. Todos os alertas de tempestade foram suspensos. A mudança de direção do tufão poupou a capital densamente povoada, Manila, de um impacto potencialmente prejudicial.

Conhecido localmente como Aghon, o tufão foi rastreado pela última vez a cerca de 450 quilômetros a leste da cidade de Basco, na província de Batanes, com ventos contínuos de 130 km/h e rajadas de até 160 km/h, segundo os meteorologistas do governo.

Pelo menos seis aldeões afogaram-se nas enchentes ou morreram depois de terem sido atingidos pela queda de árvores durante o dilúvio repentino na província de Quezon, duramente atingida, informou a polícia provincial. No sul da província de Misamis Oriental, uma aldeã morreu quando uma árvore caiu e atingiu um mototáxi em que ela viajava com a irmã quando iam para a escola, segundo a polícia.

Muitas aldeias foram inundadas por cheias repentinas. Em Lucena, a capital da província de Quezon, algumas áreas baixas ficaram submersas em 2,4 metros de água. As inundações deveram-se, em parte, ao entupimento dos sistemas de drenagem após um verão extremamente quente, disseram a governadora de Quezon, Angelina Tan, e outras autoridades provinciais. Ela afirmou que muitas casas, incluindo a dela, foram danificadas pelos fortes ventos e pelas chuvas torrenciais. O tufão obrigou-a a procurar abrigo em outro local, enquanto supervisionava a distribuição de alimentos e outras ajudas aos aldeões desalojados, disse a governadora.

Antes de viajar para o Brunei para uma visita de Estado, o presidente Ferdinand Marcos Jr. disse que mais de 26.700 pessoas foram afetadas pelo tufão, incluindo muitas que fugiram para centros de evacuação em cinco regiões provinciais. Três aeroportos e 29 portos não puderam funcionar normalmente devido ao tufão, enquanto seis cidades e vilas tiveram cortes de energia, afirmou.

Mais de 4.800 passageiros, motoristas de caminhão e ajudantes de carga ficaram retidos por alguns momentos devido ao fechamento de portos enquanto o tufão assolava as províncias do sul e centro, disse a guarda costeira filipina. "Mesmo antes de o tufão chegar, transportamos mercadorias de ajuda humanitária para locais próximos da trajetória esperada do tufão, por isso estavam todos prontos, disse Marcos Mesmo antes da chegada do tufão, transportamos bens de socorro para locais próximos da trajetória prevista do tufão, pelo que estavam todos preparados", disse Marcos.

Cerca de 20 tufões e tempestades atingem anualmente o arquipélago filipino. Em 2013, o tufão Haiyan, um dos mais fortes de que se há registro, deixou mais de 7 300 mortos ou desaparecidos, arrasou aldeias inteiras, arrastou navios para o interior e desalojou mais de 5 milhões de pessoas na região central das Filipinas. Fonte: Associated Press.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA em www.estadao.com.br/link/estadao-define-politica-de-uso-de-ferramentas-de-inteligencia-artificial-por-seus-jornalistas-veja/ .

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A vereadora Luana Alves (PSOL) acionou nesta quarta-feira, 30, a Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo contra a também vereadora Cris Monteiro (Novo). A parlamentar do PSOL pede que a colega seja investigada pela declaração de que "mulher branca, bonita e rica incomoda". Segundo Luana Alves, o episódio configurou um ato de racismo e quebra de decoro parlamentar.

O caso ocorreu nesta terça-feira, 29, quando, na tribuna da Câmara, Cris Monteiro dirigiu-se a sindicalistas que acompanhavam a votação do reajuste dos servidores municipais e provocou forte reação da plateia e de parlamentares.

Durante o discurso, Cris repreendeu Luana, que tentava confrontá-la, e disse: "Por favor, Luana, calada. Pode me devolver o tempo. Eu escutei todos vocês calada. (...) Agora, quando vem uma mulher branca aqui, falar a verdade para vocês, vocês ficam todos nervosos. Porque uma mulher branca, bonita e rica incomoda muito vocês". Em coro, servidores que acompanhavam a sessão das galerias gritaram "racista" após a declaração da vereadora do Novo.

No documento, Luana Alves argumenta que a conduta de Cris Monteiro violou princípios constitucionais como o da igualdade e da dignidade da pessoa humana, além do crime de racismo, que destaca a vereadora, é inafiançável, imprescritível e sujeito à pena de reclusão.

"A fala da vereadora Cris Monteiro revela conteúdo discriminatório com base na cor da pele, classe e gênero, sendo inaceitável em qualquer espaço, especialmente no plenário desta Casa Legislativa. A argumentação reforça que o racismo pode se manifestar por meio de discursos que reforçam privilégios e estigmatizam corpos racializados, e, portanto, exige responsabilização política desta Corregedoria", diz trecho do documento.

A vereadora do PSOL pede que a Corregedoria tome providências cabíveis em relação à conduta da parlamentar. As possíveis penalidades incluem considerar a conduta incompatível com o decoro parlamentar, o que, conforme a Lei Orgânica e o Regimento Interno da Casa, pode levar à perda do mandato.

Nesta terça, o áudio da transmissão oficial da sessão pela Rede Câmara, canal da Casa no YouTube, chegou a ser interrompido por alguns minutos, mas foi restabelecido em seguida. Após o retorno, a vereadora do Novo pediu desculpas.

"Lamento profundamente se alguém em particular se sentiu ofendido com a minha fala, não foi minha intenção. Faço uso da tribuna, como qualquer parlamentar, para defender minhas ideias e falar o que penso", disse Cris Monteiro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dispensou o deputado José Nelto (União-GO) e mais sete da função de vice-líderes do Governo na Câmara dos Deputados e indicou outros parlamentares para substituí-los, conforme mensagens publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 30. O documento também formaliza a escolha do deputado Alencar Santana (PT-SP) para Primeiro Vice-Líder do Governo na Casa.

A retirada de Nelto do posto já havia sido anunciada pelo líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), depois que o parlamentar do União apoiou o requerimento de urgência para a anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e disse ter agido assim porque faltou orientação do governo. Nelto foi um dos 262 signatários do requerimento protocolado no último dia 14 pelo líder da bancada do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Pelas mensagens presidenciais enviadas à Câmara, foram desligados da função de vice-líder do Governo os deputados:

- Bacelar (PV-BA;

- Duda Salabert (PDT-MG);

- José Nelto (União-GO);

- Marreca Filho (PRD-MA);

- Neto Carletto (Avante-BA);

- Reginaldo Lopes (PT-MG);

- Renildo Calheiros (PCdoB-PE)

- Rogério Correia (PT-MG).

Os novos nomeados são:

- Aliel Machado (PV-PR);

- Augusto Coutinho (Republicanos-PE);

- Gervásio Maia (PSB-PB);

- Jilmar Tatto (PT-SP);

- Márcio Jerry (PCdoB-MA);

- Mário Negromonte Jr. (PP-BA);

- Romero Rodrigues (Podemos-PB);

- Zé Neto (PT-BA).

O relator da representação do PL para suspender o processo penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) no Supremo Tribunal Federal (STF), deputado Alfredo Gaspar (União-AL), diz que a ação penal deve ser sustada em sua integralidade. O caso está sob avaliação inicial na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

"Considerando a necessidade de conferir autonomia e independência ao mandato exercido pelo parlamentar legitimamente eleito, não resta alternativa a esta Casa que não o sobrestamento da ação penal em sua integralidade", diz o texto apresentado nesta quarta-feira, 30.

Para avançar, o texto precisa da aprovação de 34 parlamentares, para, então, ir ao crivo do plenário, quando precisaria do apoio de 257 deputados. A expectativa é que a votação ocorra na próxima semana, após um pedido de vista (mais tempo para análise) na CCJ - o que deve ser uma estratégia adotada por governistas.

Gaspar diz que a alternativa de sustar a ação penal serve para "evitar a instrumentalização do processo judicial". "A possibilidade de sustação da ação penal contra os congressistas visa a evitar a instrumentalização do processo judicial com o intuito de constranger, de inquinar, de ameaçar o parlamentar acusado, comprometendo sua liberdade no exercício do mandato", afirmou.

Inicialmente, o PL trabalhava com essa ação de modo a não apenas paralisar o caso contra Ramagem, mas também contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A sigla fundamenta a ação num trecho da Constituição que dá à Câmara o poder de interromper o andamento de uma ação penal enquanto o parlamentar mantiver o seu mandato.

Em reação, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo, enviou um ofício à Câmara para informar que a ação na Primeira Turma que tornou Ramagem réu não pode ser sustada em sua integralidade.

Como mostrou a Coluna do Estadão, o caso é visto com preocupação entre petistas. Na visão deles, se a medida passar no colegiado e for a plenário, poderá travar a pauta do governo Lula, assim como ocorreu com a anistia aos presos do 8 de Janeiro.