Jamaica lidera ranking dos países com maiores taxas de homicídio

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O Estudo Global Sobre Homicídios mais recente, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro de 2023, apontou que mais pessoas morreram por homicídio entre 2019 e 2021 do que em conflitos armados ou atos terroristas combinados.

Em sua quarta edição, o estudo, realizado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), utilizou para análise dados de 2021, quando houve um número estimado de 458 mil homicídios no mundo todo, com uma média global de 52 vítimas por hora.

O relatório também aponta que, embora a magnitude da violência por homicídios possa ser mais fácil de conceber em números absolutos, é importante examinar a taxa de homicídios por habitantes de cada local, já que ela é mais adequada para captar o risco relativo de alguém ser vítima de homicídio em uma região específica. Em 2021, a taxa global de homicídios foi de 5,8 a cada 100 mil pessoas.

Em relação aos países, o que registrou maior taxa de homicídios em 2021 foi a Jamaica, com 52,13 a cada 100 mil habitantes, seguida por África do Sul (42,40) e Saint Lucia (38,96). Veja abaixo o ranking dos dez países com as maiores taxas de homicídio por 100 mil habitantes em 2021, segundo dados da UNODC.

- Jamaica: 52,13;

- África do Sul: 42,40;

- Saint Lucia: 38,96;

- Honduras: 38,25;

- Belize: 31,25;

- Ilhas Turcas e Caicos: 31,03;

- São Vicente e Granadinas: 30,67;

- São Cristóvão e Névis: 29,41;

- Trinidad e Tobago: 29,36;

- Bahamas: 29,17;

O Brasil aparece em 14º lugar na lista, com 21,26 homicídios a cada 100 mil habitantes.

Durante o ano de 2021, a África registrou o maior número absoluto de homicídios intencionais: cerca de 176 mil. Em seguida, estão as Américas, com mais de 154 mil homicídios, Ásia, com 109 mil, Europa, com 17 mil, e Oceania, com 1 mil.

Já em relação às taxas de homicídio por habitantes, as Américas ficam em primeiro lugar, com 15 homicídios por 100 mil habitantes, na frente de África (12,7), Oceania (2,9), Ásia (2,3) e Europa (2,2).

O relatório da ONU indica que houve estabilidade no número absoluto de homicídios nas últimas duas décadas, com uma oscilação entre cerca de 400 mil e 450 mil vítimas globalmente por ano, mas classificou o ano de 2021 como "excepcionalmente letal" com seus 458 mil homicídios estimados. Segundo o estudo, isso pode ser atribuído a vários fatores, entre eles as repercussões econômicas das restrições relacionadas à pandemia de covid-19 e o aumento de violência sociopolítica e relacionada a gangues.

Brasil lidera em números absolutos

Apesar de não aparecer no top 10 dos países com maiores taxas de homicídio, tendo registrado taxa de 21,26 por 100 mil habitantes em 2021, o Brasil lidera o ranking de países com mais homicídios em números absolutos: no ano em questão, o País registrou 45.562 homicídios.

O relatório estabelece os dez países com mais homicídios em números absolutos com base em dados de 2021 ou do ano mais recente disponibilizado por cada nação, o que faz a Nigéria aparecer em segundo lugar, com registro de 44.200 homicídios em 2019.

O texto destaca que esses dez países representaram combinados mais de 50% das vítimas de homicídio no mundo, apesar de representarem apenas 37% da população global.

Veja abaixo o ranking dos dez países com mais homicídios em números absolutos (dados de 2021, exceto quando indicado outro ano).

- Brasil: 45.562 homicídios;

- Nigéria: 44.200 homicídios (2019);

- Índia: 41.330 homicídios;

- México: 35.700 homicídios;

- África do Sul: 25.181 homicídios;

- Estados Unidos: 22.941 homicídios;

- Myanmar: 15.299 homicídios;

- Colômbia: 13.223 homicídios;

- Rússia: 9.866 homicídios;

- Paquistão: 9.068 homicídios.

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A assessoria da presidência da Câmara dos Deputados desmentiu nota divulgada na manhã de hoje pela assessoria da Comissão Mista de Orçamento (CMO) sobre o adiamento da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2025.

O comunicado dizia que a nova previsão para a votação do PLOA na CMO era entre 31 de março a 4 de abril devido à viagem dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ao Japão. A presidência não confirmou o adiamento, e por isso a votação do Orçamento está mantida para a semana que vem.

O presidente do Partido Verde (PV) na Bahia, Ivanilson Gomes, foi sequestrado na sexta-feira, 14, após bandidos invadirem a sede da legenda no bairro Rio Vermelho, na capital baiana. Os funcionários que estavam na hora do crime foram roubados.

Até o momento, a Polícia Civil da Bahia e o partido não se manifestaram. De acordo com a Rádio Sociedade, da Bahia, os criminosos entraram em contato com familiares de Gomes e pediram dinheiro para libertá-lo. O valor ainda não foi divulgado.

Gomes foi levado pelo bando que invadiu a sede do partido à Rua João Gomes, número 160. Em um primeiro momento, as vítimas pensaram se tratar apenas de um roubo, mas logo evoluiu para o sequestro do presidente da legenda.

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A vereadora Aladilce (PCdoB) se manifestou nas redes sociais sobre o sequestro do aliado. "A política não deve ser um espaço de insegurança para ninguém. Envio minha solidariedade ao presidente estadual do Partido Verde (PV), Ivanilson Gomes, e aos seus familiares (...) Espero que ele retorne em segurança e ileso. É fundamental que haja uma investigação minuciosa e que os responsáveis sejam devidamente punidos", afirmou, por meio de nota.

A Câmara dos Deputados divulgou comunicado neste sábado, 15, confirmando o adiamento da votação do Orçamento deste ano, que estava marcada para a próxima semana. A nova previsão para votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2025 na Comissão Mista de Orçamento (CMO) é entre 31 de março a 4 de abril. O plenário do Congresso vai votar logo após a aprovação na CMO. A informação foi antecipada ontem pelo Broadcast.

O adiamento se deve à viagem dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que acompanharão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em visita oficial ao Japão, de 24 a 27 de março.

Também há empecilhos de ordem técnica para a votação, já que o governo fez uma série de sugestões de mudanças nesta semana, e entraves políticos que contribuíram para o adiamento. A redução de R$ 7,7 bilhões nos gastos do Bolsa Família, antecipada pelo Broadcast, que o governo argumenta ter sido viabilizada por causa de ações de pente-fino no programa, é citada como uma possível "armadilha" para o Congresso - que teria de dar o aval a essa redução e também poderia arcar com um ônus político.

Também há duas rubricas que podem causar atrito com a bancada ruralista. Uma delas prevê o acréscimo de R$ 400 milhões no Orçamento para "aquisição e distribuição de alimentos da agricultura familiar para promoção da segurança alimentar e nutricional". Outra, o aumento de R$ 350 milhões para a "concessão de crédito para aquisição de imóveis rurais e investimentos básicos - Fundo de Terras". Essas duas rubricas são citadas por esses congressistas como uma forma de beneficiar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).