Tragédia do submarino Titan, que implodiu durante expedição ao Titanic, completa um ano

Internacional
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Um ano após um submersível experimental implodir a caminho do Titanic, ainda há perguntas sem respostas. Esta terça-feira, 18, marca o aniversário da tragédia do submarino Titan, que desapareceu a caminho do local do naufrágio histórico. Após uma busca de cinco dias que capturou a atenção do mundo, as autoridades disseram que a embarcação havia implodido e que todas as cinco pessoas a bordo morreram.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos rapidamente convocou uma investigação de alto nível sobre o ocorrido. Preocupações incluíam o design não convencional do Titan e a decisão de seu criador de ignorar verificações independentes padrão.

A Guarda afirma que submersível implodiu em virtude da "catastrófica perda de pressão interna na cabine". Agora, as autoridades tentam determinar o que causou tal incidente, já que uma implosão subaquática ocorre quando uma embarcação não funciona em perfeito estado.

Autoridades da Guarda Costeira dos EUA disseram em um comunicado na semana passada que não estariam prontas para divulgar os resultados da investigação até o aniversário. Uma audiência pública para discutir as conclusões não ocorrerá por pelo menos mais dois meses, disseram.

Os investigadores "estão trabalhando em estreita colaboração com nossos parceiros nacionais e internacionais para garantir uma compreensão abrangente do incidente", disse Jason Neubauer, presidente da Junta de Investigação Marítima, descrevendo a investigação como um "esforço complexo e contínuo."

O Titan era propriedade de uma empresa chamada OceanGate, que suspendeu suas operações em julho passado, pouco depois da tragédia. A OceanGate se recusou a comentar.

O que aconteceu?

O submarino Titan fez seu último mergulho em 18 de junho de 2023, uma manhã de domingo, e perdeu contato com seu navio de apoio cerca de duas horas depois. Quando foi relatado como atrasado naquela tarde, os resgatadores enviaram navios, aviões e outros equipamentos para a área, cerca de 700 quilômetros ao sul de St. John's, no Canadá.

Além do cofundador da OceanGate, Stockton Rush, a implosão matou dois membros de uma família paquistanesa, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood; o aventureiro britânico Hamish Harding; e o especialista em Titanic Paul-Henri Nargeolet.

Harding e Nargeolet eram membros do The Explorers Club, uma sociedade profissional dedicada à pesquisa, exploração e conservação de recursos. "Isso nos afetou profundamente em um nível pessoal", disse o presidente do grupo, Richard Garriott, em uma entrevista na semana passada. Garriott disse que haverá uma celebração de lembrança para as vítimas do Titan esta semana em Portugal, na Cúpula Global de Exploração anual.

Em outubro do ano passado, a Guarda Costeira dos Estados Unidos recuperou os destroços restantes do submersível, incluindo supostos restos humanos. A recuperação ocorreu no fundo do oceano, a cerca de 488 metros de distância do Titanic e a uma profundidade de 3,8 mil metros.

Tragédia não impedirá a exploração em águas profundas

A empresa da Geórgia que possui os direitos de salvamento do Titanic planeja visitar o transatlântico afundado em julho usando veículos operados remotamente, e um bilionário do setor imobiliário de Ohio disse que planeja uma viagem ao naufrágio em um submersível para duas pessoas em 2026.

Vários exploradores de águas profundas disseram à Associated Press que o desastre do Titan abalou a comunidade mundial de exploradores, mas ela permanece comprometida em continuar suas missões para expandir a compreensão científica do oceano.

Garriott, presidente do The Explorers Club, acredita que o mundo está em uma nova era dourada de exploração submarina, graças aos avanços tecnológicos que abriram fronteiras e forneceram novas ferramentas para estudar mais profundamente locais já visitados. A tragédia do Titan não manchou isso, disse ele. "O progresso continua", disse ele. "Na verdade, sinto-me muito confortável e confiante de que agora seremos capazes de prosseguir."

A veterana exploradora de águas profundas Katy Croff Bell disse que a implosão do Titan reforçou a importância de seguir os padrões da indústria e de realizar testes rigorosos. Mas na indústria como um todo, "o histórico de segurança tem sido muito bom por várias décadas", disse Bell, presidente da Ocean Discovery League, uma organização sem fins lucrativos. Fonte: Associated Press.

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A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República reformou seu entendimento anterior e permitiu que a ministra da Cultura, Margareth Menezes, fosse paga com recursos públicos pelos shows que fez durante o carnaval deste ano - ela saiu de férias para se dedicar às atividades privadas.

Como revelou o Estadão em março de 2024, a CEP havia decidido que a ministra só poderia fazer shows pagos com dinheiro privado. A comissão chegou a liberar os shows pagos com verba pública já contratados na época, mas vedou as "apresentações futuras" custeadas desta forma.

Margareth Menezes recebeu pelo menos R$ 640 mil das prefeituras de Salvador (BA) e Fortaleza (CE) pelos shows que fez nas cidades em 2025. A informação foi publicada pelo Metrópoles e confirmada pelo Estadão. O salário de ministros de Estado, desde 1.º de fevereiro, está em R$ 46.366,19. Antes de ir faturar na folia deste ano, a ministra fez nova consulta à Comissão de Ética, pedindo esclarecimentos sobre as decisões de 2024.

ESTADOS E MUNICÍPIOS

O colegiado, controlado por aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entendeu que só há impedimento no caso de verba federal. Cachês pagos por Estados e municípios estão liberados. "A simples participação em eventos que, indiretamente, sejam beneficiados por patrocínios estaduais ou municipais não configura, por si só, conduta antiética, desde que a negociação tenha sido conduzida de maneira autônoma e transparente, sem interferência da autoridade pública", escreveu o presidente do colegiado, Manoel Neto.

A equipe da ministra reiterou que a Comissão de Ética só proibiu o recebimento de verba federal, mas que pagamentos feitos por municípios ou Estados estão autorizados. Disse ainda que, durante o carnaval, a ministra "exerceu sua profissão de cantora fora do horário de trabalho, garantindo que suas apresentações não interferissem nas responsabilidades do seu cargo, seguindo todos os preceitos legais".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 15, que articula com senadores para barrar a indicação feita por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal Militar (STM). No sábado passado, dia 8, Lula indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para ser ministra do STM, tribunal responsável por julgar crimes militares. Antes de assumir o cargo, porém, ela precisa passar por sabatina e aprovação no Senado.

"Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá. Não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar", afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio 93 FM Exclusiva, do Rio de Janeiro.

Caso seja admitida para o cargo, Verônica Abdalla Sterman assumirá uma cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte.

Ao justificar sua articulação, Bolsonaro afirmou que Verônica é "da mesma linha" da presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Na quarta-feira, 12, ao tomar posse como presidente do STM, a magistrada disse que vê crimes militares na conduta do ex-presidente, que é capitão reformado e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

"A (mulher) que está lá (no STM) no momento, ela assumiu a presidência e no mesmo dia falou que eu tinha que perder a patente de capitão e tirar os meus proventos", criticou Bolsonaro. "Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum. E essa mulher que está sendo indicada para lá agora é da mesma linha dessa presidente", disse.

O presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL), afirmou neste sábado, 15, que discussões sobre uma eventual candidatura dele a governador ou vice-governador só acontecerão em 2026. "Neste momento, nosso foco é a reeleição do governador Tarcísio, que deve ser candidato à reeleição. As demais vagas serão debatidas no momento oportuno", disse.

Conforme já adiantou o Broadcast Político, a prioridade do governo de São Paulo em parceria com a Alesp será a aprovação da privatização das travessias hídricas do Estado, ou seja, as balsas. A concessão patrocinada permitirá investimentos de R$ 1 bilhão ao longo do contrato de 20 anos.

Com leilão previsto para o segundo trimestre de 2025, a iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP). A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

"O governo quer privatizar essas travessias para melhorar a eficiência do serviço", afirmou o presidente. "Esse projeto será analisado pelas comissões e, após aprovação, seguirá para o Colégio de Líderes e, finalmente, para votação em plenário."

Em relação ao fato de Tarcísio ter se tornado o governador que mais vetou projetos da Alesp desde o governador José Serra (PSDB), Prado afirmou que isso só ocorreu por a Casa ter aprovado "muitos projetos".

"Tivemos um número expressivo de projetos aprovados nos últimos dois anos", disse o presidente da assembleia legislativa estadual. "Foram 206 projetos de iniciativa do Legislativo, dos quais mais de 90 foram sancionados - ou seja, quase 50%", assinalou.