Avião faz pouso de emergência na Nova Zelândia após suposta colisão com pássaros

Internacional
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Um avião da Virgin Australia realizou um pouso de emergência na Nova Zelândia na noite de segunda-feira, 17, depois que um de seus motores pegou fogo logo após a decolagem. Uma suposta colisão com pássaros tem sido apontada como a principal causa. O Boeing 737-800, que transportava 67 passageiros e seis tripulantes, pousou com segurança cerca de 50 minutos depois de deixar Queenstown, cidade na ilha sul do país. Não houve feridos, informou o diretor de operações da companhia aérea, Stuart Aggs. As informações são do The Guardian.

De acordo com os sites de rastreamento de voos, é possível ver que, após a decolagem, o avião seguiu para o sul de Queenstown ao invés de Melbourne, na Austrália, como estava programado. O avião realizou um padrão de espera enquanto sobrevoava a ilha sul antes de pousar no aeroporto de Invercargill, cerca de 150 km ao sul de Queenstown.

Segundo relatos de alguns passageiros, haviam chamas saindo de um dos motores e fortes estrondos, informou o New Zealand Herald. "Dentro de 10 segundos depois de decolar, ouvi um 'bang' alto, luzes douradas enchendo a cabine e uma explosão de chamas no motor direito", disse Michael Hayward, um dos passageiros, à rádio ABC.

De acordo com o The Guardian, o presidente executivo do aeroporto de Queenstown, Glen Sowry, informou nesta terça-feira, 18, que um pássaro preso no motor foi a causa mais provável do incidente. "Nesta fase, acreditamos que é altamente provável que tenha sido uma colisão com um pássaro, mas, até que o motor seja inspecionado pelos engenheiros em Invercargill, não poderemos confirmar isso com certeza", disse Sowry à RNZ.

As colisões com pássaros são um risco conhecido, mas os incidentes eram raros, disse o CEO. O aeroporto tomou medidas regulares de gestão de riscos, incluindo manter a grama curta e não permitir água parada nas proximidades. A taxa de aves que atingem aviões nos aeroportos da Nova Zelândia é de cerca de quatro em cada 10 mil movimentos de aeronaves, disse o regulador da aviação do país, em seu site.

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No domingo passado, dia 13, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de 12 horas para retirar aderências do intestino e reconstruir a parede abdominal.

Foi a sétima desde o episódio em o ex-presidente, na época candidato ao Planalto, foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira, em 6 de setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.

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Em meio ao debate sobre uma possível anistia aos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu prisão domiciliar a, pelo menos, seis pessoas sentenciadas por tentativa de golpe de Estado somente neste mês. As decisões se baseiam, principalmente, em laudos médicos que apontam condições graves de saúde ou no tempo de prisão preventiva já cumprido pelos réus.

O caso mais recente é o de Sérgio Amaral Resende, condenado a 16 anos e 6 meses de prisão por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. Ele também foi condenado, solidariamente com outros réus, ao pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos.

Resende cumpria pena na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, e teve a prisão convertida após sua defesa apresentar laudos que apontam sepse, necrose na vesícula e sequelas nos rins, pâncreas e fígado.

"O sentenciado no mês de fevereiro de 2025 teve alta do hospital do Paranoá, e não tem condições de permanecer no sistema prisional para tratar a sua saúde", diz o documento enviado ao STF.

A decisão favorável foi concedida na sexta-feira, 18. Ele é o terceiro nome da lista da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav) a obter o benefício por razões médicas.

Antes dele, Jorge Luiz dos Santos e Marco Alexandre Machado de Araújo também tiveram a pena convertida. Jorge Luiz apresentou laudo que indicava necessidade de cirurgia cardíaca. A defesa informou que ele sofre de hipertensão arterial grave e sopro cardíaco de grau 6, com pressão arterial fora de controle. Moraes autorizou a prisão domiciliar em 15 de abril.

Marco Alexandre estava preso desde abril de 2023. Segundo a Asfav, ele desenvolveu transtornos psicológicos durante a detenção, foi internado na ala psiquiátrica do presídio e atualmente faz uso de medicamentos para depressão. O benefício foi concedido em 11 de abril.

Na mesma data, Cláudio Mendes dos Santos e Ramiro Alves da Rocha Cruz Junior também obtiveram o direito à prisão domiciliar. No dia 13, a medida foi estendida ao indígena Helielton dos Santos.

As concessões de Moraes vêm acompanhadas de medidas cautelares: tornozeleira eletrônica, proibição de acesso a redes sociais (inclusive por terceiros), impedimento de contato com outros envolvidos nos ataques, veto à concessão de entrevistas - salvo autorização expressa do STF - e restrição de visitas a advogados, pais, irmãos e pessoas previamente autorizadas pelo Tribunal.

As decisões recentes ocorrem após a repercussão do caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos.

Ela foi presa por participação nos ataques e ganhou notoriedade após pichar, com batom, a frase "perdeu, mané" na estátua da Justiça em frente ao prédio do STF, imagem que viralizou nas redes sociais. Após dois anos na cadeia, a cabeleireira teve sua prisão convertida em domiciliar no mês passado.

Débora foi condenada a 14 anos de prisão pelos mesmos crimes de outros réus, incluindo tentativa de golpe e dano ao patrimônio público.

A comoção gerada por seu caso motivou manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que passaram a alegar desproporcionalidade na pena. Parte das críticas, porém, ignorava os crimes pelos quais ela foi efetivamente condenada, reduzindo sua participação ao gesto simbólico.