Rússia e Coreia do Norte assinam pacto que prevê assistência mútua em caso de 'agressão'

Internacional
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, assinaram nesta quarta-feira (19) um pacto que inclui uma promessa de ajuda mútua caso qualquer um dos países sofra "agressões".

Embora os detalhes não tenham ficado claros de imediato, o acordo poderá marcar a ligação mais forte entre Moscou e Pyongyang desde o fim da Guerra Fria. Ambos os líderes descreveram o pacto como um grande aprimoramento em suas relações, abrangendo segurança, comércio e investimento, além de laços culturais e humanitários.

Os líderes se encontraram em meio à primeira visita de Putin à Coreia do Norte em 24 anos. A reunião ocorreu em um momento em que os EUA e aliados expressam preocupações crescentes sobre um possível acordo de armas, pelo qual os norte-coreanos forneceriam a Moscou munições para sua guerra na Ucrânia, em troca de assistência econômica e transferências de tecnologia com o potencial de aumentar a ameaça representada pelas armas nucleares de Pyongyang.

Kim declarou que os dois países têm uma "amizade ardente" e prometeu total apoio à guerra da Rússia na Ucrânia.

Putin, por sua vez, disse que o pacto é um "documento inovador", que reflete o desejo mútuo de levar as relações bilaterais a um nível superior. Fonte: Associated Press.

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Um brasileiro investigado por suspeita de planejar atos terroristas foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira, 11, após ter sido citado em um relatório do FBI, o Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos.

O FBI notificou autoridades brasileiras depois de identificar comunicações sensíveis em fóruns e redes sociais, o que levou a PF a deflagrar a Operação Leviatã. Segundo a Polícia Federal, o objetivo é "reprimir atos preparatórios de terrorismo e incitação ao ódio praticados no ambiente digital".

As publicações analisadas demonstraram "predisposição do investigado para a prática de atos violentos" e "alinhamento com ideologias de intolerância", informou a PF.

Os policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa dele, em Pocinhos, cidade de 17 mil habitantes na Paraíba, a 150 quilômetros de João Pessoa.

Foram apreendidos celulares, mídias e dispositivos de armazenamento de dados. Em comunicado, a PF afirmou que os materiais são "fundamentais para o avanço da investigação, que tem como foco o combate ao extremismo violento e à propagação de ameaças contra a segurança nacional".

O objetivo nesta semana é colher provas para aprofundar a investigação e identificar possíveis coautores. Segundo as primeiras informações da investigação, o homem participava de grupos usados para circular discursos de ódio e adesão a ideologias extremistas, com motivações raciais e étnicas.

O vereador Raul Marcelo (PSOL) pediu, por meio de um requerimento protocolado nesta sexta-feira, 11, que a gestão Rodrigo Manga (Republicanos), prefeito de Sorocaba, interior de São Paulo, anule imediatamente o contrato com o Instituto de Atenção à Saúde e Educação (IASE). O opositor destaca que o governo Manga já destinou mais de R$ 100 milhões à entidade, dos quais R$ 62 milhões entre 2022 e 2024, e outros R$ 38 milhões no contrato vigente até março de 2025.

Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão buscou contato com a defesa do IASE, mas sem sucesso. O espaço está aberto.

A cobrança pela rescisão do contrato foi protocolada um dia depois da deflagração da Operação Copia e Cola, da Polícia Federal. Nesta quinta, 10, a PF fez buscas até na residência de Manga, no âmbito de investigação sobre suposto esquema de corrupção na saúde pública.

Em meio às buscas, os agentes federais apreenderam dinheiro, armas e um carro de luxo com outros investigados. Maços de dinheiro foram encontrados em cofres e em caixas de papelão. No endereço de um suspeito, em São Paulo, havia R$ 863.854,00. A Justiça autorizou o sequestro de bens dos alvos da Operação Copia e Cola até o limite de R$ 20 milhões.

Dinheiro foi encontrado em cofres e caixas de papelão

O inquérito aponta indícios de fraudes na contratação de organização social para administrar unidades de saúde da prefeitura de Sorocaba. Também há suspeitas sobre operações financeiras para lavagem de dinheiro, como depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.

Segundo Raul Marcelo, o IASE é o responsável pela gestão da UPH da Zona Oeste da cidade. O vereador assinala que a apuração envolve 'a antiga Aceni, organização social que já gerenciou a UPA do Éden e que agora opera sob o nome de IASE'.

O requerimento do político do PSOL será debatido pelos parlamentares na próxima sessão da Câmara de Sorocaba.

"De acordo com reportagens publicadas pela imprensa, os contratos firmados entre o governo Manga e a Aceni estão entre os alvos da investigação", afirma. "Além disso, há decisão judicial que impede a contratação de entes públicos com essa entidade. No entanto, mesmo após a mudança de nome e de CNPJ, a gestão da saúde continua sob responsabilidade das mesmas pessoas jurídicas, conforme apontado pelo Tribunal de Contas do Estado."

"Não podemos permitir que Sorocaba continue gastando dinheiro público com uma entidade envolvida em graves denúncias de corrupção. Estamos falando da saúde da população, de vidas. É preciso romper imediatamente esse vínculo e garantir uma gestão pública transparente, eficiente e livre de esquemas fraudulentos", questiona o vereador.

Defesa

No dia da operação, a prefeitura informou que colabora com as investigações. A defesa do prefeito, sob comando do criminalista Daniel Bialski, considera que a busca da PF nos endereços de Manga foi 'desnecessária e abusiva'.

Para Bialski, a PF 'tenta proceder a ilegal pesca probatória para investigar a pessoa, o que é vedado por nossa legislação'. Ele suspeita de 'uso político' da PF, 'induzindo a Justiça em erro'.

A prefeitura considera que a Operação Copia e Cola ocorre 'em um momento de grande projeção da cidade e do nome do prefeito Rodrigo Manga no cenário nacional, inclusive pontuando com destaque em pesquisas para governador do Estado e presidente do Brasil'.

A Polícia Federal terminou nesta sexta-feira, 11, a contagem do dinheiro apreendido na Operação Copia e Cola, que investiga o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e aliados por suspeita de desvios de recursos da Saúde. O total foi de R$ 1.760.157,00.

A maior parte do dinheiro - R$ 863.854,00 - estava em caixas de papelão encontradas em um carro em São Paulo. O veículo pertence a um pastor apontado como operador financeiro do suposto esquema.

Grande quantia - R$ 646.350,00 - também foi apreendida em um endereço em Araçoiaba.

A Justiça autorizou o sequestro de bens dos investigados até o limite de R$ 20 milhões.

A Polícia Federal investiga indícios de fraudes na contratação de uma organização social para administrar unidades de saúde da prefeitura. O inquérito também mira operações suspeitas que aparentam ter sido usadas para lavagem de dinheiro, como depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.

Em nota, a defesa do prefeito classificou a busca na casa dele como "desnecessária e abusiva". "Não existe qualquer elemento, mínimo que fosse, que pudesse relacionar o prefeito a atos ilícitos", afirmam seus advogados (leia a íntegra da manifestação ao final da matéria).

Veja quanto foi apreendido pela PF em cada cidade:

- Itu - R$ 89.050,00

- Sorocaba - R$ 36.781,00

- Santos - R$ 123.800,00

- Araçoiaba - R$ 646.350,00

- São Paulo - R$ 863.854,00

COM A PALAVRA, A DEFESA DO PREFEITO

Os advogados do Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, reeleito com aprovação recorde da cidade, explicitam que causou surpresa, para não se dizer, desde logo, algo mais incisivo, a busca e apreensão, desnecessária e abusiva, ocorrida nesta manhã. Os supostos fatos investigados são de 2021 e, no pouco que a defesa obteve acesso, não existe qualquer elemento, mínimo que fosse, que pudesse relacionar o prefeito a atos ilícitos. A Polícia Federal tenta proceder a ilegal "pesca probatória" para investigar a pessoa, o que é vedado por nossa legislação. A defesa vê tal ato com enorme preocupação, justamente porque não se pode permitir que se faça uso político de nossa força policial, induzindo o Poder Judiciário em erro.

Daniel Leon Bialski, Bruno Garcia Borragine, André Mendonça Bialski, Flávia Maria Ebaid e Júlia Zonzini

COM A PALAVRA, A PREFEITURA DE SOROCABA

A investigação da Polícia Federal envolvendo uma OS (Organização Social) acontece em 13 cidades, tais como São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, entre outras, sendo Sorocaba uma delas. Nesse sentido, está havendo plena colaboração com as autoridades, para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos, o mais brevemente possível.

Vale destacar que a operação acontece em um momento de grande projeção da cidade e do nome do prefeito Rodrigo Manga no cenário nacional, inclusive pontuando com destaque em pesquisas para governador do Estado de São Paulo e presidente do Brasil. Não é a primeira vez na história que vemos "forças ocultas" se levantarem contra representantes que se projetam como uma alternativa ao sistema e dão voz ao povo.

Recentemente, por exemplo, Rodrigo Manga entrou em embates contra o aumento de impostos de alimentos básicos, combustíveis e remédios, bem como a criação de novos pedágios.