Netanyahu lamenta 'ataques pessoais' depois de resposta da Casa Branca sobre armas

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu as declarações da Casa Branca relativamente às suas alegações de que os EUA estão atrasando as entregas de armas a Israel como "ataques pessoais", mas disse que suportaria estes ataques desde que Israel recebesse as munições.

Nesta quinta-feira, 20, o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os EUA estão "perplexos" com as alegações de Netanyahu no início desta semana de que os EUA estavam atrasando a entrega de armas e criando gargalos. Kirby disse que essas afirmações estavam incorretas.

Netanyahu, em um comunicado divulgado pelo seu gabinete, disse: "Estou pronto para sofrer ataques pessoais desde que Israel receba dos Estados Unidos a munição de que necessita na guerra para a sua existência". O israelense tem enfrentado problemas políticos internos crescentes, e analistas disseram que seus comentários na terça-feira, 18, sobre atrasos na entrega de armas provavelmente visavam reforçar o apoio entre sua base de direita em Israel e os apoiadores do país nos EUA, e não pareciam indicar escassez real de armas.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na terça-feira que a única pausa nas entregas de armas estava relacionada a certas bombas pesadas desde maio. O presidente dos EUA, Joe Biden, atrasou o envio das bombas de 2.000 libras devido às preocupações com a morte de civis em Gaza por Israel. No entanto, a administração não mediu esforços para evitar qualquer sugestão de que as forças israelenses tenham ultrapassado uma linha vermelha no aprofundamento da operação na cidade de Rafah, no sul, o que desencadearia uma proibição mais abrangente de transferências de armas.

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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) afirmou na noite da segunda-feira, em entrevista ao SBT Brasil, que a população não quer outro nome da direita como candidato a presidente que não seja ele próprio e "ponto final". Ele disse que as eleições de 2026 sem a sua presença são uma "negação à democracia". "Quer queira, quer não, eu sou o maior líder da direita na América do Sul", avaliou.

"O quadro que está no momento é eu registro a minha candidatura no último momento. O TSE tem poucas semanas para decidir. Eu acredito que até lá, eu esteja movimentando multidões pelo Brasil. A esquerda não vai ter um nome para se apresentar como razoável candidato. Se for o Lula, pior ainda. Não tem liderança formada pela esquerda no Brasil", declarou Bolsonaro, na entrevista.

Ele disse ainda que na direita há "bons nomes" de presidenciáveis, mas que cada um deve "cavar" espaço do respectivo partido.

"Esses candidatos têm que começar a rodar pelo Brasil. Fazer realmente o seu trabalho para ganhar simpatia, confiança, da população", afirmou Bolsonaro. "Como pode a maior liderança da direita estar fora da cédula eleitoral? Não tem cabimento", declarou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebe nesta terça-feira, 22, o presidente da República do Chile, Gabriel Boric, que está em visita de Estado ao Brasil. O primeiro compromisso da agenda bilateral será a cerimônia oficial de chegada de Boric ao Palácio do Planalto, marcada para as 10 horas.

Ainda pela manhã, eles têm reunião restrita e depois uma reunião ampliada. Ao meio-dia, assinam atos e logo depois fazem uma declaração à imprensa em conjunto.

Ainda dentro da recepção oficial, Lula e a primeira-dama Janja Lula da Silva oferecem um almoço ao presidente do Chile no Palácio do Itamaraty, com início previsto às 13h20.

No início da noite, a agenda de Lula ainda prevê participação no encerramento de fórum de empresários dos dois países, a partir das 18 horas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte do papa Francisco, morto nesta segunda-feira, 21, e o chamou de representante "do acolhimento, da paz e da esperança" na Igreja Católica. Lula também chamou Francisco de "o mais brasileiro dos argentinos" ao lembrar da paixão dele pelo futebol. O bispo de Roma era torcedor ilustre do San Lorenzo de Almagro, clube de Buenos Aires.

"Embora o dia de hoje seja de muita tristeza, vamos nos lembrar para sempre da alegria do papa Francisco. Do sorriso que iluminava a tudo e a todos, o entusiasmo pela vida, o bom humor, o otimismo e a paixão pelo futebol, qualidade que fazia dele o mais brasileiro dos argentinos", afirmou.

Lula também afirmou que, durante o papado de Francisco, iniciado em 2013, o bispo de Roma teve uma atenção maior com os excluídos. O petista também destacou os alertas feitos por ele sobre a crise climática, as ameaças de destruição do planeta e as recentes guerras.

"Francisco foi o papa de todos, mas principalmente o dos excluídos, os dos mais pobres, dos injustiçados, dos imigrantes, dos que não tem voz, das vítimas da fome e do abandono", afirmou Lula.

Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, devem ir ao Vaticano acompanhar o velório do pontífice. Em testamento, Francisco pediu para ser sepultado na Igreja de Santa Maria Maggiore, em Roma. A comitiva presidencial deve ser definida nesta terça-feira, 22, e a data da viagem depende dos protocolos do Vaticano.

Horas depois do Vaticano anunciar a morte de Francisco - que tinha 88 anos - o governo federal emitiu uma nota de pesar. Lula disse que o bispo de Roma foi uma "voz de respeito e acolhimento ao próximo".

"O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos", disse Lula, que também decretou luto oficial no País de sete dias como homenagem ao pontífice.

O Vaticano divulgou que Francisco morreu na madrugada desta segunda devido a um acidente vascular cerebral (AVC) e um colapso cardiocirculatório. O novo papa deve ser definido nos próximos dias após um conclave - eleição interna entre os cardeais da Santa Sé.