Guia da convenção democrata: onde assistir? Quando acontece? Quem participa?

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Os holofotes da política americana se voltam para a Convenção Nacional do Partido Democrata de 2024, que começa nesta segunda-feira, 19, em Chicago, onde 5 mil delegados do partido irão se reunir para aprovar uma nova plataforma partidária e formalizar as candidaturas da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, e do governador de Minnesota, Tim Walz, como a chapa democrata que irá enfrentar Donald Trump e J.D. Vance em novembro.

No início de agosto, Kamala garantiu a quantidade necessária de delegados para se tornar a candidata democrata à Casa Branca. A vice-presidente americana não enfrentou nenhum candidato nas primárias, principalmente por conta do apoio que recebeu do presidente americano Joe Biden após a sua desistência da corrida presidencial no dia 21 de julho. No dia 6 de agosto, Kamala escolheu Tim Walz como seu companheiro de chapa e eles foram certificados como os candidatos do partido no dia seguinte.

A convenção deve ressaltar o otimismo injetado pela campanha da vice-presidente desde que Biden desistiu da corrida presidencial, além de tentar mostrar as realizações do governo democrata. Apesar disso, grandes protestos são esperados do lado de fora da convenção por manifestantes contrários ao apoio de Biden a Israel durante a guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.

Saiba mais sobre a Convenção Nacional do Partido Democrata:

Quando vai ser a convenção?

A Convenção Nacional do Partido Democrata vai começar nesta segunda-feira, 19, em Chicago. O evento está programado para terminar na quinta-feira, 22, quando a vice-presidente Kamala Harris deve realizar um discurso para aceitar formalmente a nomeação do Partido Democrata à presidência.

A convenção será realizada no United Center, que tem capacidade para mais de 20 mil pessoas e é a casa do Chicago Bulls, time de basquete da NBA. Somente delegados e suplentes credenciados, bem como convidados e membros da mídia, poderão comparecer pessoalmente.

Quem participa da convenção?

Cerca de 50 mil pessoas são esperadas na convenção em Chicago, incluindo milhares de delegados escolhidos pelos comitês estaduais do partido, bem como superdelegados, que são políticos eleitos pela legenda no Senado ou na Câmara dos Deputados, membros notáveis do Partido Democrata, como presidentes e ex-presidentes, e membros do Comitê Nacional Democrata.

Milhares de profissionais da imprensa também estarão presentes, assim como celebridades. Kerry Washington, Tony Goldwyn, Mindy Kaling e Ana Navarro serão os apresentadores da convenção.

Quem vai discursar?

O presidente americano Joe Biden deve discursar nesta segunda-feira, assim como a primeira-dama Jill Biden. A ex-secretária de Estado e candidata presidencial democrata de 2016, Hillary Clinton, também discursa hoje. O prefeito de Chicago, Brandon Johnson, deve realizar um discurso de boas vindas aos democratas na cidade.

Na terça-feira, 20, o ex-presidente Barack Obama deve discursar, assim como o governador de Illinois, JB Pritzker, e o segundo-cavalheiro, Douglas Emhoff. Também na terça-feira, os democratas realizarão o que chamam de "celebração nominal" para formalizar a candidatura de Kamala Harris e Tim Walz. A medida será cerimonial porque a votação oficial foi realizada de forma online no início de agosto para garantir que a chapa apareceria em todas as cédulas estaduais. Na convenção, membros de todas as 57 delegações votarão de forma simbólica em Kamala e Walz como os candidatos à presidência e à vice-presidência do partido.

Na quarta-feira, 21, Walz deve discursar e aceitar a nomeação democrata, assim como o ex-presidente Bill Clinton, a ex-presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, e o secretário de Transportes, Pete Buttigieg. O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e o líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, também vão discursar.

Na quinta-feira, 22, Kamala Harris vai aceitar formalmente a candidatura do Partido Democrata e fechar a convenção com um discurso.

Onde assistir?

A transmissão ao vivo oficial da convenção será no site DemConvention.com, bem como no YouTube, X, TikTok, Instagram e Facebook. A programação da convenção será transmitida ao vivo a partir das 19h15 até 00h (horário de Brasília) nesta segunda-feira e das 20h até 00h (horário de Brasília) nos outros dias da convenção.

O Estadão realiza a cobertura completa do evento no site e nas redes sociais.

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A defesa do ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência Filipe Garcia Martins pediu permissão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para circular livremente por Brasília entre segunda-feira, 21, e a quarta-feira, 23. A defesa de Martins também quer que ele não perca a liberdade condicional caso seja fotografado ou gravado por profissionais da imprensa.

Nesta quinta-feira, 17, Moraes permitiu que Filipe Martins possa acompanhar presencialmente o julgamento da Primeira Turma do STF na próxima terça-feira, 22. Neste dia, o colegiado vai começar a julgar se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-assessor e outras cinco pessoas por participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Moraes garantiu a presença de Filipe Martins no julgamento e o autorizou a "se deslocar tão somente entre aeroporto, hotel e o local da sessão de julgamento". O desembargador Sebastião Coelho, que defende o ex-assessor, argumenta que ele deve ter o direito de circular pela capital federal, mas se resguardar no período noturno.

"Com o devido respeito, tal formulação impõe uma restrição mais severa do que aquela já observada pelo Requerente em sua comarca de origem (Ponta Grossa-PR), onde cumpre medida cautelar de recolhimento domiciliar noturno, com monitoramento eletrônico, mas com possibilidade de circulação durante o período diurno dentro dos limites da comarca", disse Coelho.

Segundo o desembargador, caso Martins fique limitado a transitar entre o aeroporto, o hotel e o STF, o ex-assessor poderá ser submetido a "constrangimentos operacionais e jurídicos desnecessários, inclusive no acesso à alimentação, cuidados pessoais, reuniões com a defesa técnica ou deslocamentos imprevistos".

Ao ganhar o direito à prisão domiciliar, em agosto do ano passado, Martins teve que seguir medidas cautelares como o uso de tornozeleiras eletrônicas e a proibição de conceder entrevistas e a proibição de utilizar redes sociais, com uma multa de R$ 20 mil por publicação feita por ele.

O advogado de Filipe Martins pediu a Moraes que não o puna por "imagens, vídeos ou registros" feitos por pessoas comuns ou profissionais de imprensa. No último dia 7, o ministro do STF multou o ex-assessor em R$ 20 mil por ele aparecer em uma publicação de Sebastião Coelho feita em outubro do ano passado.

"Que seja integrada e esclarecida a decisão, com a inclusão expressa de ressalva quanto à responsabilização do Requerente por imagens, vídeos ou registros feitos por terceiros, inclusive profissionais da imprensa, para que tais exposições involuntárias não sejam interpretadas como violação das medidas cautelares impostas, sobretudo diante da publicidade inerente ao julgamento e da impossibilidade fática de controle sobre a circulação de registros audiovisuais em ambiente digital", solicitou o defensor.

Martins passou seis meses preso preventivamente durante a condução do inquérito dos atos golpistas. A justificativa foi de que ele teria tentado fugir do Brasil para escapar da investigação. O nome do ex-assessor constou em uma lista de passageiros do avião presidencial que decolou para Orlando, nos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022. A defesa, posteriormente, defendeu que ele não embarcou e estava no Brasil naquele dia e o ex-assessor foi solto.

A PGR imputou a ele a confecção de uma das minutas do golpe, aquela que previa prender Moraes, o também ministro do STF Gilmar Mendes, além do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), então presidente do Senado.

Além de Martins, a Primeira Turma do STF vai decidir, a partir das 14 horas da terça, se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Fernando de Sousa Oliveira, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira de Alencar, Mário Fernandes e Silvinei Vasques.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um episódio de alteração da pressão arterial, que já foi controlado, segundo boletim médico divulgado no início da tarde deste sábado, 19. Ele continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta.

O relatório médico informou que o ex-presidente continua em jejum oral, se alimentando via corrente sanguínea, já que ainda não apresentou "movimentos intestinais efetivos". A equipe médica informou que serão intensificadas as sessões de fisioterapia motora e outras medidas de reabilitação.

O ex-presidente passou por uma cirurgia de cerca de 12 horas no último domingo, 13, para desobstruir uma dobra no intestino delgado que dificultava seu trânsito intestinal. Segundo a equipe médica responsável pelo procedimento, o pós-operatório deverá ser "prolongado".

Bolsonaro foi atendido com urgência na sexta-feira, 11, após sentir fortes dores abdominais durante um evento do PL no Rio Grande do Norte. Ele foi levado de helicóptero a um hospital em Natal e, na noite do sábado seguinte, transferido para Brasília em uma aeronave equipada com UTI aérea.

A família Bolsonaro tem compartilhado registros do pós-operatório nas redes sociais. Na manhã deste sábado, a página de Bolsonaro no Instagram publicou um vídeo em que o ex-presidente agradece o apoio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que o acompanha durante a internação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é reprovado por 59,1% e aprovado por 37,1% dos eleitores paulistas, de acordo com levantamento da Futura Inteligência. Outros 3,8% dos entrevistados não souberam ou se abstiveram de opinar sobre a gestão petista.

Na avaliação de governo, a maioria (54,1%)considera a gestão ruim ou péssima. Apenas 17,7% consideram a administração do petista regular. O trabalho de Lula é avaliado como bom e ótimo por 27,2% dos entrevistados.

A condição econômica do País é vista como péssima para a maioria dos paulistas (65,1%), com destaque pouco satisfatório para o combate a alta dos preços e a criança de empregos. Contudo, a inflação é a terceira maior preocupação dos entrevistados (15,9%), sendo a primeira a saúde (26%), seguida da educação (21,8%).

O levantamento indica ainda que Lula tem desempenho inferior ao do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em termos de popularidade no Estado. O chefe do Executivo paulista tem aprovação de 66,9% dos eleitores ao mesmo tempo em que 48,2% dos paulistas que classificam sua gestão como ótima ou boa.

Outros Poderes

Assim como o presidente Lula, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) também registram avaliação negativa em São Paulo, embora em proporção menor. A reprovação do trabalho do Congresso Nacional chega a 49,9%. Apenas 13,8% dos eleitores consideram ótimo ou bom enquanto 32,1% avaliam como regular.

Já em relação ao STF, a maioria (46,4%) avalia o poder como péssimo. A porcentagem daqueles que acreditam que o trabalho está regular ou bom está próxima, sendo de 23,1% e 27%, respectivamente.

A pesquisa Futura Inteligência entrevistou 1.000 eleitores do Estado de São Paulo, com 16 anos ou mais e entre os dias 5 e 9 de abril. A abordagem utilizada foi a CATI (entrevista telefônica assistida por computador). Conta com uma margem de erro de 3,1 pontos porcentuais (p.p.) e índice de confiança de 95%.