Trump retorna neste sábado ao local onde foi alvo de tentativa de assassinato

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O ex-presidente Donald Trump planeja retornar neste sábado, 5, ao local onde um homem tentou assassiná-lo em julho. O companheiro de chapa de Trump, o senador de Ohio JD Vance, também estará presente em Butler, na Pensilvânia, assim como o bilionário Elon Musk

A campanha está prevendo que dezenas de milhares de pessoas comparecerão ao que está sendo apresentado como um "tributo ao espírito americano". Os hotéis, motéis e pousadas locais estão supostamente lotados e alguns participantes ansiosos pelo comício já estavam chegando na sexta-feira, de acordo com uma página local do Facebook.

"O presidente Trump está ansioso para voltar a Butler, na Pensilvânia, para homenagear as vítimas daquele dia trágico", disse a porta-voz da campanha de Trump, Karoline Leavitt. "A disposição dos habitantes da Pensilvânia de se juntarem ao presidente Trump em seu retorno a Butler representa a força e a resiliência do país. Butler representa a força e a resiliência do povo americano", diz o porta-voz.

Trump usará o evento das 18h (horário de Brasília) para lembrar de Corey Comperatore, um bombeiro voluntário atingido e morto no comício de 13 de julho, e para homenagear os outros dois participantes do comício feridos, David Dutch e James Copenhaver. Eles e Trump foram atingidos quando o atirador Thomas Matthew Crooks, 20, abriu fogo de um telhado, antes de ser baleado fatalmente por atiradores de elite. A forma como Crooks conseguiu driblar o esquema de segurança naquele dia está entre as muitas perguntas que permanecem sem resposta sobre a pior falha do Serviço Secreto em décadas.

O condado de Butler, na extremidade oeste de um cobiçado estado de influência presidencial, é um reduto de Trump. Ele venceu o condado - onde a participação gira em torno de impressionantes 80% - com cerca de 66% dos votos tanto em 2016 quanto em 2020. Cerca de 57% dos 139 mil registrados do condado de Butler são republicanos, em comparação com cerca de 29% de democratas e 14% de outros.

Três meses depois do atentado, as pessoas da cidade estão divididas quanto ao valor do retorno. Heidi Priest, uma moradora de moradora de Butler que criou um grupo no Facebook de apoio a Harris, disse que a última visita de Trump alimentou as tensões políticas na cidade. "Sempre que você vê pessoas apoiando Trump e entusiasmadas com sua presença, isso assusta as pessoas que não querem que ele seja reeleito", diz ela.

Mas Trump precisa aumentar o comparecimento dos eleitores em redutos conservadores como Butler County, uma comunidade predominantemente branca, rural e suburbana, se ele quiser vencer na Pensilvânia em novembro. Harris também direcionou seus esforços de campanha para a Pensilvânia, reunindo-se lá repetidamente como parte de sua campanha agressiva em estados decisivos. / AP

Em outra categoria

Na matéria divulgada anteriormente, havia uma incorreção no título. Segue a versão corrigida.

A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP), que perderá o mandato após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 14, afirmou que é vítima de preconceito. Silvia é conhecida como a "indígena do Bolsonaro" e, junto a outros seis deputados, terá que deixar a Câmara dos Deputados.

"Essa decisão retira uma mulher do Norte, filha do Amapá, representante da Amazônia e indígena, que desde o início do mandato tem sofrido ataques e perseguições políticas. A discriminação contra parlamentares da nossa região não pode ser normalizada", afirmou Silvia, em nota.

A deputada federal é da etnia Waiãpi que está distribuída no Amapá, Pará e na Guiana Francesa. Ela era tenente do Exército e foi nomeada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para chefiar a Secretaria Nacional de Saúde Indígena (Sesai).

Silvia sugeriu ainda que a decisão mostra que o STF não quer uma "mulher indígena de direita" e que luta pela "igualdade sem vitimismos". "Eu defendo o Brasil e a sua soberania como nação. Isso não é comum, é assustador para muitos", completou.

Em junho do ano passado, Silvia ficou conhecida após ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) por utilização de verba pública de campanha eleitoral para procedimento de harmonização facial durante as eleições de 2022. Como a decisão do TRE-AP cabia recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela não deixou a Câmara.

Além de Waiãpi, os deputados que perderam o mandato foram Augusto Puppio (MDB-AP), Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lázaro Botelho (PP-TO), Lebrão (União-RO), Professora Goreth (PDT-AP) e Sonize Barbosa (PL-AP).

O Estadão procurou os seis deputados que perderam o mandato junto com Silvia, mas não havia obtido retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Cabe agora ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) refazer os cálculos para definir quem assume os mandatos. De acordo com cálculos feitos pela Rede, o PSB e os Podemos, os novos parlamentares serão Aline Gurgel (Republicanos-AP), André Abdon (PP-AP), Paulo Lemos (Psol-AP),Professora Marcivânia (PCdoB- AP), Rafael Bento (Podemos-RO), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Tiago Dimas (Podemos-TO).

O Estado do Amapá, de Silvia, tem oito parlamentares e metade vai ser renovada por conta da decisão do STF. Os quatro novos deputados são aliados políticos do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Em fevereiro do ano passado, o STF decidiu que todos os candidatos e partidos podem concorrer às sobras eleitorais. Os ministros derrubaram cláusulas, aprovadas em 2021, que condicionaram a distribuição das sobras ao desempenho dos partidos e exigiam um percentual mínimo de votação nos candidatos. A maioria da Corte entendeu que os filtros violam os princípios pluralismo político e da soberania popular.

O que ocorreu nesta quinta foi que o tribunal entendeu que a decisão tem efeitos retroativos, ou seja, afeta quem foi eleito com base nos critérios anulados. Votaram nesse sentido os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Kassio Nunes Marques, Flávio Dino, Dias Toffoli e Cristiano Zanin.

A maioria do Supremo considerou que a Corte não poderia chancelar os mandatos de parlamentares eleitos com base em uma regra considerada inconstitucional. Caso contrário, deputados que deveriam estar nos cargos seriam prejudicados.

Por outro lado, os ministros Cármen Lúcia, Edson Fachin, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e André Mendonça foram vencidos. Eles defenderam que a decisão deveria produzir efeitos somente para o futuro, sem afetar o mandato de parlamentares eleitos. Isso porque a Constituição prevê que a lei que alterar o processo eleitoral não se aplica à eleição que ocorrer em até um ano da data de sua vigência.

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste domingo, 16, contar com o apoio da bancada do PSD na Câmara dos Deputados para aprovar projeto de anistia aos presos e condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro.

Bolsonaro disse que o alinhamento se deu depois de uma conversa com o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, atual secretário de Governo e Relações Institucionais do Governo de São Paulo. "Eu, inclusive, há poucos dias, tinha um velho problema e resolvi com o Kassab, em São Paulo. Ele está ao nosso lado, com a sua bancada, para aprovar a anistia em Brasília", afirmou Bolsonaro. Procurado diretamente e por assessoria de imprensa, Kassab não se manifestou até o momento.

A bancada do PSD na Câmara dos Deputados conta com 44 integrantes. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ) afirmou neste domingo que vai pedir no colégio de líderes urgência na votação da proposta da anistia. O pedido, segundo ele, será feito pelos 92 deputados do PL e também por parlamentares de outros partidos, o que chamou de "surpresa".

Os bolsonaristas presos pelo 8 de Janeiro foram condenados por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) estimou em 400 mil o número de participantes do ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, na capital fluminense.

Em postagem na rede social X, a PMRJ diz que acompanhou a manifestação, e que o 19º Batalhão de Polícia Militar (19BPM) acompanhou o evento em conjunto com o Comando de Operações Especiais (COE) e o 1º Comando de Policiamento de Área (1CPA). A postagem informa, ainda, que não houve o registro de ocorrências.