Exposição “Chá, um viaduto. Algumas histórias.” celebra os 130 anos de uma das mais relevantes travessias de São Paulo

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Mais que um mero recurso de travessia, o Viaduto do Chá é um símbolo de modernidade para São Paulo. Essa é a defesa feita pela exposição Chá, um viaduto. Algumas histórias. , que entra em cartaz a partir deste sábado (10/12) na Chácara Lane, unidade do Museu da Cidade de São Paulo, instituição vinculada à Secretaria de Secretaria Municipal de Cultura. A mostra é reflexo de extensa pesquisa da curadora e historiadora da arte Ana Paula Nascimento e celebra 130 anos deste marco do urbanismo. Chá, um viaduto exigiu uma seleção iconográfica a partir de croquis, fotografias, cartões-postais, coleta de depoimentos, vídeo, obras de arte e registros de instalações, e poderá ser conferida até 28 de junho de 2023. Ao todo foram reunidas mais de 45 peças pertencentes ao acervo do Museu da Cidade de São Paulo e de outras instituições de memória, dentre elas as bibliotecas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e da Escola Politécnica (EP) da Universidade de São Paulo, além do Instituto Moreira Salles (IMS) e do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo. Entre as obras estão a reprodução de uma perspectiva de Flávio de Carvalho para o concurso de 1934, assim como as de Elisário Bahiana e Rino Levi, e registros do viaduto efetuados por grandes nomes da fotografia brasileira, como Marc Ferrez, Benedito Junqueira Duarte, Marcel Gautherot, Alice Brill e Juca Martins. “O grande propósito é mostrar o viaduto muito além de um lugar de passagem”, almeja a curadora. “Sobretudo, interessa levar ao conhecimento e à reflexão o simbolismo, o caráter representativo dessa estrutura para a cidade de São Paulo”, explica. “A exposição recupera a cronologia e contextualiza a relevância do Viaduto do Chá, trazendo informações que vão desde a inauguração do primeiro viaduto, feita em metal, até as interferências artísticas levadas a cabo no espaço em dias atuais”, completa. Espectador e palco constantes Tema de música e cenário de novela, o Viaduto do Chá é um dos grandes marcos da arquitetura paulista. A primeira estrutura, feita em treliça metálica, foi idealizada pelo litógrafo francês Jules Martin e oficialmente inaugurada em 6 de novembro de 1892 – sendo contemporânea à celebrada Torre Eiffel, construída em Paris em 1889 com o mesmo material. Trata-se do primeiro viaduto construído na capital paulista, ligando a colina do Triângulo Histórico ao então “Centro Novo”. Seu nome faz referência ao Morro do Chá, localizado na encosta da atual Rua Xavier de Toledo e às plantações de chá que existiam naquele período no Vale do Anhangabaú. Sua instalação suscitou o embelezamento da região, sendo criado o Parque Anhangabaú, concluído no final da década de 1910, ao lado dos edifícios de fachadas europeias. Com o aumento do trânsito, congestionamentos e forte urbanização do centro de São Paulo, a estrutura passou a dar sinais de fadiga. Para substituí-lo, a Prefeitura instituiu durante a década de 1930 um concurso para a construção de outro viaduto no mesmo local. Levou a proposta do arquiteto carioca Elisário Bahiana, responsável também por projetar, em uma das cabeceiras do Viaduto, o edifício que por muitos anos abrigou o Mappin.  Em 18 de abril 1938 o novo viaduto foi inaugurado ao lado do antigo, construção esta em concreto armado, com quase o dobro da largura. No dia, a estrutura metálica começou a ser desmontada. “O Chá é testemunha e parte ativa da transformação da região do Vale do Anhangabaú de quintal a centro simbólico, convertido em principal cartão-postal da cidade ao menos até meado do século 20”, relata a curadora. “É nesta área que por um período ocorre a maior travessia de pedestres da urbe. Mas, além das aglomerações e do trânsito intenso, ele presenciou e presencia comemorações, espetáculos, práticas comerciais, manifestações artísticas, atos cívicos e ações solitárias”, conclui. Percurso A mostra ocupa sete salas, distribuídas em dois andares da Chácara Lane. Na primeira galeria, o público se depara com fotografias realizadas ao longo da existência do viaduto, revelando uma São Paulo que se moderniza rapidamente ao longo do século 20. Nesse ambiente também estarão expostos cartões-postais que desvelam o magnetismo do viaduto. Na sala seguinte, os visitantes poderão conhecer as reproduções, tanto parcial do projeto de Jules Martin, como de alguns dos projetos que participaram do concurso para elaboração da nova versão do Chá. Em um ambiente anexo, o visitante encontra também espaço destinado à leitura e pesquisa de títulos, materiais acadêmicos e catálogos relacionados ao Viaduto e aos artistas com trabalhos na exposição. Na sala ainda uma maquete tátil do viaduto. Em seguida, o visitante irá se deparar com fotografias que colocam, lado a lado, as duas versões do viaduto – a estrutura metálica, desmontada, e a atual, de concreto armado – e também terá acesso a um ambiente dedicado a exibir vídeo-depoimentos de três professores vinculados à USP: Fraya Frehse, Regina Meyer e Ricardo Marques de Azevedo. No segundo andar, os visitantes terão acesso a registros e obras relacionadas às instalações artísticas. De Rubens Mano um nova apresentação de Detetor de ausências, reflexão a partir de apresentado em 1994 no contexto da exposição Arte cidade: a cidade e seus fluxos.De Ana Teixeira, que efetua ações desde a década de 1990, os registros e objetos de Escuto histórias de amor e Outra identidade. Ambos se valeram do Viaduto do Chá para discutir identidade, solidão e pertencimento. Em outra galeria são apresentadas fotografias que mostram cenas cotidianas no local: pedestres em passagem, multidões reunidas, trânsito movimentado... Também neste andar estão presentes os trabalhos de Paulo von Poser, artista apaixonado pela cidade de São Paulo, em especial pelo centro histórico. Ele também coordenou, junto com Carla Caffé, um desenho coletivo do Viaduto do Chá especialmente realizado  para a exposição pelos estudantes da disciplina que ministra na Escola da Cidade. Para finalizar, uma linha do tempo dessa estrutura tão emblemática da capital paulista.   Atualizações constantes De longa duração, Chá, um viaduto contará com ativações e novidades ao longo do período expositivo. Até o fim de janeiro, a mostra vai inaugurar uma sala com fotografias do viaduto realizadas por Cristiano Mascaro especialmente para a mostra. No mesmo mês, será montada uma projeção imersiva a partir de uma filmagem realizada por drone ao redor do Viaduto e do Vale do Anhangabaú, de modo a fazer com que o visitante sinta que está sobrevoando a região. Além disso, será realizada uma pequena mostra itinerante no passeio do viaduto, em que serão distribuídos painéis com reproduções das fotografias feitas no local em diferentes momentos.

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De 22 a 28 de fevereiro, o Cine Marquise participa da Semana do Cinema, com o intuito de democratizar o acesso a filmes no Brasil       
 

As duas estreias da semana que chegam ao Cine Marquise têm algo em comum: ingresso acessível ao preço fixo de 12 reais. De 22 a 28 de fevereiro, o Cine Marquise participa da Semana do Cinema, com o intuito de democratizar o acesso a filmes no Brasil. Durante o período, o Marquise disponibilizará ingressos de todas as sessões e poltronas, incluindo Chaise e VIP, pelo valor de R$ 12,00, e combo de pipoca P e refrigerante lata por R$ 22,00. "Ferrari", de Michael Mann, e "O Menino e a Garça", de Hayao Miyazaki, são os destaques da semana.

 

"Ferrari" é uma cinebiografia que conta a história de vida do poderoso empresário italiano de carros esportivos Enzo Ferrari (Adam Driver). O filme mostra como Ferrari e sua família revolucionaram a indústria automotiva e, de certa forma, ajudaram a criar o conceito das corridas de Fórmula 1. Selecionado para o Festival de Veneza de 2023, dirigido por Michael Mann (O Informante, O Último dos Moicanos) e estrelado por, além de Driver, Shailene Woodley, Sarah Gadon, Penélope Cruz, Jack O'Connell, Patrick Dempsey e o brasileiro Gabriel Leone.

 

Já "O Menino e a Garça", faz parte do catálogo do Studio Ghibli e é dirigido por Hayao Miyazaki. O longa, que concorre a Melhor Animação no Oscar 2024, conta a história de Mahito, um jovem rapaz de 11 anos que, depois de perder a sua mãe num incêndio, é obrigado a deixar a cidade de Tóquio para voltar para a aldeia onde cresceu. Ele instala-se com o seu pai numa velha mansão situada numa imensa propriedade onde ele se cruza com uma garça que aos poucos se torna a sua guia e o ajuda nas suas descobertas e questionamentos para compreender o mundo ao seu redor e desvendar os mistérios da vida.

 

Ainda em pré-estreia paga, o longa de Wim Wenders, "Dias Perfeitos", que rendeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes para o Koji Yakusho, permanece na sala 3. O filme concorre ao Oscar de Melhor Filme Internacional e acompanha Hirayama (Koji Yakusho), um faxineiro que divide sua vida entre os deveres do trabalho e seus prazeres artísticos da música, literatura e fotografia.

 

Além dele, "Bob Marley: One Love" tem sessões na sala 1 e 3 com o som Dolby Atmos. O filme conta a história de Bob Marley na política durante um dos períodos de auge do seu sucesso.

 

Por fim, com o Oscar se aproximando, filmes que concorrem à premiação ainda podem ser vistos no Marquise. "Zona de Interesse", de Jonathan Glazer, é indicado a cinco Oscars e foi reconhecido com o grande prêmio da 76º edição do Festival de Cannes.

 

Além dele, "Pobres Criaturas", de Yorgos Lanthimos e um dos favoritos do Oscar, concorrendo a 11 estatuetas, e "Vidas Passadas", de Celine Song, permanecem na programação.

Inspirada nos personagens de Mauricio de Sousa a produção original brasileira será apresentada na plataforma Max 

Max será lançada em 27 de fevereiro na América Latina, a primeira região internacional a receber a plataforma como parte de seu lançamento global. Max será o destino de entretenimento que aproximará o público local de histórias extraordinárias para cada momento, cada emoção e cada membro da família.      
 

Max terá um ambiente especial para as crianças, com uma oferta robusta de conteúdos infantis que poderão ser compartilhados com toda a família. Além das marcas icônicas Cartoonito e Cartoon Network, franquias de sucesso como Looney Tunes, Batwheels, Hannah-Barbera Productions, a oferta é ampliada com conteúdos DISCOVERY KIDS na região. Peppa Pig, Underdogs United, Ghostforce, Shasha & Milo, Mini Beat Power RockerS são alguns dos programas que estarão disponíveis na Max, além de outros conteúdos locais infantis desenvolvidos na América Latina.

 

No dia 27 de fevereiro, mesmo dia em que a plataforma estará disponível em 39 territórios da América Latina e Caribe, os personagens dos quadrinhos mais amados do Brasil mostrarão sua nova aventura no "mundo real"! Produzida pela Discovery Kids em colaboração com Biônica Filmes e Mauricio de Sousa Produções, 'Franjinha e Milena em Busca da Ciência' será a primeira série infantil original a ser lançada na Max.

 
Nesta aventura, dividida em oito episódios, a dupla é acompanhada do esperto e inseparável cãozinho Bidu em uma divertida missão científica: desvendar os segredos da viagem no tempo! A ciência surge como resposta para cada mistério e juntos realizam experiências – desde a criação de um microscópio até à programação de um robô – ao mesmo tempo em que fortalecem uma amizade repleta de colaboração e aprendizado.

 

'Franjinhae Milena em Busca da Ciência' é estrelada por Fabrício Gabriel no papel do curioso e criativo cientista Franjinha, e Bia Lisboa como Milena, uma entusiasta da natureza que esbanja atitude, curiosidade e representatividade. A série é dirigida por Mauro D'Addio com supervisão artística de Daniel Rezende, conhecido por suas populares adaptações cinematográficas da Turma da Mônica. Todos os oito episódios estarão disponíveis na Max na América Latina em 27 de fevereiro.

 

'Franjinha e Milena em Busca da Ciência' também estreia no mesmo dia no Discovery Kids, às 13h (fuso horário de Brasília - com reprise às 20h30), no Brasil. Novos episódios serão lançados de segunda a sexta, sempre no mesmo horário*.

 

Max é para crianças 

A nova experiência infantil da Max trará um ambiente especialmente pensado para que crianças de todas as idades se divirtam enquanto aprendem. Além das classificações etárias, o Perfil Infantil terá diversas categorias de acordo com a idade da criança. Cada uma dessas categorias terá seu próprio catálogo de conteúdo com inúmeras opções de entretenimento disponíveis.  
 

Max vai oferecer aos assinantes uma experiência única de streaming para a América Latina, com um catálogo incomparável que inclui mais de 37 mil horas de conteúdo, com mais recursos de personalização e uma forte oferta de conteúdo voltada para crianças de todas as idades, além de conteúdos para toda a família. 
 

No dia 27 de fevereiro, Max se tornará o destino de entretenimento que aproximará o público local de histórias extraordinárias para cada momento, cada emoção e cada membro da família, proporcionando uma oferta incomparável do melhor entretenimento para todos, tudo em um só lugar.       
 

Max será um espaço onde as crianças poderão se divertir, aprender, explorar e descobrir.

 

*Horário de Brasília, sujeito a alterações sem aviso prévio.           

Com uma prosa envolvente, historiadora explora os bastidores da aristocracia brasileira no século XIX

Em uma jornada atraente pelos corredores da história, a premiada historiadora Mary Del Priore mergulha nas vidas entrelaçadas da princesa imperial Isabel e do conde d'Eu, Gastão de Orléans, numa obra de fôlego: O castelo de papel, que chega em nova edição pela Editora Unesp. Este livro, meticulosamente elaborado a partir de correspondências, documentos oficiais e uma extensa bibliografia, desvenda os intricados detalhes da relação desse casal real, proporcionando aos leitores uma visão íntima da Corte do Império do Brasil.
 

Com uma prosa que rivaliza com os melhores romances históricos, Del Priore transporta os leitores para os salões da aristocracia brasileira, revelando não apenas os aspectos íntimos da vida de Isabel e Gastão, mas também destacando seu impacto significativo nos eventos políticos cruciais que moldaram o Brasil do século XIX. Desde a Guerra do Paraguai até a Proclamação da República, o casal desempenhou papéis fundamentais, com destaque para a assinatura da Lei Áurea, um momento que solidificou a figura de Isabel na memória coletiva da nação.

 

O casamento inicialmente arranjado entre as casas de Bragança e Orléans, destinado a fins políticos, surpreendentemente floresceu em um amor genuíno, permeado por um carinho profundo e uma cumplicidade que resistiria a todos os desafios. No entanto, as tensões entre as ambições políticas de Gastão e os dilemas de Isabel em liderar um Império em transformação trouxeram à tona conflitos inevitáveis.         
 

O castelo de papel é um mergulho irresistível nas complexidades desse período, pintando um retrato envolvente da sociedade brasileira à beira da queda do Império – uma nação imersa em conflitos intransponíveis, enquanto tenta resistir à inexorável marcha da história. Este lançamento promete cativar leitores ávidos por romance, intriga e uma visão autêntica dos bastidores do passado imperial do Brasil.