Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), a cada uma hora, seis mulheres são internadas no Brasil para tratamento de varizes. Na série histórica analisada (2013 a 2022), 76% dos casos registrados foram em pessoas do sexo feminino.
Mas essa fila tem diminuído no interior de São Paulo e no Amapá graças ao trabalho do cirurgião vascular e angiologista Dr. Fábio Rocha, que transforma a vida de pacientes com a escleroterapia de varizes com espuma.
"A escleroterapia com espuma é uma das formas de se tratar os pacientes com varizes, estabelecido pelo SUS ( Sistema Único de Saúde) no final de 2017, que proporciona um tratamento efetivo da doença, com um custo mais baixo, sem necessidade de internação hospitalar e de afastamento do paciente de suas atividades diárias", conta Fábio Rocha.
O médico ressalta ainda que com o método consegue tratar um grande número de pessoas. "Só no estado de São Paulo já tratamos mais de 5 mil pacientes. Já atuamos em Guariba, Morro Agudo, Itapuí, São Pedro (SP)", lembra.
Contudo o cirurgião vascular coordena um projeto grandioso para toda a população do estado do Amapá. "Talvez seja o maior projeto de escleroterapia de varizes com espuma do Brasil. Lá, atuamos com muitos cirurgiões vasculares", conta.
De acordo com Fábio, o projeto transforma a vida das pessoas, uma vez que a maioria dos pacientes do SUS não têm acesso ao tratamento vascular. "Isto ocorre porque a doença é muito prevalente entre a população adulta, e não temos a disponibilidade suficiente de vagas para o tratamento das varizes, principalmente porque o tratamento, muitas vezes, é cirúrgico. E isto mudou com a introdução da escleroterapia de varizes com espuma no SUS."
Antes da escleroterapia com espuma, o único método oferecido pelo SUS era a cirurgia vascular. Com mais essa opção, conseguimos agilizar a fila e transformar a vida dos pacientes que sofrem dessa doença vascular.
"Este projeto proporcionou destravar as grandes filas cirúrgicas para o tratamento de varizes, além de ter um custo financeiro bem inferior ao tratamento convencional. O paciente não necessita ficar afastado de suas atividades profissionais durante o tratamento, ou seja, sem necessidade de longos atestados. Ele mantém sua produtividade diária na vigência do tratamento", explica Fábio.
Com o tratamento é possível tratar a doença varicosa em um estágio inicial, impedindo seu agravamento.
Fábio afirma ainda que o atendimento é humanizado. "Oferecemos um atendimento com acolhimento do paciente, empatia, respeito e claro, uma técnica e manejo adequados, assim como orientação tanto ao paciente quanto aos familiares."
O médico salienta que o tratamento foi transformado em um lindo projeto de saúde. "Nos organizamos nas cidades onde atuamos, juntamente com a Secretaria de Saúde de cada cidade e fazemos um mapeamento dos pacientes. Posteriormente, realizamos uma triagem para saber quais pacientes se enquadram neste tratamento, e depois iniciamos o procedimento propriamente dito. É maravilhoso, eu garanto!"
Prêmio na Alesp
Devido ao excelente trabalho desenvolvido junto ao SUS, com a escleroterapia com espuma, o cirurgião vascular Fábio Rocha foi homenageado, no dia 21 de setembro de 2023, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) com a Medalha Cinquentenário das Forças de Paz no Brasil oferecida pela Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz (ABFIP).
A medalha é destinada a reverenciar pessoas que tenham praticado ações merecedoras que enalteçam o nome da Pátria Brasileira.
"Este trabalho recebe reconhecimento, porque transforma a vida das pessoas e devolve ao paciente a dignidade e qualidade de vida. Atingimos um grande número de pessoas, e dessa forma mudamos a história de uma comunidade, de uma cidade, de um estado todo, como é o caso do Amapá que já conta com mais de 30 mil pacientes atendidos pelo projeto", conta Fábio.
Método adotado por cirurgião vascular de Ribeirão Preto, no SUS, ajuda a diminuir fila para o tratamento de varizes
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