Vitória de Igor Normando em Belém reforça projeção dos Barbalho no ano da COP-30

Política
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A vitória do deputado estadual Igor Normando (MDB) para a prefeitura de Belém (PA), neste domingo, 27, amplia o poder do clã Barbalho para 2025, ano em que a capital paraense estará sob os olhos do mundo durante a COP-30, a conferência mundial do clima. Com 95,18% das urnas paradas, ele obteve 56,36% dos votos.

Normando é primo do governador Helder Barbalho (MDB) e do ministro das Cidades, Jader Filho (MBD). Os dois filhos do senador Jader Barbalho (MDB), ex-governador do Pará, se dedicaram pessoalmente à campanha do parente.

O grupo superou o deputado federal Éder Mauro (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. O atual prefeito, Edmilson Rodrigues (PSOL), ficou no primeiro turno e deixou o partido sem a única capital que conquistou em 2020.

Além de trocar um adversário por um aliado na capital, a vitória representa para os Barbalho, em especial a Helder, mais um degrau em direção ao plano de se viabilizar como presidenciável ou possível vice nas eleições de 2026.

Reeleito em primeiro turno e 2022, Helder Barbalho anunciou voto em Lula no segundo turno na disputa anterior. O apoio dele foi considerado importante para consolidar a vitória de Lula na região Norte.

O governador tem atraído lideranças ao MDB e feito movimentos para fora do Estado. Um dos principais atos da campanha de Igor Normando às vésperas do segundo turno contou com a presença dos prefeitos reeleitos do Recife, João Campos (PSB), e de Macapá, Dr. Furlan (MDB). Ambos tiveram votação expressiva em suas capitais.

No ano que vem, Belém e o Pará estarão sob holofotes mundiais. A capital sediará a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o clima. A escolha da cidade para receber a COP-30 foi vista como uma vitória da articulação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A campanha de Igor Normando explorou a relação de proximidade com o governo estadual e buscou mostrar que sua vitória significaria mais entregas para a cidade.

Um dos motes da campanha foi o de que Normando colocaria "Belém no ritmo do Pará", em alusão às realizações do governo nas demais cidades. "Vamos trabalhar de manhã, de tarde e de noite para recolocar a nossa cidade no caminho do desenvolvimento e no ritmo que está levando o Pará para frente", disse, no último dia da campanha.

As pesquisas de intenções de voto indicavam a vitória de Igor Normando sobre Éder Mauro. Com as sondagens favoráveis, o prefeito eleito faltou ao último debate antes do segundo, na sexta-feira, 25.

Eleito deputado estadual em 2018 e reeleito em 2022, Igor Normando foi nomeado secretário de Articulação da Cidadania no governo de Helder Barbalho em 2023. Só deixou o cargo para se preparar para concorrer à prefeitura.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite deste domingo, 20, esperar que Rússia e Ucrânia farão um acordo "nesta semana". "Ambos começarão a fazer grandes negócios com os Estados Unidos, que está prosperando, e farão uma fortuna", escreveu na rede social Truth Social.

A declaração foi feita em meio a um cessar-fogo de Páscoa marcado por acusações de violação de ambos os lados.

Ainda na rede social, o republicano citou o "Dia da Libertação", como batizou 2 de abril que foi a data em que anunciou uma série de tarifas.

Segundo ele, muitos líderes mundiais e executivos de empresas pediram alívio das imposições tarifárias desde a ocasião. "É bom ver que o mundo sabe que estamos falando sério, porque ESTAMOS! Eles devem corrigir os erros de décadas de abuso, mas isso não será fácil para eles", reforçou ao chamar quem quiser "o caminho mais fácil" para "construir na América".

Ele classificou como "traição não tarifária" questões que chamou de "manipulação cambial", subsídios para exportação, padrões agrícolas protecionista citando como exemplo a proibição de milho geneticamente modificado na União Europeia, entre outros.

Trump também voltou a criticar a discussão a respeito da deportação de Kilmar Armando Abrego Garcia, que foi deportado por engano para uma prisão em El Salvador.

Embora o governo do republicano tenha admitido um "erro administrativo", o republicano disse que Garcia está sendo tratado como uma "pessoa muito doce e inocente, o que é uma mentira total, flagrante e perigosa", voltando a citar sua ligação com a gangue MS-13. Os advogados de Garcia negam.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.