Em sessão de trabalho do P20, Lira defende reforma da ONU, do FMI, do Banco Mundial e da OMC

Política
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, durante a condução da 3ª sessão de trabalho da Cúpula dos Parlamentos do G20, o P20, realizada nesta sexta-feira, 8.

Na ocasião, Lira preside um debate sobre "o papel dos parlamentos na construção de uma governança global". O deputado disse que há uma "crise multifacetada nos âmbitos geopolítico, econômico e ambiental" no sistema internacional e que "é fundamental reformar as instituições e mecanismos" de governança.

"A reforma da ONU, e em particular a do seu Conselho de Segurança, mostra-se crucial para a sustentação da paz e segurança internacionais e para a promoção do desenvolvimento sustentável, justo e inclusivo", declarou, no discurso.

Lira prosseguiu: "Do mesmo modo, as instituições do sistema financeiro internacional, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, devem aprimorar seu processo decisório e se engajar no enfrentamento às desigualdades e na transição rumo à sustentabilidade".

Segundo ele, o FMI e o Banco Mundial devem direcionar os mecanismos de financiamento para "promover avanços sociais e econômicos com compromisso ambiental e atenção aos desequilíbrios e contextos nacionais".

O presidente da Câmara citou ainda a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) para "aperfeiçoar a governança do comércio internacional, a fim de que seja mais aberto, justo e sustentável".

Dos integrantes do G20, participam do evento: África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Brasil, Canadá, China, França, Índia, Indonésia, Itália, México, Reino Unido, República da Coreia, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana. A cúpula tem como tema "Parlamentos por um Mundo Justo e um Planeta Sustentável".

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O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou nesta sexta-feira, 8, que a Ucrânia já perdeu a guerra que vem travando contra a Rússia e previu que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, deverá acabar com o apoio de Washington ao governo ucraniano.

Orbán é o anfitrião de uma reunião de cúpula de dois dias na capital húngara, Budapeste, na esteira da vitória eleitoral de Trump.

A questão da guerra na Ucrânia estará no topo da agenda de um encontro dos 27 líderes da União Europeia (UE), nesta sexta-feira.

A maioria deles defende que continuar fornecendo armas e assistência financeira a Kiev é fundamental para a segurança do continente.

Orbán, que é próximo tanto de Trump quanto do presidente russo, Vladimir Putin, reiterou a uma rádio estatal sua posição de longa data de que seja declarado um cessar-fogo imediato e disse acreditar que o republicano dará fim ao conflito.

"Se Donald Trump tivesse vencido em 2020 nos EUA, esses dois anos de pesadelo não teriam acontecido, não teria ocorrido uma guerra", disse Orbán. "A situação é óbvia, houve uma derrota militar. Os americanos vão sair dessa guerra," acrescentou. Fonte: Associated Press.

Um dia após a derrota de sua vice e candidata à presidência, Kamala Harris, o presidente, Joe Biden, pediu nesta quinta-feira, 7, que os americanos aceitem a eleição de Donald Trump e prometeu uma transferência de poder ordenada, honrando a Constituição e respeitando a escolha dos eleitores.

O democrata defendeu a integridade do sistema eleitoral americano e prometeu uma transição pacífica, algo que não ocorreu da última vez, quando Trump se recusou a reconhecer a derrota e incitou apoiadores contra o Capitólio, durante a certificação de Biden como presidente.

"As pessoas votam, escolhem os seus próprios líderes e fazem isso pacificamente. Na democracia, a vontade do povo sempre prevalece", disse Biden, destacando que conversou com o presidente eleito na noite anterior e o parabenizou. "Eu garanti que toda o meu governo vai trabalhar com a equipe dele para garantir uma transição pacífica e ordeira. É isso que o povo americano merece."

"A campanha foi uma disputa de visões opostas", seguiu o democrata. "Aceitamos a escolha que as pessoas fizeram. Eu disse muitas vezes: você não pode amar o seu país só quando ganha. Não pode amar o seu vizinho só quando concorda. Algo que eu espero que possamos fazer, independentemente de em quem você votou, é ver os outros não como adversários, mas como americanos - reduzam a temperatura."

Legado

Biden também defendeu seu legado, apesar da baixa aprovação e do desejo de mudança expressado pelos americanos nas eleições em que os republicanos conquistaram a Casa Branca, a maioria no Senado e lideram a apuração para a Câmara. "Foi um presidência histórica. Não porque sou presidente, mas por tudo que fizemos, do que vocês fizeram", disse ele, afirmando que as mudanças serão sentidas na vida dos americanos ao longo dos próximos anos. "Vamos ficar bem, mas precisamos continuar engajados, seguir adiante e, acima de tudo, precisamos manter a fé."

O presidente já havia feito uma declaração por escrito na quarta-feira, 6, quando descreveu Kamala como "uma tremenda parceira e servidora pública cheia de integridade, coragem e caráter". Sem mencionar Trump no comunicado, Biden observou que sua vice-presidente entrou na campanha em "circunstâncias extraordinárias", um aceno à sua desistência da disputa, e afirmou que colocá-la na chapa, em 2020, foi a melhor decisão que ele tomou.

Kamala

Biden acrescentou que Kamala "se destacou e liderou uma campanha histórica que incorporou o que é possível quando guiada por uma forte bússola moral e uma visão clara de uma nação mais livre, mais justa e com muito mais oportunidades para todos os americanos".

Na quarta-feira, Kamala reconheceu, em um discurso rápido, sua derrota e também citou a transição pacífica de poder. "As pessoas estão sentindo e vivenciando uma série de emoções agora, eu entendo. Mas devemos aceitar os resultados desta eleição", disse. "Hoje mais cedo falei com o presidente eleito Trump e o parabenizei por sua vitória", disse Kamala, em meio a vaias da plateia após o nome do republicano ser mencionado.

Steven Cheung, porta-voz da campanha de Trump, disse na quarta-feira que, na ligação de Kamala ao republicano, o presidente eleito elogiou "sua força, profissionalismo e tenacidade durante toda a campanha", após aceitar seus parabéns. Biden chegou a convidar Trump para ir a Casa Branca tratar da transição, segundo o assessor do republicano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o republicano Donald Trump, que ganhou as eleições presidenciais americanas, indicaram, nesta quinta-feira, 7, que estão dispostos a retomar o contato.

"Se alguém quer retomar o contato, não será um incômodo. Eu estou disposto", declarou o líder russo durante fórum de discussão Valdai, na cidade russa de Sochi.

Trump, por sua vez, sugeriu que provavelmente vai falar com Putin, segundo a NBC News. O republicano disse ter falado "provavelmente" com 70 líderes mundiais desde sua vitória eleitoral, mas ainda não conversou com Putin. "Acho que falaremos", disse.

Em seus primeiros comentários sobre o resultado das eleições americanas, Putin ainda parabenizou Trump e elogiou a coragem do republicano durante a tentativa de assassinato em julho. "Seu comportamento no momento de uma tentativa contra sua vida me impressionou. Ele se mostrou um homem corajoso", disse Putin. "Ele se manifestou de maneira muito correta, bravamente, como um homem", acrescentou.

Quanto ao que espera de uma segunda administração Trump, Putin afirmou: "Não sei o que vai acontecer agora. Não faço ideia". Embora Trump seja conhecido por sua admiração por Putin, o líder russo destacou repetidamente que, durante o primeiro mandato de Trump, houve "tantas restrições e sanções contra a Rússia como nenhum outro presidente já havia introduzido antes dele."

Desde o início da guerra na Ucrânia, o governo de Joe Biden manteve política de forte apoio a Kiev, com fornecimento de armas e outros recursos para que as tropas de Volodmir Zelenski enfrentassem a Rússia. Mas Trump, que é crítico ao gasto que os Estados Unidos têm com a defesa de seus aliados, sugeriu que diminuiria tal apoio, o que é visto com bons olhos pela Rússia.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na quinta-feira que o Kremlin não descarta a possibilidade de um contato entre Putin e Trump antes da posse, uma vez que Trump "disse que ligaria para Putin antes da posse". Peskov enfatizou que Moscou vê os EUA como um país "hostil" e diretamente envolvido no conflito ucraniano. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)