Lula diz que só soube da gravidade de seu caso depois da cirurgia

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a jornalistas neste domingo, 15, que só entendeu a gravidade de seu caso depois que foi operado. O petista passou por dois procedimentos cirúrgicos na última semana para tratar um sangramento intracraniano. Teve alta do hospital mais cedo e passará alguns dias se recuperando em São Paulo antes de voltar para Brasília.

"Só fui tomar consciência da gravidade do que aconteceu comigo depois da cirurgia", disse o presidente da República. O sangramento teria sido uma consequência de uma pancada na cabeça sofrida pelo chefe do governo em outubro por causa de um acidente doméstico. Ele disse que achava já estar totalmente curado, e que ficou assustado com a quantidade de líquido em sua cabeça, detectada pelos exames.

O petista afirmou que sentiu dores de cabeça no domingo, 8, mas que achou que elas eram decorrentes da exposição ao sol. Lula contou que havia passado o dia na Granja do Torto, onde ficou um tempo na piscina. No dia seguinte, acordou se sentindo estranho. Lula afirmou ter percebido que seus passos estavam mais lentos, que tinha os olhos vermelhos e que sentia muito sono.

Ainda assim, o petista só foi para o hospital entre o fim da tarde e o começo da noite de segunda-feira, 9, depois de uma reunião com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele disse que os médicos ficaram assustados com o resultado da tomografia e o mandaram com urgência para São Paulo.

Lula afirmou que precisou esperar o avião presidencial, que estava no Rio de Janeiro, chegar a Brasília para levá-lo à capital paulista. Ele havia feito uma viagem grande dias antes, ao Uruguai. O compromisso incluiu o anúncio do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, o que o petista descreveu como uma "questão de honra".

O petista passou uma mensagem religiosa e disse que Deus tem cuidado dele de forma "muito generosa". Citou outros momentos de dificuldade, como o defeito no avião presidencial que o fez ficar sobrevoando o aeroporto da Cidade do México por horas antes de pousar, também em outubro.

Lula disse que se recuperou graças à equipe médica e que foi tratado com muito carinho. Afirmou que ainda sente dor na cabeça e disse que havia colocado um chapéu para não mostrar o curativo que havia acabado de ser feito.

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Caças britânicos interceptaram duas aeronaves russas voando perto do espaço aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. As interceptações marcam o primeiro voo da Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês) como parte da Operação "CHESSMAN" e ocorrem poucas semanas após o início da defesa britânica, junto à Suécia, do flanco leste da Otan.

O comunicado diz que dois Typhoons da RAF foram enviados da Base Aérea de Malbork, na Polônia, na última terça-feira, dia 15, para interceptar uma aeronave de inteligência russa Ilyushin Il-20M "Coot-A" que sobrevoava o Mar Báltico.

Depois, na quinta-feira, dia 17, outros dois Typhoons partiram da base para interceptar uma aeronave desconhecida que deixava o espaço aéreo de Kaliningrado e se aproximava do espaço aéreo da Otan.

Ainda segundo o documento, a medida segue o compromisso do governo britânico de aumentar os gastos com defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

"O Reino Unido é inabalável em seu compromisso com a Otan. Com a crescente agressão russa e o aumento das ameaças à segurança, estamos nos mobilizando para tranquilizar nossos Aliados, dissuadir adversários e proteger nossa segurança nacional por meio do nosso Plano para a Mudança", disse o ministro das Forças Armadas, Luke Pollard, em nota.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira, 21, que o Brasil é o País da paz e que por isso continuará tentando ajudar no diálogo pelo fim das guerras, como a que ocorre na faixa de Gaza. Alckmin foi questionado em entrevista à CNN Brasil sobre o resultado de esforços de lideranças como o Papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira, 21, para pacificar regiões.

"O Brasil é o país da paz, e exatamente por não ter litígio com ninguém, ele pode ajudar, ajudar nesse diálogo. É mais demorado infelizmente, mas o Brasil é sempre um protagonista importante, e o presidente Lula é um protagonista importante da paz e do diálogo, vamos continuar nesse trabalho", disse o vice-presidente.

Alckmin contou também que ainda conversará com Lula sobre a presença do Brasil no enterro do pontífice, e lembrou que o presidente já decretou luto oficial de sete dias pela morte do papa. "Para nós católicos, nosso líder, o Papa, sua santidade. Para toda a humanidade, a figura maravilhosa da paz, da concórdia, do diálogo entre as religiões, da inclusão, do respeito, é uma vida de exemplos que fica para todos nós. E o Brasil tinha um enorme carinho com o Papa", disse Alckmin sobre o papa Francisco.

O ministro também foi perguntado sobre a agenda do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que encontrou o líder da igreja católica em audiência reservada no ano passado, no contexto de conversas sobre a agenda de tributação de super-ricos - que atualmente é a proposta de compensação fiscal para o governo ampliar a faixa de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Sobre o tema, Alckmin disse ser importante que o País tenha boas políticas públicas para ajudar a vida dos que mais necessitam. "E levar essa verdadeira mensagem de fraternidade, de diálogo, não de prepotência, de força, mas do diálogo e da compaixão", afirmou.

"Amar ao próximo não é discurso. Amar ao próximo são atitudes, são propostas, são ações, que a fé sem obras é morta", disse o vice-presidente.

A China irá impor sanções a algumas autoridades dos Estados Unidos e chefes de organizações não governamentais (ONGs) por comportamentos flagrantes relacionados a Hong Kong, informou o Ministério das Relações Exteriores. As sanções são uma resposta às penalidades impostas pelos Estados Unidos em março contra seis autoridades chinesas e de Hong Kong, afirmou o porta-voz do ministério, Guo Jiakun, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 21.

Pequim irá impor sanções a vários membros do Congresso americano, autoridades governamentais e chefes de ONGs por terem "se comportado mal em questões relacionadas a Hong Kong", disse Jiakun, sem revelar os nomes.

O porta-voz alertou que os Estados Unidos não têm permissão para interferir nos assuntos de Hong Kong. Pequim considera Hong Kong uma parte inalienável da China. "Quaisquer ações equivocadas tomadas pelos EUA em questões relacionadas a Hong Kong serão respondidas com firmes contra-ataques e medidas recíprocas da China", disse Guo.

A medida ocorre semanas após o Departamento de Estado dos EUA impor sanções a autoridades chinesas e de Hong Kong, citando a repressão política contínua em Hong Kong - e os esforços para estender essa repressão a cidadãos dos EUA - e as restrições ao acesso ao Tibete.

As seis autoridades citadas pelos EUA incluem Raymond Siu, comissário de polícia de Hong Kong, e Paul Lam, secretário de Justiça da cidade. Fonte: Dow Jones Newswires