Alckmin critica fim da checagem da Meta e diz que bilionários não podem fazer 'o que querem'

Política
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O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, avaliou ser um "retrocesso" a decisão da Meta - dona do Facebook, do Instagram e do Whatsapp - de encerrar a checagem de fatos em suas plataformas nos Estados Unidos. Em sua avaliação, as plataformas digitais precisam agir com responsabilidade e bilionários não podem fazer "o que querem".

"A democracia é uma conquista da civilização e nós não podemos permitir abuso do poder econômico e estruturas econômicas muito fortes prejudicarem o conjunto da sociedade, os direitos individuais e coletivos", comentou Alckmin, em entrevista à Rádio Eldorado nesta quinta-feira, 9.

"Não é possível você ter plataformas, você ter órgãos de comunicação de presença global, sem responsabilidade, sem responsabilização. Não pode desinformar as pessoas, não pode mentir, difamar, precisa ter responsabilidade; o convívio em sociedade tem direitos e deveres", completou Alckmin. "Não é porque alguém é bilionário que ele pode fazer o que quer", afirmou em referência a Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta.

Na fala, o também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços elogiou a declaração feita pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na quarta-feira, o magistrado comentou que, para continuar operando do Brasil, as big techs têm que respeitar a legislação do País.

"Eu acho que a regulamentação da questão das fake news pelo Congresso Nacional e a postura do Judiciário são necessários em defesa da sociedade", afirmou Alckmin. "É um retrocesso, já era feita a checagem dos fatos em benefício àquele que é informado, ao seu cliente, é fundamental isso", disse.

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Os incêndios florestais em Los Angeles estão prestes a se tornar os mais caros da história dos Estados Unidos, com estimativas de danos que já chegam a cerca de US$ 50 bilhões, o dobro da previsão anterior, conforme o analista do JPMorgan, Jimmy Bhullar. Esse valor inclui perdas seguradas, estimadas em mais de US$ 20 bilhões.

Outras projeções também colocam o desastre entre os mais onerosos do país. A agência de classificação de risco Morningstar DBRS prevê perdas seguradas superiores a US$ 8 bilhões. No entanto, o total final de perdas pode variar, especialmente em previsões feitas enquanto os eventos ainda estão em curso. Analistas calculam os custos comparando o número e o valor das propriedades destruídas com incêndios anteriores. O incêndio Camp Fire de 2018, o mais destrutivo dos EUA até o ano passado, causou perdas de US$ 12,5 bilhões, ajustados pela inflação.

As perdas bilionárias devem pressionar ainda mais o já fragilizado mercado de seguros residenciais da Califórnia. A analista Denise Rappmund, da Moodys, alerta que o impacto será negativo para o mercado de seguros do estado, provavelmente elevando prêmios e reduzindo a disponibilidade de coberturas.

Além disso, seguradoras podem ser forçadas a resgatar o Fair Plan, plano da Califórnia de última instância para proprietários rejeitados por seguradoras privadas. Esse plano pode exigir que as seguradoras privadas paguem as perdas que o programa não consegue cobrir. Embora ainda não esteja claro o quanto das perdas recairá sobre o Fair Plan, ele tem grande exposição a áreas severamente afetadas pelos incêndios, como Pacific Palisades, que apresentava uma exposição de cerca de US$ 6 bilhões até setembro.

A presidente do Fair Plan, Victoria Roach, afirmou que a situação é um "jogo de azar", com muita exposição e poucos recursos disponíveis. Uma porta-voz do plano garantiu que há mecanismos de pagamento, incluindo resseguro, para garantir que todas as reivindicações com cobertura sejam pagas.

A principal líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, foi solta após ter sido detida na saída de um protesto contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, informaram representantes oposicionistas no X (antigo Twitter) há pouco.

Segundo a publicação, Corina Machado foi interceptada e derrubada da motocicleta que dirigia enquanto deixava o ato, em Chacao, perto da capital Caracas. Durante o período da detenção, ela foi forçada a gravar vários vídeos antes de ser libertada, de acordo com a oposição.

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi detida após participar de protestos contra o governo de Nicolás Maduro. Antes disso, a líder da oposição também havia sido alvo de disparos efetuados por integrantes das forças de segurança chavistas enquanto estava acompanhada de sua comitiva. Este foi seu primeiro ato público em cerca de quatro meses.

Uma postagem na conta "Comando ConVzla" no X, utilizada por María para convocar manifestações contra o regime chavista, informa que ela foi "violentamente interceptada" ao deixar o comício em Chacao, município localizado a 4 km de Caracas, capital da Venezuela. A mensagem foi compartilhada também pela conta oficial da líder política.

Edmundo González, um dos principais aliados de María, exigiu, em uma publicação no X, a "liberação imediata" de sua companheira de luta. Ele ainda enviou uma mensagem direta às forças de segurança de Maduro: "não brinquem com fogo."

*Com informações da Associated Press