Sidônio Palmeira é empossado como novo ministro da Secom para reformular comunicação do governo

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O publicitário Sidônio Palmeira assinou nesta terça-feira, 14, o termo de posse para ser o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom). O novo ministro assume o cargo de Paulo Pimenta, que estava na função desde o começo do governo, em janeiro de 2023. Marqueteiro da campanha vitoriosa de Lula em 2022, Sidônio assume a pasta para reformular a comunicação do governo e tentar deixar a gestão do petista mais popular visando à eleição de 2026.

O ato aconteceu nesta terça-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto. Dentre as principais autoridades, participam do evento o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Educação, Camilo Santana, da Saúde, Nísia Trindade, da Casa Civil, Rui Costa, e da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Sidônio nasceu na Bahia e, no evento, foi perceptível o peso do Estado. Dividindo palco com Lula, estavam figuras baianas importantes, tais como o governador, Jerônimo Rodrigues (PT), Rui Costa e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT).

Além disso, no palco, também estão o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja.

No início de dezembro, Lula disse publicamente que precisava fazer correções na comunicação. A fala, proferida em seminário do PT, foi entendida pelo mundo político como uma espécie de aviso prévio para Pimenta. Apesar disso, a troca só foi anunciada na terça-feira, 7.

Lula julga que seu atual governo executa grande número de obras e tem bons programas sociais. Por esse raciocínio, falhas de comunicação o impediriam de ser um presidente mais popular do que é hoje. Pesquisa AtlasIntel divulgada na sexta-feira, 10, mostrou que a desaprovação do petista alcançou 49,8% do eleitorado.

Na declaração que deu à imprensa ao lado de Pimenta para anunciar a troca na Secom, Sidônio afirmou que o governo precisa evoluir na comunicação digital. Uma licitação de R$ 190 milhões para a área foi barrada no Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeita de irregularidades. Na última semana, o órgão liberou o certame, mas o fato é que o governo federal ainda não tem a estrutura que gostaria para disputar as redes sociais com o bolsonarismo.

Sidônio afirmou, na ocasião, que o governo precisa equilibrar a expectativa, a gestão e a percepção popular. Ele afirmou que sua gestão se tratará de um "segundo tempo", no sentido de que não precisará começar o trabalho todo do zero depois do período de Pimenta no cargo. "É uma experiência nova, interessante, é um grande desafio. Eu mesmo vou me cobrar, a comunicação é um negócio muito interessante para um governo", disse o publicitário.

Sidônio tem histórico na comunicação política. Antes de ser contratado para a campanha de Lula em 2022, já havia feito campanhas de candidatos petistas na Bahia. Será sua primeira vez em um cargo político dentro do aparato estatal.

Ao escolher o publicitário, Lula também deu uma espécie de "carta branca" ao futuro ministro para fazer as trocas que julgar necessárias na Secom. Nesse sentido, na semana passada, por exemplo, Sidônio demitiu o secretário de imprensa da Presidência, José Chrispiniano, que trabalhava há anos com Lula. Quem ocupará o cargo será o atual secretário de Comunicação Institucional, Laércio Portela.

Outras trocas a serem feitas, porém, interferem na influência da primeira-dama, Janja, no governo. Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), dois nomes se destacam entre mudanças de Sidônio vistas como importantes para Janja: Brunna Rosa, chefe da Secretaria de Estratégia e Redes (Seres) da Secom, e Priscila Calaf, diretora do Departamento de Canais Digitais da Secretaria de Redes chefiada por Brunna. A Seres comanda algumas das principais contas de redes sociais do governo, como o perfil SecomVc, que soma 223 mil seguidores no Instagram.

A primeira-dama, no entanto, tem sido refratária às trocas e vem fazendo esforços para realocar aliados no governo.

Segundo apuração, essas mudanças na Secom fizeram com que se acumulassem atritos entre Sidônio e Janja. A tendência é que tanto Brunna quanto Priscila passem a ser ligadas ao gabinete de Lula, onde ficariam na equipe de Janja.

Em outra categoria

A agência estatal de notícias da Coreia do Sul, Yonhap, informou no final da noite desta terça-feira, 14, pelo horário de Brasília, que o presidente deposto do país, Yoon Suk Yeol, foi detido após uma operação que durou horas e reuniu centenas de investigadores e policiais no complexo residencial da presidência em Seul. Esta foi a segunda tentativa de detê-lo por causa da imposição da lei marcial no início de dezembro, que foi considerada uma tentativa de golpe.

Em uma mensagem de vídeo gravada antes de ser escoltado até a sede de uma agência anticorrupção, Yoon lamentou que a "lei e a ordem tenham completamente colapsado neste país", mas disse que estava cumprindo o mandado de detenção para evitar confrontos entre os agentes da lei e o serviço de segurança presidencial.

Os advogados de Yoon tentaram persuadir os investigadores a não executar o mandado de detenção, dizendo que o presidente apareceria voluntariamente para o interrogatório, mas a agência recusou o pedido.

Os oficiais aparentemente não encontraram resistência significativa das forças de segurança presidencial conforme se aproximavam da residência de Yoon.

À época da imposição da lei marcial, Yoon justificou o decreto como um ato legítimo de governança contra uma oposição "antiestatal" e prometeu "lutar até o fim" contra os esforços para destituí-lo do cargo. Fonte: Associated Press.

As negociações para o cessar-fogo e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza estão quase finalizadas, segundo autoridades israelenses, palestinas e de países mediadores. Alguns veículos de imprensa informaram que Israel e o Hamas já concordaram com os princípios gerais de um acordo.

O Catar, principal mediador, disse nesta terça-feira, 14, que havia apresentado um esboço da trégua. O Canal 12 de Israel informou que o governo do premiê Binyamin Netanyahu considerou o texto aceitável e que autoridades israelenses aguardavam a resposta do Hamas. Já a Associated Press informou que o Hamas também teria aceitado os termos do acordo.

No entanto, em razão do fracasso de propostas anteriores, uma autoridade egípcia disse que os países mediadores estavam cautelosos, à espera de uma resposta dos palestinos.

Em entrevista à Rádio Eldorado, Gunther Rudzit, professor de relações internacionais da ESPM, disse que as chances de um acordo, desta vez, parecem maiores, mas ressaltou que ainda é preciso ter cautela em razão da resistência de segmentos extremistas dos dois lados.

Pete Hegseth, indicado como secretário de Defesa dos EUA, admitiu na terça-feira que não era perfeito e que "as pessoas o veem como o apresentador de um programa matinal", mas refutou uma enxurrada de perguntas sobre seu caráter e qualificações como uma "campanha de difamação" irrelevante para o trabalho de dirigir as forças armadas dos EUA.

Em vez de um confronto entre Hegseth e os Democratas, a audiência na Comissão dos Serviços Armados do Senado mostrou um impasse inconclusivo, com nenhum dos lados cedendo terreno, deixando a sua confirmação no caminho certo, mas ainda não certa.

Hegseth prometeu restaurar a "cultura guerreira" dos militares dos EUA, declarando que seu serviço como oficial subalterno da Guarda Nacional no Iraque, no Afeganistão e na prisão militar dos EUA na Baía de Guantánamo, em Cuba, traria uma reorientação necessária para um Pentágono que, segundo ele, está mais preocupado com diversidade e equidade do que letalidade e prontidão.

"É hora de dar o comando a alguém com poeira nas botas", disse o ex-apresentador da Fox New, interrompendo sua declaração de abertura várias vezes enquanto os manifestantes atrapalhavam o andamento da sessão.

Ao longo de quatro horas de questionamentos por vezes acalorados, os democratas acusaram Hegseth de alienar mulheres militares e potenciais recrutas, e que a sua conduta pessoal e falta de experiência o desqualificaram para ser secretário da Defesa. Mas eles não descobriram nenhuma informação nova nem incitaram Hegseth a cometer erros graves.

"Ele é provavelmente o indivíduo menos qualificado já sugerido para ser Secretário de Defesa durante meu mandato, e talvez na história do país", disse o senador Jack Reed, principal democrata do comitê.

Hegseth mostrou-se imperturbável perante as repetidas perguntas do Democrata sobre relatos de consumo excessivo de álcool, casos extraconjugais e outros incidentes. Ele rejeitou os relatos chamando-os de acusações falsas de "fontes anônimas".

O mais próximo que os democratas chegaram de abalar o ex-apresentador da Fox New foi quando ele foi questionado pelo senador Tim Kaine sobre infidelidade, seu comportamento em casamentos anteriores, consumo de álcool e sobre uma suposta agressão sexual quando ele estava sendo examinado para liderar o Pentágono.

Kaine pediu a Hegseth que confirmasse que era casado na época do incidente de 2017, que envolveu uma mulher que ele conheceu em um hotel na Califórnia e que o acusou de agressão sexual. "Acredito que sim", respondeu Hegseth. Hegseth, que não foi acusado, estava se divorciando de sua segunda esposa depois de ter um filho com uma funcionária da Fox.

"Fraquejei em algumas coisas em minha vida e, felizmente, fui redimido por meu Senhor e Salvador Jesus Cristo", respondeu.

O comitê não agendou uma votação sobre a indicação.