Saiba quem enviou e-mail para Eduardo Bolsonaro com convite para posse de Trump

Política
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a apresentação do "convite oficial" para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em resposta ao pedido de Moraes, os advogados do ex-presidente adicionaram um e-mail recebido pelo cerimonial do evento, afirmando que a mensagem já se tratava do chamamento definitivo. O domínio do remetente pertence a uma organização ligada a Trump que está encarregada da programação do evento, que será realizado na próxima segunda-feira, 20 de janeiro.

Bolsonaro está com o passaporte apreendido em razão da investigação por tentativa de golpe de Estado e depende do Supremo para ter o documento liberado e poder viajar aos Estados Unidos. A Corte, em 2024, já recusou pedidos semelhantes de Bolsonaro em duas ocasiões.

O e-mail apresentado pela defesa de Bolsonaro foi enviado pelo endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O "T47 Inaugural" é uma entidade privada, sem fins lucrativos e criada com o propósito de organizar os eventos do dia da posse de Donald Trump. É praxe nos Estados Unidos que um comitê privado, ligado ao presidente prestes a assumir o mandato, esteja encarregado do cerimonial da posse. A mensagem foi encaminhada ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na manhã de quarta-feira, 8.

"T47" faz referência à inicial do sobrenome "Trump" e ao fato de o republicano ser o 47º chefe do Executivo dos Estados Unidos. O número 47 foi utilizado por Trump em diversos momentos da campanha presidencial, como ao anunciar um conjunto de projetos denominado "Agenda 47".

O "T47 Inaugural" está a cargo do empresário Steve Witkoff e da ex-senadora da Geórgia Kelly Loeffler. Ao anunciar os responsáveis pelo seu comitê de posse, Trump descreveu Witkoff e Loeffler como "amigos e apoiadores de longa data".

"Estou entusiasmada por aceitar esta enorme honra ao lado de Steve Witkoff. Estamos ansiosos por realizar uma celebração muito especial", disse Kelly Loeffler no X (antigo Twitter) em 9 de novembro. A republicana foi senadora dos Estados Unidos pela Geórgia entre 2020 e 2021.

Trump estava acompanhado de Steve Witkoff em 15 de setembro, quando foi alvo de um atentado a tiros em um clube de golfe. O empresário, que administra o Witkoff Group, já assumiu uma função pública no mandato anterior de Trump, quando foi nomeado para um comitê de "resgate econômico" para mitigar os efeitos da pandemia de covid-19.

Tanto Witkoff quanto Loeffler assumirão cargos no próximo mandato do republicano: o empresário foi nomeado para assuntos relativos ao Oriente Médio, enquanto a ex-senadora presidirá a Small Business Administration (SBA), uma agência pública destinada a auxiliar pequenos empresários.

O Estadão procurou o "T47 Inaugural" para confirmar o envio do convite a Jair Bolsonaro, mas não obteve retorno.

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Pete Hegseth, indicado como secretário de Defesa dos EUA, admitiu na terça-feira que não era perfeito e que "as pessoas o veem como o apresentador de um programa matinal", mas refutou uma enxurrada de perguntas sobre seu caráter e qualificações como uma "campanha de difamação" irrelevante para o trabalho de dirigir as forças armadas dos EUA.

Em vez de um confronto entre Hegseth e os Democratas, a audiência na Comissão dos Serviços Armados do Senado mostrou um impasse inconclusivo, com nenhum dos lados cedendo terreno, deixando a sua confirmação no caminho certo, mas ainda não certa.

Hegseth prometeu restaurar a "cultura guerreira" dos militares dos EUA, declarando que seu serviço como oficial subalterno da Guarda Nacional no Iraque, no Afeganistão e na prisão militar dos EUA na Baía de Guantánamo, em Cuba, traria uma reorientação necessária para um Pentágono que, segundo ele, está mais preocupado com diversidade e equidade do que letalidade e prontidão.

"É hora de dar o comando a alguém com poeira nas botas", disse o ex-apresentador da Fox New, interrompendo sua declaração de abertura várias vezes enquanto os manifestantes atrapalhavam o andamento da sessão.

Ao longo de quatro horas de questionamentos por vezes acalorados, os democratas acusaram Hegseth de alienar mulheres militares e potenciais recrutas, e que a sua conduta pessoal e falta de experiência o desqualificaram para ser secretário da Defesa. Mas eles não descobriram nenhuma informação nova nem incitaram Hegseth a cometer erros graves.

"Ele é provavelmente o indivíduo menos qualificado já sugerido para ser Secretário de Defesa durante meu mandato, e talvez na história do país", disse o senador Jack Reed, principal democrata do comitê.

Hegseth mostrou-se imperturbável perante as repetidas perguntas do Democrata sobre relatos de consumo excessivo de álcool, casos extraconjugais e outros incidentes. Ele rejeitou os relatos chamando-os de acusações falsas de "fontes anônimas".

O mais próximo que os democratas chegaram de abalar o ex-apresentador da Fox New foi quando ele foi questionado pelo senador Tim Kaine sobre infidelidade, seu comportamento em casamentos anteriores, consumo de álcool e sobre uma suposta agressão sexual quando ele estava sendo examinado para liderar o Pentágono.

Kaine pediu a Hegseth que confirmasse que era casado na época do incidente de 2017, que envolveu uma mulher que ele conheceu em um hotel na Califórnia e que o acusou de agressão sexual. "Acredito que sim", respondeu Hegseth. Hegseth, que não foi acusado, estava se divorciando de sua segunda esposa depois de ter um filho com uma funcionária da Fox.

"Fraquejei em algumas coisas em minha vida e, felizmente, fui redimido por meu Senhor e Salvador Jesus Cristo", respondeu.

O comitê não agendou uma votação sobre a indicação.

Centenas de policiais entraram no complexo residencial do presidente sul-coreano destituído, Yoon Suk Yeol, nesta quarta-feira, 15 (horário local), na capital Seul. Essa foi a segunda tentativa de detê-lo por causa da imposição da lei marcial no mês passado.

Após um impasse de horas no portão, investigadores anticorrupção e policiais foram vistos subindo o complexo montanhoso.

Investigadores anticorrupção e policiais poderão ser mobilizados em uma operação que pode durar vários dias para prender Yoon, que está escondido na residência de Hannam-dong há semanas.

Yoon justificou seu decreto de lei marcial como um ato legítimo de governança contra uma oposição "antiestatal" e prometeu "lutar até o fim" contra os esforços para destituí-lo.

A União Europeia disse que uma investigação de um mês sobre os mercados de compras da China descobriu que o país asiático discrimina injustamente os dispositivos médicos europeus. A China favorece fornecedores nacionais e restringe a compra de dispositivos importados, disse o bloco, deixando as empresas europeias em desvantagem.

Se nenhuma solução for encontrada por meio de discussões com a China, a UE pode impor suas próprias restrições ao acesso chinês aos contratos governamentais da UE, disse.

A Comissão Europeia, o órgão executivo da UE, disse que queria resolver a questão por meio de negociações com a China.

"Os contratos governamentais na UE estão abertos a países não pertencentes à UE, e esperamos que outros países tratem nossas empresas com justiça semelhante", disse o comissário de comércio da UE, Maroš Šefcovic. Fonte: Dow Jones Newswires