Após ignorar chamado de Lula, big techs vão a seminário do PL de Bolsonaro

Política
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O Partido Liberal (PL) realizará um seminário nacional de comunicação nos dias 20 e 21, em Brasília. O evento, descrito pelo partido como "o maior evento de comunicação partidária do Brasil", contará com a presença de representantes das big techs Meta, Google e TikTok, segundo o partido.

A conferência acontecerá no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e terá como objetivo debater estratégias para fortalecer a presença do partido no cenário digital.

Em resposta ao Estadão, o PL afirmou que não possui detalhes de como as big techs participarão do evento no momento. A Meta, o Google e o Tiktok ainda não esclareceram como participarão do seminário, mas segundo fontes internas, as big techs farão um "treinamento técnico e de boas praticas" com o partido, similar ao que a Meta dará a dirigentes, parlamentares e militantes do PT.

Inicialmente, materiais internos do PL apresentavam as big techs como "parceiras" do seminário, junto a imagens de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Valdemar Costa Neto. Posteriormente, a divulgação foi alterada para mencionar apenas a "participação" das empresas, com a foto do ex-presidente.

A presença das plataformas no evento do PL ocorre quase um mês após a ausência delas em uma audiência pública organizada pela Advocacia-Geral da União (AGU), no dia 22 de janeiro. O debate promovido pela AGU buscava discutir a decisão da Meta de encerrar o programa de checagem de fatos em suas plataformas. A mudança, anunciada por Mark Zuckerberg no início de janeiro, substitui a verificação externa por um modelo similar ao do X, chamado Notas da Comunidade.

O governo federal também reagiu ao anúncio de Zuckerberg, que afirmou que a América Latina possui "tribunais secretos de censura". Como resposta, o Planalto articulou frentes de atuação no Legislativo e no Supremo Tribunal Federal (STF), que deu início ao julgamento de ações sobre a responsabilização das redes sociais, diante da omissão da Câmara dos Deputados sobre a regulamentação das plataformas.

Enquanto isso, o PT também busca se posicionar diante das plataformas digitais. Apesar das críticas anteriores à Meta, o partido organizou um curso virtual com técnicos da empresa para orientar seus dirigentes e militantes sobre redes sociais. A sessão ocorrerá no dia 17 de fevereiro e abordará estratégias para ampliar o alcance das publicações.

A aproximação do PT com a Meta ocorre em meio às diretrizes do novo ministro da Comunicação Social, Sidônio Palmeira. A orientação aos petistas é alinhar a narrativa do partido com a do governo e evitar interações que ampliem o engajamento de apoiadores de Jair Bolsonaro, fazendo um uso mais estratégico das redes sociais.

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A ligação telefônica entre o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, e o presidente dos EUA, Donald Trump, foi adiada devido à mudanças de última hora na agenda do presidente americano, disse o governo panamenho através de uma postagem na rede social X hoje.

Uma nova data será coordenada entre os dois países. A conversa estava prevista para acontecer nesta sexta-feira de tarde.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode estar "falando sério" sobre a anexação do Canadá, devido ao seu interesse em controlar os recursos naturais do país, afirmou o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. Seus comentários foram feitos durante uma sessão fechada em uma cúpula econômica organizada por seu escritório em Toronto, que reuniu líderes empresariais e trabalhistas para discutir os próximos passos para a economia do Canadá, em meio ao risco de uma guerra comercial com Washington.

Anteriormente, Trudeau e outros altos funcionários canadenses haviam minimizado os comentários de Trump sobre transformar o Canadá no 51º Estado, tratando-os como uma piada ou uma forma de provocar os canadenses.

Porém, de acordo com pessoas presentes no evento, Trudeau afirmou que não acreditava que Trump estivesse brincando sobre querer anexar o Canadá, sugerindo que isso poderia ter relação com os recursos minerais e energéticos do país. Os comentários foram inicialmente publicados pelo Toronto Star, cujo repórter ouviu as palavras de Trudeau porque os organizadores da conferência não perceberam que o microfone do primeiro-ministro ainda estava ligado.

Trudeau estava respondendo a perguntas de líderes empresariais e trabalhistas, após a saída dos jornalistas da sala, depois de suas declarações iniciais.

"Trump e seus assessores estão muito cientes dos nossos recursos, do que temos e querem muito ser capazes de se beneficiar disso", disse Trudeau a portas fechadas. "Mas Trump tem em mente que uma das maneiras mais fáceis de fazer isso é absorver nosso país. E isso é algo real." Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta sexta-feira, 7, que o Japão concordou em dobrar os investimentos em defesa até 2027, em relação aos níveis verificados durante o primeiro mandato do republicano, entre 2017 e 2021. Em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, na Casa Branca, Trump disse que os dois reforçaram compromisso com a segurança da península da Coreia. "Teremos relação com a Coreia do Norte", disse, antes de completar que se dá bem com o ditador norte-coreano, Kim Jong Un.

Sobre assuntos domésticos, Trump confirmou que pretende demitir alguns dos agentes do FBI que participaram das investigações sobre a invasão do Capitólio por apoiadores do republicano, em 6 de janeiro de 2021. "Há muita corrupção", acusou, sem dar mais detalhes.

Trump também garantiu que o Departamento de Eficiência, liderado pelo CEO da Tesla, Elon Musk, não vai mexer com a Previdência, apenas "fortalecê-la".