O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirma ter sido intimado pela Polícia Federal (PF) por ofensas proferidas na tribuna da Câmara contra o delegado Fábio Alvarez Shor. O parlamentar repetiu os xingamentos em um vídeo postado em suas redes sociais nesta segunda-feira, 10.
A intimação faz parte de um processo administrativo disciplinar, dispositivo utilizado pela Administração Pública para avaliar a conduta de um servidor. O deputado é escrivão licenciado da corporação.
"O delegado está sentido por eu tê-lo chamado de 'cachorrinho' e 'putinha' de Alexandre de Moraes. Buscarei a procuradoria da Câmara para a devida defesa a esse esculacho ao parlamentar mais votado da história do país", começou Eduardo, que afirmou que a intimação representa "uma afronta a todos os deputados".
Fábio Shor é um dos quatro delegados da PF que subscrevem o relatório de 221 páginas que indica o suposto envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, das quais o ministro Alexandre de Moraes é relator no Supremo Tribunal Federal (STF). O delegado conduz o inquérito das milícias digitais.
Em seu Instagram, Eduardo escreveu: "Prefiro perder minha aposentadoria da Polícia Federal, meu porte de arma e carteira funcional do que ser obrigado a chamar de 'democracia' um país em que um deputado federal não pode criticar um delegado federal que está prendendo velhinhas e mães de família como se fossem terroristas", disse referindo-se às prisões de manifestantes do 8 de Janeiro.
O delegado Fábio Shor também foi alvo, no ano passado, de críticas dos deputados Marcos do Val (Podemos-ES) e Marcel van Hattem (Novo-RS). A PF indiciou Van Hattem por calúnia e injúria.
Eduardo Bolsonaro diz ter sido intimado pela PF em processo administrativo por ofender delegado
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